O jornalismo botocudo continua cada vez mais ridículo. Chega, inclusive, a produzir textos ininteligíveis e obscuros. Nota-se o cuidado de passar-se por isento e imparcial. À medida em que se vai lendo certos textos verifica-se que o "isentismo", tem todo o cuidado para não execrar a escandalosa ditadura comunista que vai sendo implantada no Brasil.
Os jornalista passaram a usar luvas de pelica e punhos rendados para digitar de forma tênue e suave a mínima crítica à perene tentativa dos comunistas do PT de amordaçar a imprensa. E, para tocar nesse assunto que diz respeito diretamente à sobrevivência da liberdade e da democracia, para não dizer da própria profissão do jornalista, o jornalismo companheiro não o faz sem antes lançar farpas contra outras nações evidentemente democráticas. Algo assim, como estabelecer uma equiparação entre a "democracia" de Lula e do PT e aquela vigente em países como a Holanda e a Itália.
E, para que não reste a menor dúvida do que estou afirmando, reproduzo um desses artigos sem pé e nem cabeça que passaram a ser corriqueiros nos jornais durante esses anos que qualificam (argh!) de era Lula. O escrito é de autoria de Clóvis Rossi, e está na Folha de S. Paulo desta quinta-feira, com o título: "Verdade e poder, dois estranhos". Os jornais só podem mesmo andar mal das pernas. Depois lançam a culpa na internet. Leiam:
Roberto Saviano é um jornalista italiano que investigou as máfias de seu país e as conexões com o poder. Produziu um livro, "Gomorra", que lhe valeu uma espécie de condenação informal à morte pelos clãs mafiosos. No começo de outubro, em ato público de protesto contra os ataques do primeiro-ministro Silvio Berlusconi à mídia, Saviano soltou esta frase: "Verdade e poder não coincidem nunca".
Exagero? Talvez, mas não muito, a julgar por duas notícias dos jornais de ontem, para não pesquisar exemplos anteriores. Primeira: o governo holandês, depois de tomar a decisão de apoiar a invasão do Iraque já em 2002 (a invasão só se deu em 2003), passou a selecionar nos textos dos serviços de inteligência apenas os trechos que se adequassem à linha política já decidida. Detalhe: estamos falando da civilizada Holanda.
Segunda notícia: o governo grego manipulou estatísticas para tentar esconder o seu formidável deficit público. No dia 2 de outubro, mandou informe à Comissão Europeia dizendo que o deficit em 2009 seria de 3,7%; apenas 19 dias depois, novo informe, em que o deficit saltou para 12,5%.
No Brasil, o Ipea faz questão de dizer que caiu a desigualdade, sem deixar claro que caiu apenas a desigualdade entre salários, que seu próprio presidente, Marcio Pochmann, considera muito menos importante do que a disparidade entre renda do capital e renda do trabalho. Cultiva uma lenda, embaçando a realidade.
São fatos indiscutíveis. Diante deles (e haveria toneladas de outros se espaço houvesse), você decide se vale a pena deixar que o governo (qualquer governo) controle os meios de comunicação, como pretende o Plano Nacional de Direitos Humanos, ou se é mais saudável que você mesmo os controle, mudando de canal ou de jornal na hora em que quiser.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
EXEMPLO DE JORNALISMO CAVILOSO E POLTRÃO
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Postado por
Aluizio Amorim
às
1/14/2010 04:03:00 AM
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5 comentários:
Neste caso, a comparação é devida. O que é espantoso! Quem diria, Clovis Rossi disse algo CERTO uma vez na vida!
O governo da Holanda é tão corruPTo quanto os dos petralhas aqui, se não mais até! Quanto ao Berlusconi, é apenas um mafioso italiano oportunista que usou-se do Livro Negro do comunismo, entre outros, pra dizer que "era contra o comunismo" enquanto o praticava, na prática.
Impressionante! Nunca imaginei que concordaria com Clovis Rossi em algo!
Por isso não leio mais jornais!
Não tenho vocação para porteira de curral!
O lulismo é a maior desgraça que poderia ter ocorrido ao país. Ele é essa mistura podre, que estamos vendo, de corrupção desenfreada com populismo e ideologia barata. À sua frente, encontra-se um pequenino déspota, totalmente incapaz e, assim, totalmente inimputável. Como se pode ver, é uma desgraça sem limites, que vai exigir várias décadas para que seja reparada.
O lulismo é "a doença senil" do petismo.
O Decreto da Incompetência - http://bit.ly/5Shlxl - Editorial Estadão de hoje - IMPERDÍVEL
Amorim, fiz a denúncia para a The Economist sobre o que os petralhas fizeram com o texto da revista (Lula x FHC), e recebi resposta:
Dear Lia,
Thanks you for your email about this. I will take a look at the blogs, and may write to the authors.
I'm pleased that you liked the report.
Best wishes,
John Prideaux
The Economist
Sao Paulo
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