O segundo bloco da entrevista exclusiva que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu ao jornalista Augusto Nunes, da revista Veja. AQUI vocês podem ver os demais vídeos.
Na apresentação deste segundo bloco, transcrevo o texto de apresentação de Augusto Nunes. Já disse aqui, quando do lançamento do primeiro bloco, que o material editado por Augusto Nunes é o que designo como jornalismo de primeira grandeza. Recomendo que vejam todos os vídeos. O link aberto.
“A impunidade é a mãe da corrupção”, lembra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso neste segundo bloco da entrevista exclusiva concedida a VEJA.com. Ele próprio ressalva que a frase não é original. Mas parece uma novidade extraordinária ouvi-la na voz de um político brasileiro. No paraíso da ladroagem impune, no grande viveiro de quadrilhas federais, só homens públicos honrados ousam dizer coisas que soam elementares em paragens civilizadas.
A preservação da honradez num país assolado pela corrupção o autoriza a afirmar, também, que “temos tudo da democracia, menos a igualdade perante a lei”. Ou a contestar vigorosamente a regra recentemente enunciada por Lula. ”Nunca fiz aliança com Judas”, discorda Fernando Henrique. Esse tipo de acerto conduz ao mensalão, exemplifica. Portador de um currículo sem parentesco com prontuários, o ex-presidente discorre sobre todos os temas invocados por adversários interessados em arranhar-lhe a imagem.
Nas cinco partes do segundo bloco, fala sobre o Proer, o Proesp, a emenda da reeleição, a versão da compra de votos, a nomeação de Renan Calheiros para o Ministério da Justiça, o Congresso que conheceu e o que hoje espanta o Brasil. Entre outras revelações históricas, conta que o governo do PT negou-se a examinar um acordo de princípios com o PSDB que, sem eliminar a fronteira que separa governo e oposição, garantisse a aprovação de projetos de interesse nacional.
Favorável à reeleição, aponta os riscos embutidos num terceiro mandato. Analisa o aparelhamento de fundos de pensão e empresas estatais por militantes partidários. Rememora a recuperação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, qualifica o PAC de peça publicitária e enumera algumas obras físicas de especial relevância concluídas durante seu governo. Milhões de brasileiros provavelmente ignoram, por exemplo, que Fernando Henrique inaugurou o gasoduto que liga a Bolívia ao Rio Grande do Sul.
Não foi pouca coisa, mas ele acredita que será lembrado por outros feitos ─ a vitória sobre a inflação, por exemplo. Talvez seja lembrado também por ter rejeitado a fórmula do vale-tudo. Pactos com o diabo são perigosos, adverte. “Às vezes, o diabo ganha”. Ultimamente, tem ganhado todas.
Um comentário:
Deu no Claudio Humberto...
18/11/2009 | 00:00
Ex-empregada afirma ter um filho com FHC: Leonardo, 20 anos
Uma ex-empregada afirma ter um filho com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. O rapaz, hoje com vinte anos de idade, é Leonardo dos Santos Pereira, que trabalha como carregador (auxiliar de serviços gerais) em um órgão público, na Esplanada dos Ministérios. Ele nasceu da relação do então senador FHC com sua empregada Maria Helena Pereira, uma negra que o impressionava pela formosura. Leonardo é considerado muito parecido com o pai
Demitida com o filho nos braços, Maria Helena só recebeu R$ 130 mil dos R$ 250 mil prometidos. E uma pequena casa em Santa Maria (DF)
Quem administrava o segredo e os pagamentos a Maria Helena, diz ela, era o ex-senador Ney Suassuna (PB), que depois virou ministro
FHC tremeu após ser informado que Maria Helena considerava pedir teste de DNA no “Programa do Ratinho”, sucesso do SBT, na época
Esta coluna tentou contato com o ex-presidente FHC, através de seu instituto, em São Paulo. Ele não retornou as ligações
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