Muito boa matéria do Fernando Rodrigues na Folha de São Paulo desta sexta-feira, fazendo um levantamento completo do quadro eleitoral brasileiro. Reproduzo, após este prólogo, a primeira parte, onde sobressai um fato que é notório: se não fosse a coligação com o PMDB e juntando cacos com uma meia dúzia de nanicos, o PT não seria nada.
A prova disso é que Lula, que é o chefão, o capo do partido e o carrega sozinho, entendeu que a próxima eleição não será moleza e colocou em prática uma única estratégia: manter a todo custo a Presidência da República. Isso significa que o PT em muito estados vai apoiar o PMDB ou o candidato de outro partido que possa emprestar o seu palanque para a candidata lulística. Desta forma, Lula parte para um jogo do tudo ou nada. Entra em campo aberto e nos bastidores, derramando recursos do erário em contas até certo ponto transparentes e através das caixas-pretas dos cofres das estatais.
Um sintoma dessa infeliz situação em que a Nação está sendo envolvida em função da ganância petralha pelo poder a todo custo, vê-se no que noticia a grande imprensa. Quase todos os dias sou obrigado a analisar matérias como aquela entrevista com o presidente da Petrobras, que está no Estadão deste 25 de dezembro, em post mais abaixo.
Há uma estranha convergência lulística da grande imprensa nacional como nunca antes neste país e que vai crescendo à medida em que encurta o tempo que no separa do pleito.
Fernando Rodrigues anota que nem com Lula flanando a bordo de quase 80% de apoio popular o PT será salvo da desidratação que lhe acomete. A rigor, o PT não produziu, além do próprio Lula, nenuma liderança notável ao longo de sua história.
Nas minhas contas a oposição tem tudo para vencer o pleito presidencial e também ganhar nos principais Estados brasileiros.
O único obstáculo para isso não acontecer está dentro do próprio PSDB. Leia-se: Aécio Neves. Se estivesse somando com José Serra, na condição de candidato a vice-presidente, o PSDB teria tudo para levar no primeiro turno.
Leiam esta primeira parte da radiografia das forças políticas que se movimentam para as eleições 2010:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a popularidade mais alta entre todos os ocupantes do Palácio do Planalto pós-ditadura militar (1964-1985). Mas o seu partido, o PT, continua a patinar em grandes centros quando se trata de disputar governos estaduais.
Nos três mais importantes Estados da região Sudeste, que concentram a maioria do eleitorado, de novo os petistas correm o risco de não eleger nenhum governador em 2010.
Nunca um petista governou São Paulo ou Minas Gerais. No Rio de Janeiro, só houve uma fugaz experiência com Benedita da Silva, que era vice-governadora e assumiu a cadeira de titular por nove meses, a partir de abril de 2002, porque Anthony Garotinho renunciou para concorrer a presidente.
Em 2010, o PT dá a largada no processo eleitoral sem nenhum candidato considerado competitivo em São Paulo. "Já sabemos que ali não ganhamos. Teremos de 30% a 35%", tem dito, de maneira resignada, o líder do PT na Câmara, o paulista Cândido Vaccarezza.
No Rio, a direção nacional do partido se esforçou nas últimas semanas para eliminar as chances do único quadro partidário interessado na disputa, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias. Na eleição do diretório fluminense, venceu a corrente contra a candidatura própria. O partido caminha para apoiar a tentativa de reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB).
Em Minas Gerais, o PT tem dois postulantes conhecidos ao Palácio da Liberdade: o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.
Mas uma parcela da cúpula petista prefere ficar fora da disputa. Acha melhor apoiar o pré-candidato do PMDB, o ministro Hélio Costa (Comunicações), pois assim haveria um palanque mineiro mais sólido para Dilma Rousseff, que concorrerá a presidente pelo PT.
Há uma opção preferencial no PT pelo projeto nacional, de manter a legenda no comando do Palácio do Planalto. Várias concessões deverão ser feitas em nome desse projeto, comandado por Lula. Assinante da Folha/UOL lê tudo AQUI
sábado, dezembro 26, 2009
PT FRACOTE APOSTA TUDO NA PRESIDÊNCIA
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Postado por
Aluizio Amorim
às
12/26/2009 03:23:00 AM
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Um comentário:
O Fernando Rodrigues no incio do ano deu um "furo"de reportagem dizendo que Aécio ja havia selado a Vice Presidencia com Serra mas que só anunciaria no final do Ano. Foi um grande furo de fumaça porque nada disso aconteceu. Ou melhor a culpa foi do Aécio em nao querer ser Vice do Serra no ponto de vista do Fernando. No incio do ano ele tinha 50% de chances de acertar pois o tal furo ou era verdade ou era mentira.
Agora ele volta a por a culpa no Aécio...Assim é facil fazer coluna...
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