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sábado, janeiro 23, 2010

PETER WARD: A MÃE NATUREZA É CRUEL

Interessante a entrevista da revista Veja que foi às bancas neste sábado com o paleontólogo americano Peter Ward a respeito do futuro do nosso planeta na perspectiva das possibilidades da ciência e da tecnologia, em contraposição ao ambientalismo radical, ainda que Ward partilhe das preocupações dos ecochatos.
A diferença da abordagem de Ward é que, ao invés de postular a volta às cavernas para impedir o tal efeito estufa, aponta soluções racionais, ou seja, científicas e tecnológicos.
Este é um assunto que me interessa. Repetidamente tenho afirmado aqui no blog que a própria teoria atômica prova que tudo está em constante movimento num eterno vir a ser. Qualquer teoria de viés teleológico vincula-se exclusivamente ao velho antropocentrismo. O ambientalismo delirante acredita que se retornássemos ao modo de vida de antanho, tudo estaria resolvido. Imaginam os ecochatos que é possível controlar o universo! Neste caso, Peter Ward fala sem tirar os pés da Terra e pensa em soluções científicas e no avanço de alternativas tecnológicas plausíveis, embora possam soar nesse momento como ficção científica. Se as possibilidades técnicas e tecnológicas não chegarem a tempo, sorry, ecochatos. Tudo virará poeira cósmica ou, na pior das hipóteses, nada.
Segue o preâmbulo da entrevista de Veja e a primeira parte das perguntas e respostas.
Na mitologia grega, Medeia é a rainha que mata os próprios filhos como forma de vingança contra o marido infiel, o herói Jasão. Segundo o paleontólogo americano Peter Ward (foto), da Nasa e da Universidade de Washington, a natureza é dotada desse mesmo instinto assassino, condenando todos os seres vivos à extinção a longo prazo. A natureza conspira para tornar a Terra um planeta estéril. A tese central de Ward de que a vida é inimiga da própria vida colide frontalmente com algumas das ideias mais estabelecidas do movimento ambientalista. Em seu livro The Medea Hypothesis (A Hipótese Medeia), Ward desmonta a "hipótese Gaia", aventada pelo cientista inglês James Lovelock há cerca de quarenta anos, segundo a qual a natureza teria compromisso com a manutenção da vida sobre a Terra tendendo para a harmonia, situação que teria a ação humana como única ameaça séria de desequilíbrio. Diz Ward: "É falsa a ideia de que a natureza se salvará se nos conciliarmos com ela. A chance de manutenção da vida humana no planeta está no aprimoramento da ciência e da tecnologia".

De cientistas renomados ao filme Avatar, boa parte do discurso ambientalista insiste que o homem precisa "retornar à natureza". Essa ideia faz sentido?
Há muita coisa louvável no ambientalismo, da ênfase na economia de combustíveis e outros recursos à ideia de que é necessário preservar certas regiões do planeta. Mas a utopia do retorno a um mundo mais simples, mais primitivo, mais natural, aponta na direção errada, tanto por motivos práticos quanto por motivos teóricos. Se a população da Terra fosse de 1 bilhão de pessoas, vá lá. Mas, num mundo com 6 bilhões de habitantes, não poderemos abrir mão das conquistas de nossa civilização tecnológica se quisermos cuidar de doenças e produzir alimentos em larga escala, para ficar nas necessidades mais básicas. A civilização pré-industrial dos sonhos ambientalistas resultaria, muito rapidamente, em fome global. A fome acarretaria guerras e há poucas coisas feitas pelo homem mais devastadoras para o ambiente do que a guerra. Esse é um dos motivos por que os "verdes" deveriam deixar de lado sua aversão à tecnologia, e considerá-la uma aliada. Mas há outra razão para abandonarmos a tese do retorno ao primitivismo. A história do planeta mostra o contrário: a vida está sempre conspirando contra si própria, está sempre no caminho da autodestruição. Cabe a nós, humanos, refrear essa tendência, mais uma vez, por meio de nossa inteligência e da tecnologia. Estou falando na busca de soluções sem precedentes de "engenharia planetária", com efeito atenuador sobre a temperatura da Terra e regulador dos ciclos básicos da biosfera.

