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terça-feira, dezembro 22, 2009

GRANDE IMPRENSA BRIGA COM OS FATOS

O ano de 2009 termina com um fato digno de nota, que são os resultados de dezenas de pesquisas eleitorais mostrando que o governador José Serra detém a preferência dos eleitores como candidato à Presidência da República.

E, numa pesquisa do DataFolha voltada a medir as preferências do eleitor paulista com relação à eleição estadual, aponta que ex-governador Geraldo Alckmin venceria o pleito com folga já no primeiro turno em qualquer cenário.

Por sua vez, a permanência de José Serra no topo das pesquisas é quase sempre desconsiderada pela grande imprensa nacional, a qual continua dispensando ao governador paulista somente o que se costuma chamar de pé de página.

É a primeira vez na vida, como jornalista, que testemunho tal fato que, aliás, não encontra similar em veículos de comunicação de outros países. Normalmente, quem está na frente costuma ser tratado como tal, ou seja, a notícia é o fato. Mas na imprensa botocuda as chamadas e os comentários dos analisstas políticos procuram enfatizar aqueles candidatos que estão estacionados em segundo ou terceiro lugares ou segurando a lanterna, como o governador mineiro Aécio Neves.

Agora, com relação à pesquisa do DataFolha que mostra Alckmin imbatível para o governo de São Paulo, o editorial do jornal Folha de São Paulo desta segunda-feira tenta desqualificar os números e não admite que os paulistas demonstrem sua aprovação ao próprio Alckmin que já governou o Estado, e muito menos que louvem a atual gestão do governador José Serra, que antes foi prefeito paulistano.

O editorial da Folha fala em "continuísmo" e insinua que tem de trocar. Ora, os paulistanos e paulistas são gatos escaldados com administrações do PT em São Paulo. E São Paulo é essa pujança econômica que segura o Brasil justamente pela conduta política de sua população.

O editorial da Folha de hoje não corresponde à verdade, tenta mistificar uma realidade que assombra os cidadãos de bem do Brasil que é a continuidade - aí sim! - do deletério governo lulístico. Quanto a isso não há uma censura sequer na Folha de São Paulo e nem em nenhum outro veículo da grande imprensa nacional.

Lendo-se os jornais vê-se que estão todos completamente aparelhados pelo jornalismo companheiro e, em muitos casos, pelos empresários também companheiros, os donos das corporações jornalísticas sempre com um olho em benesses do Estado, o que confirma o viés patrimonialista que preside a política brasileira.

Fato semelhante aconteceu na onda nazista na Alemanha que levou Hitler ao poder ou ainda na Itália que mergulhou no fascismo com Mussolini.

Não li até hoje um só editorial da grande imprensa nacional com o mesmo teor deste da Folha de hoje, em relação a Lula e ao PT. Nem mesmo quando explodiram os escândalos mais vergonhosos que a Nação conheceu na história da República, como foi o mensalão, o caso dos cartões corporativos, o dossiê fajuto contra a oposição e outros tantos originados pela deletéria forma de (des) governar do PT.

Seria de se esperar que a Folha também publicasse um editorial afirmando - Aí sim de acordo com os fatos - que seria prejudicial ao Brasil o continuísmo do lulismo.

Transcrevo a seguir o editorial da Folha desta terça-feira, para que vocês mesmo confiram e possam cotejar com o que acabo de afirmar nestas linhas:

O EDITORIAL CONTRA O PSDB

Eis o editorial da Folha intitulado: "Continuismo paulista":

TRAZ uma impressão de "déjà vu" a pesquisa do Datafolha sobre a sucessão estadual paulista, divulgada na edição desta segunda-feira. Em todos os cenários, o PSDB conta apoio suficiente para vencer no primeiro turno. O ex-governador Geraldo Alckmin alcança 36 pontos de vantagem sobre seus concorrentes imediatos: tanto na hipótese Marta Suplicy (PT) quanto na alternativa Ciro Gomes (PSB), as forças identificadas com o governo Lula obteriam, se as eleições fossem hoje, idênticos 14%.Tais números não correspondem, por certo, à alta popularidade obtida pelo governo federal no eleitorado paulista. Segundo o Datafolha, 66% dos entrevistados no Estado de São Paulo (e 63% na capital) avaliam como "ótima" ou "boa" a atuação do presidente Lula, contra 25% que a consideram "regular".

Apenas à primeira vista poderiam tomar-se como contraditórios esses dados. O apoio ao PSDB no plano estadual e a popularidade do presidente petista refletem uma situação de relativo crescimento econômico e melhoria das condições sociais -favorecendo, de modo geral, quem está no governo e dificultando o oposicionismo em qualquer esfera administrativa.

