Esta matéria que reporta a entrevista concedida por José Serra ao Datena, na Band TV nesta segunda-feira, é por si só a prova de que os valores mais caros aos cidadãos honestos foram vilipendiados por quase 8 anos do governo de Lula. Os dois repórteres do Estadão atribuem a Serra o uso do jargão policial e qualificam o seu discurso de "duro", quando na verdade deveriam destacar o contrário, isto é, como estou fazendo aqui neste post.
Há, portanto, neste texto uma mistura de cretinice com militância política. Colada à matéria o editor buscou a foto mais esquisita do candidato, quando se sabe que este tipo de detalhe é facilmente obtido em flagrantes fotográficos de qualquer pessoa falando ou gesticulando.
Até agora não vi uma única linha de matéria na grande imprensa nacional comemorando o fato de que pela primeira vez em muitos anos o Brasil tem um candidato à Presidência da República que se compromete em criar um Ministério da Segurança Pública, que se preocupa com a segurança das pessoas e que promete combater a criminalidade absurda que vive o Brasil, principalmente depois que Lula e o PT passaram a defender os direitos humanos para os bandidos.
Saúdo portanto José Serra! Este seu pronunciamento em defesa da lei e da ordem e de combate à criminalidade é a melhor notícia que os brasileiros ouvem em quase oito anos de estupidez lulística caracterizada pelo deletério afago aos criminosos.
A meu ver, a segurança pública no Brasil é o tema principal da campanha eleitoral presidencial. A segurança é uma das condições essenciais para o desenvolvimento do Brasil. Está certo José Serra pela sua coragem em atacar de frente, sem rodeios e sem eufemismos, aquilo que passou ser a maior preocupação dos brasileiros: a segurança pública. Leiam a matéria do Estadão:
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, usou jargão policial para afirmar nesta segunda-feira, 26, que "bandido tem de ser enfrentado com dureza" e "engaiolado". Serra falou ao programa Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena e aproveitou a principal temática do programa, policial, para usar um discurso duro contra a violência e prometer a criação de um Ministério da Segurança Pública para combater o crime organizado.
O presidenciável citou casos de notoriedade pública, como o de Champinha, que matou Liana Friedenbach e Felipe Caffe, em 2003. "Nós impedimos que o Champinha fosse solto", disse, lembrando que o adolescente seria solto depois de cumprir pena na Fundação Casa (antiga Febem) e completar maioridade, mas acabou sendo internado por tempo indeterminado na clínica psiquiátrica do Hospital de Tratamento e Custódia, por interferência do Estado.
Ao falar sobre o pedreiro Admar de Jesus, de Luziânia, que voltou a cometer crimes depois de ser solto, ele criticou o fim da lei que exigia exame criminológico. "Essa lei foi revogada em 2003. O presidente não era Fernando Henrique Cardoso. Foi uma decisão do Congresso Nacional e precisou de apoio do governo."
De acordo com Serra, é falso o dilema entre construir escolas e prisões. "É um dilema falso, tem de fazer as duas", afirmou. "O governo federal tem de entrar como coordenador na questão da segurança. Tem de entrar a todo vapor nisso, a situação no Brasil é gravíssima."
O tucano defendeu a criação de um novo ministério, pois o Ministério da Justiça "não foi feito diretamente" para combater o crime. Para Serra, o Ministério da Segurança Pública cuidaria da reorganização de "todo o sistema de segurança do País". Leia MAIS
2 comentários:
Comentei ontem no "Trem Azul": Serra deveria também ter sido enfático numa proposta de diminuir o número de ministérios e não somente propor a criação de MAIS um (o Brasil pode mais?).Disse-me o Thomaz que ministérios em profusão são uma característica dos regimes sociaisdemocratas. Será?
Pelo que se viu de Serra como Prefeito e Governador de São Paulo foram administrações eficientes e que não tem nada a ver com bobagens socialistas. Esta é a minha impressão. Mas quando diz que Ministério da Justiça não é para cuidar da segurança pública, tem razão. No caso do Brasil, como na Colômbia por exemplo, tem de haver um empenho especial do Governo Federal para acabar com o domínio da violência.
Só com esta proposta Serra arrebanha mais alguns milhões de votos. Ele está certo.
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