A natureza não é uma mãe bondosa?
Ao contrário do que propõe uma das teorias mais difundidas nos últimos quarenta anos, a famosa hipótese Gaia, a mãe natureza não cuidará de nós eternamente se apenas voltarmos ao seu seio. Gaia é uma referência à deusa Terra na mitologia grega, cujo nome também pode ser traduzido como "boa mãe". A hipótese tem duas versões. Uma diz que os seres vivos colaboram entre si para manter as condições ambientais dentro de parâmetros compatíveis com a manutenção da vida. A outra, mais radical, afirma que os organismos não apenas estão programados para manter os padrões de "habitabilidade" da Terra, como ainda conseguiriam melhorar a química da atmosfera e dos oceanos. Essas duas versões da hipótese Gaia estão totalmente erradas. Tomados em conjunto, os organismos existentes na Terra interagem com o ambiente de tal maneira que, a longo prazo, a vida tende a desaparecer. A natureza se comporta como Medeia, a mãe impiedosa que, na mitologia grega, mata os próprios filhos.

Por que a vida seria inimiga da vida?
Isso se deve a um efeito colateral do processo de evolução. As espécies evoluem, mas a biosfera não. A cada etapa evolutiva, as espécies, individualmente, vão aprimorando as características que permitem a cada uma triunfar no jogo da sobrevivência e, com frequência, isso significa desenvolver arma s letais para as outras espécies.
Quais são os furos na hipótese Gaia?
Se as teses de Gaia estivessem corretas, alguns fenômenos comprobatórios já teriam sido observados. O contínuo aumento da diversidade das formas de vida bem como da biomassa (o volume total de organismos vivos) seria um formidável indicador empírico da validade de Gaia. Seria um resultado consistente com a ideia de que, ao longo do tempo, as condições do planeta vão ficando mais acolhedoras para os seres vivos. Não é o que se observa. Os modelos mais recentes indicam que a biomassa atingiu seu ápice em algum ponto entre 1 bilhão e 300 milhões de anos atrás e vem se reduzindo desde então. Quanto à biodiversidade, no melhor dos casos, ela se manteve estável nos últimos 300 milhões de anos. Assinante de Veja lê tudo AQUI.

14 comentários:

Anônimo disse...

Alô Aluizio
Este "cara"Peter Ward,andou lendo o Alvin Toffler:
Choque do Futuro e A Terceira Onda.

ehehehe
abraços

Alexis disse...

Imagine a Terra como um organismo vivo, onde seus rios seriam as nossas artérias e as florestas os pulmões.
O que vou dizer não occore de forma tão simples, mas a grosso modo, imagine bactérias patôgênicas que se alimentam do que existe em seu organismo, para em seguida "defecarem" no seu sangue. O que te mata, literalmente, são as toxinas jogadas por estas bactérias e não a sua presença. Elas "comem e cagam dentro de você".
A nossa espécie é justamente essa bactéria presente nesse organismo vivo chamado Terra. Acredito que, involuntariamente, "o planeta esteja tentando se livrar de nós". Vença quem vencer, iremos para o mesmo buraco, meu caro. Para sorte das outras espécies que usam o que o planeta lhes oferece com mais "sabedoria". Você não precisa viver numa caverna, mas fazer teste atômico em buracos de 2000 m de profundidade não é o que esperaria de uma espécie que se diz inteligente.

Anônimo disse...

tô na área...
se fazer bombas ou "utilizar"de enregia nuclear não é ser inteligente,acredito que matar a pauladas o adversário e comer partes do mesmo deva ser.
E se energia atômica,espacial,nanotecnologias não é inteligente,que fazes aqui?.
Batendo em umas coisas pretas ou cinzas esperando e SABENDO que lá no mundão virtual alguém vai ler a TUA SAPIENTE filosofia de que vamos virar pó e DEVEMOS ENFIAR A CABEÇA NO BURACO E AGUARDAR.
fuiiiiiii,mas vórto

Alexis disse...

