O líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi condenado nesta quarta-feira, 11, a 29 anos de prisão pelo assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antonio José Machado Dias, em 2003. A maioria dos sete jurados, seis homens e uma mulher, considerou o homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. A defesa vai recorrer.
O julgamento, realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, durou nove horas. Durante os debates entre defesa e acusação, o promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico procurou fazer com que o conselho de sentença reconhecesse Marcola como o mandante do crime. O objetivo, segundo ele, era pressionar as autoridades a fim de obter regalias para os presos. Outro foco do promotor era mostrar que a vítima não teve chance de defesa, diante da emboscada dos matadores.
O discurso da defesa tentou desqualificar as provas. "A acusação não diz qual a efetiva participação do Marcola nesse crime", afirmou o advogado Roberto Parentoni. "Meu cliente é ladrão de banco, reconheço isso. Ele inclusive já foi condenado. Mas para cada caso há um processo e, neste, não há provas."
Mais cedo, durante o depoimento das testemunhas, o promotor interrompeu a sessão e exigiu que a segurança do fórum retirasse da sala uma mulher que tentava fazer fotos com um celular. A estudante de Direito Catarina Aparecida da Cruz Cirilo chegou a apagar as fotos que havia feito, mas, ao descobrir que também havia filmagens armazenadas no aparelho, o juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, determinou que ela fosse levada para a delegacia. Leia MAIS
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