Mesmo tomando em conta a maré de popularidade dos governos em geral, é notável a estabilidade do poder peessedebista no Estado. Do governo Mário Covas à administração José Serra, completam-se já 15 anos de hegemonia tucana, sendo plausível, no momento, a previsão de que ela se estenderá além de 2010.

Nunca é saudável tanto tempo de continuidade no poder, ainda que se possa observar, entre as equipes de Geraldo Alckmin e de José Serra, que entreveros e rivalidades constituem mais regra que exceção -o PSDB se comporta como uma congregação de "notáveis", cuja placidez de modos em público não disfarça o apetite com que se entredevoram nos bastidores.O fato é que não surgiram, em São Paulo, forças políticas capazes de traduzir uma alternativa ao PSDB. O malufismo, adversário duríssimo na segunda vitória de Mário Covas, apagou-se. A crise de lideranças no PT acentuou-se após os escândalos do mensalão e dos "aloprados".

Fatores dessa ordem contribuem para consolidar o poder peessedebista no Estado -cujos índices de eficiência, em especial na educação e na saúde, poderiam, apesar dos relativos avanços alcançados, oferecer razões para insatisfação e crítica. Pelo menos, num grau mais eloquente do que faz intuir a serena situação tucana nas pesquisas para a sucessão estadual.

8 comentários:

Marisa Cruz disse...

A distribuição de verba (BNDES) aos meios de comunicação aprisionou o comprometimento destes em investigar e informar a população do País, tornando-a massa de manobras e em estado de torpor.
É como dar a dose diária ao alcoolatra,ao drogado, dose diária de morfina ao moribundo, na esperança que continuem vivendo no irreal.
Este texto da Folha e de outros tantos é a dose diária paga a preço de ouro

Anônimo disse...

Chamo atenção para essas partes: "relativos avanços"; "razões para insatisfação e crítica".

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


TE SIGO TU BLOG




CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...


AFECTUOSAMENTE
BLOG DO ALUIZIO AMORIM

DESEANDOOS UNAS FIESTAS ENTRAÑABLES DE NAVIDAD 2009 ESPERO OS AGRADE EL POST POETIZADO DE CREPUSCULO.

José
ramón...

Alexandre, The Great disse...

O nome do jornal é "folha" ou "folhetim"?

Anônimo disse...

É 16:30 agora. Na home do blog do Reinaldo Azevedo, tem um post intitulado: "Por que esmorecem", sobre uma coluna do sempre irrelevante Valdo Cruz, também na Folha. Em abril último, o Mainardi fez um podcast sobre o esmorecimento da imprensa (o Reinaldo não deu destaque à época). Escreveu ele: "A imprensa pode estar acabando. Mas ela está acabando ainda mais rápida e vergonhosamente para todos aqueles veículos que aceitaram ser porta-vozes de governo. Ninguém quer ler notícia paga. Ninguém quer uma cobertura adesista e domesticada" (cito de memória). E ele listou exemplos de como a Fox e o Wall Street Journal, do magnata Rupert Murdoch, veículos que não se deixam levar pelo "babacobamania" são hoje líderes de audiência e circulação, respectivamente.
O podcast era muito bom, mas eu já pesquisei lá no "blog" dele e não encontrei. Sugeri ao Reinaldo a recuperação dele, e faço o mesmo a você, Aluízio, se o encontrar.

Marcelo Delfino disse...

Aluízio, eu estou numa briga sem tréguas contra toda a mídia golpista bolchevista e os blogueiros amestrados. Como não deve ser de seu incômodo, estou republicando o seu texto no meu blog, com os devidos créditos. Se se sentir incomodade, peça que removerei o texto.

Cris disse...

ATENÇÃO, ALUIZIO!


Governo do Equador corta sinal de canal privado Teleamazonas
REUTERS Tamanho do texto? A A A A
QUITO - O governo equatoriano cortou nesta terça-feira o sinal do canal privado de televisão Teleamazonas em uma sanção, informou a Superintendência de Telecomunicações.

O canal Teleamazonas é assistido em grande parte do país andino.

ESTADÃO

Anônimo disse...

É o banditismo da imprensa, que não se peja de fazer, descaradamente, o jogo do comunofascismo lulo-petista. VocÊ tem razão, Aluizio, quando afirma quw "fato semelhante aconteceu na onda nazista na Alemanha que levou Hitler ao poder ou ainda na Itália que mergulhou no fascismo com Mussolini".

Na verdade, não só a grande imprensa, mas grande parte do país está se rendendo, de forma tola ou simplesmente cúmplice, à Operação Ratos de Esgoto, que visa a implantar o comunofascismo no Brasil e na America Latina.

Heil Lulla!