O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (foto), de Santa Catarina, protocolou na noite de hoje, na Mesa da Casa, um requerimento de informação para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, preste esclarecimentos sobre operações envolvendo ações da Telebrás.
O parlamentar pede dados sobre os 30 principais detentores de ações preferenciais da empresa atualmente e os 30 que tinham ações preferenciais da Telebrás nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008.
O deputado argumenta que há alguns anos tem havido uma oscilação anormal nos preços das ações da empresa e procura, com o requerimento de informação, verificar eventuais irregularidades.— Há evidências de que alguns participantes do mercado acionário ganharam somam vultosas, ao sabor das especulações, boatos e rumores e, pior, de informações privilegiadas — argumenta Bornhausen.
O requerimento de informações é encaminhado ao ministro Mantega, cujo ministério tem como entidade vinculada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Pela Constituição, o ministro tem 30 dias de prazo, a contar do recebimento do pedido, para prestar as informações sob pena de responder por crime de responsabilidade.Essa foi a primeira ação do líder do DEM na tentativa de apurar supostas irregularidades na venda de ações da Telebrás.
Bornhausen anunciou que vai propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista para investigar possíveis irregularidades na valorização, segundo ele, excessiva das ações da empresa e suposto tráfico de influência envolvendo pessoas ligadas ao governo.
— Sabe-se porque agora o governo quer ressuscitar a Telebrás pelas mãos de José Dirceu (ex-ministro). Desafio qualquer pessoa a dizer se alguma empresa conseguiu ter 35.000% de valorização. É um escândalo e prenúncio de uma mega negociata — disse, numa referência às denúncias feitas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo de que o ex-ministro José Dirceu tenha se favorecido no processo de reativação da Telebrás e de utilização das redes de fibras ópticas da Eletronet no programa de massificação da banda larga. Do site ClicRBS
Um comentário:
Como disse Reinaldo Azevedo, que CPI nada, disso elles entendem, tem é que literalmente APELAR à Justiça, quem sabe um dia os dignissímos juízes da Corte Suprema acordem de mal humor e resolvar aplicar a Lei?
Envolvimento do
PT ajuda a sepultar CPI no Sul
O suposto envolvimento de um deputado federal do PT no escândalo pode ajudar a transformar em pizza, nesta quarta-feira, a CPI criada na Assembleia gaúcha para investigar denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB). Nas escutas com autorização judicial da Operação Solidária, da PF, há vários diálogos de empreiteiras tratando de licitações para obras federais do DNIT no Rio Grande do Sul. [CH]
CPI? Fala sério, os petralhas sabem tudo, tem amplo domínio da matéria.
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