Assim como muitos confundem alegria com felicidade, você confunde inteligência com sabedoria e discernimento. Conheci homens extremamente inteligentes, mas que sempre tomavam decisões estúpidas e acabaram fazendo de suas vidas - e o pior, de quem dependia deles - um verdadeiro inferno. Por outro lado, conheci homens com inteligência mediana ou baixa, mas que conduziam suas vidas com maior parcimônia, responsabilidade e lógica. Aliás, genialidade, loucura e estupidez são costumam ser filhas da mesma mãe.
O meu objetivo na vida é ser feliz, mas talvez o seu seja admirar o mundo novo e escroto que se apresenta diante de nós e onde irão viver os seus netos. Claro que vc pode dizer que seus netos (mesmo que não existam hoje) não são um problema seu (até Jorge Guinle disse isso com relação ao filho, antes de torrar 2 bilhões de dólares...fazer o que ?).
Mas eu prefiro pensar diferente! Não disse que alguém deva ir para o mato e se abrigar em cavernas, mas se para provar que sou inteligente, preciso construir bombas, usar uma energia da qual pouco conheço, fabricar prédios de quase 1 kilômetro de altura (para vc pode ser o máximo, mas para mim, parece um gigantesco pombal), ou ir à Marte, estou fora.
Sou feliz com o que a vida me deu, a família, meus animais e com os poucos, mas sinceros, amigos que me cercam. Não me deslumbro (como um guri na sua primeira trepada), com um carro que pode andar a 350 km por hora. O que me interessa é chegar ao meu destino, com segurança e, de preferência, contemplando a natureza e não um monte de cinzas, chaminés, usinas nucleares, moinhos modernos que parecem coisa de ficção científica e fábricas. Se é esse o seu mundo ideal, fique com ele. Fazer o que ?
Outra coisa ! Não estou minimamente interessado se alguém concorda ou discorda com o que penso ou digo. Se vc acredita que estou aqui para pregar algum tipo de filosofia, meu caro, perdeu seu tempo, pois na verdade, não ligo a mínima para essa espécie escrota. Mas como sou responsável e penso nos que virão depois de mim (estou falando de família), prefiro não me omitir. Só Isso !
Quanto a enfiar a cabeça num buraco, melhor recordar que um dia você irá enfiar seu corpo inteiro num deles.

Aluizio Amorim disse...

Alexis,
graças à ciência e à tecnologia estamos vivos...hehehe...e só elas poderão, talvez, impedir ou postergar o fim do planetinha. Se a ecochatice vencer, o fim será mais rápido. Não tenha dúvida disso.

Alexis disse...

A população cresce, mas o planeta não ! Não sou contra a ciência e sim contra o mau uso dela !

Entendo o uso da ciência para criar um medicamento que cure o mal de Parkison, mas não na ciência que tira a vida de um ser vivo. Entendo a ciência que melhora a nossa qualidade de vida, mas não entendo a ciência que mascara o efeito do cigarro. Entendo a ciência que constrói veículos que nos levem com segurança de um ponto a outro, mas não entendo a ciência que não consegue explicar porque um meio de transporte considerado seguro e moderno, caiu no meio do oceano.
Precisamos de qualidade de vida e esta se encontra em 10% da ciência. O resto é conversa fiada! Mas como dizia, a população cresce, mas o planeta não. Nenhuma ciência desta ou de outra galáxia conseguirá deter o caos num aquário onde cabiam 1o peixinhos e alguém acreditou que caberiam 100 e que alguma coisa vinda da cabeça de um dos peixes poderia ser a solução para o problema. Mas como ciência, religião e ética não andam de mãos dadas desde a Renascença, ninguém quer ouvir falar em controle de natalidade, acreditando que,talvez, apareça algum ET por aqui com um teletransportador que nos levará para outro planeta ou que alguém descubra como inchar a Terra até ficar do tamanho de Júpiter.

Aluizio Amorim disse...

Caríssimos leitores,
como vocês podem notar o pensamento politicamente correto é o maior flagelo do século XXI. O cérebro humano só não tem limite para o alcande total da cretinice. E hoje há quase 7 bilhões de botocudos sobre o planeta. Daí que...

Alexis disse...

Quem viver, verá !!!

Alea jacta est !!!

Anônimo disse...

tô na área "dinovo"
alô Aluizio.
Na época de meus avós e bisavós,a idade média prevista girava ao redor de 45-50 anos.
Elês eram muito felizes em contato com a natureza e tudo que ela oferecia:doenças,paisagens,trabalho duro,falta de higiene,filhos e mortes aos montes.
ERAM FELIZES,pena que por muito pouco tempo,pouco mesmo.
ainda hoje existem países que mantém esta previsão de vida,ou até menor ainda.
São imensamente felizes,quando conseguem embarcar em alguma aventura para pular muros,cruzar fronteiras e cêrcas.
Tenho absoluta certeza que acharemos o "PONTO DE EQUILÍBRIO"entre população e cpacidade de nossa GAIA,já que ainda temos massa cinzenta que nos distingue dos demais habitantes da Terra.

abraços

"este não vai ser deletado'
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


fuiiiii,mas vórto

Alexis disse...

À gens de village, trompette de bois !!!

Anônimo disse...

e com um francês de esquina,deixa a marca..

fuiiii,mas vórto

au revoir!

nb:devo lembrar que se A EUROPA DEPENDESSE da Belle France,todos falariam Alemão ou Russo.
merde!!!

Alexis disse...

Pelo menos aqui as pessoas, independentemente de sua condição financeira, cor, habitação, educação ou cultura, não ficam largadas nos corredores dos hospitais e nem morrem por falta de assistência médica ou remédios ou por não terem condições de pagar por algo que qualquer constituição decente garantiria.

Ma capisco che deve essere tropo per te e che la tua stupidità sia un problema grave e periculosamente diffuso.

Anônimo disse...

i vene el stronzzo cambiare la nacionalità.

Quem está falando que aqui temos uno ´paradiso?apesar de a turma du pudê está fazendo uma força danada para piorar.
E este negócio da constituição "garantir'é boiolice mano:
Quem pari que cuide,pois fazer filhos e correr para as portas do NOSSO COFRE e querer que mantemos é por demais da conta!.
Você partidário de séquitos de parasitas em fila esperando na fila pelos "direitos constitucionais"é por demais patético,desculpe.Se tivesse o discernimento que se atribui,veria que EM TODAS AS NAÇÕES onde impera ou tentam impor este seu "direitos",só semearam mais
miséria e filas.
Eu estou esperando o cargo ou função estatal de "reprodutor",pois já que vamos pagar todas as despesas dos bambine,poderíamos pelo menos GERÁ-LOS e EXTRAÍ-LOS(abortá-los) quando não desejamos.
Estará na constituição pode apostar.
Que te parece a idéia?.
O Estado "pequeno",deveria deixar e permitir que todo o cidadão responda por seu trabalho e responsabilidades e fruto únicamente de SEU TRABALHO.A inclusão paulatina de minorias e desprotegidos está se alastrando e provocando mais minorias e desprotegidos bastando ver o crescimento no Brasil das famílias e pessoas abonadas com bolsas e auxílios dos mais diversos sob os mais absurdos argumentos,SEM CONTRA-PRESTAÇÃO.Recebe-se a esmola e vai-se para casa esperando a próxima.
E a fila está aumentando!!!!.

fuiiii,mas vórto

Anônimo disse...

´´Por que a vida seria inimiga da vida?

Isso se deve a um efeito colateral do processo de evolução. As espécies evoluem, mas a biosfera não.``

Deve haver algum erro nessa tradução!!

A biosfera (conjunto de ecossistemas) é completamente interconectada e interdependente a um determinado momento de evolução geológica do planeta. Ambos se auto-influenciam. Dizer que um ´´evolui`` sem o outro, é assinar embaixo o que o Alexis diz a respeito de ´´gênios``.

Genialidade, na realidade, não está na capacidade de alguns, mas na incapacidade de outros!
J