Ninguém fala abertamente, mas a posição hesitante do governo brasileiro em relação às Farc coloca em situação difícil os órgãos de segurança que, de alguma maneira, esbarram nas ações da guerrilha por aqui. Os investigadores se veem diante de um incômodo dilema. Avançar ou não? E se o governo não gostar?
No caso da operação que resultou na prisão de José "Tatareto" Sanchez, a justificativa já estava pronta com antecedência: se superiores pedissem satisfações, era só dizer que o colombiano fora flagrado traficando em território brasileiro. "Ele não foi preso porque é das Farc, foi preso porque é traficante e eu estava no cumprimento de meu dever", afirmou ao Estado, sob a condição do anonimato, um investigador que atuou no caso.A razão da preocupação é simples. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto, o tema Farc é tabu. Brasília resiste firmemente às pressões de Bogotá e de Washington e não admite a possibilidade de classificar a guerrilha colombiana como organização terrorista. Em troca, as Farc dão mostras de que confiam no governo brasileiro: em duas oportunidades, a guerrilha aceitou que aeronaves militares do Brasil acompanhassem a Cruz Vermelha em delicadas missões de resgate de reféns na selva.
Para não entrar na briga, o governo argumenta que a guerrilha é um problema interno da Colômbia e que, por essa razão, não deve se intrometer.
O PT e a guerrilha já estiveram juntos no célebre Foro de São Paulo, conclave que reúne organizações de esquerda de toda a América Latina. É de lá a amizade que levou Raúl Reyes, número dois da guerrilha morto há dois anos num ataque militar da Colômbia, a escrever em 2003 ao recém-empossado Lula em busca de apoio para a causa das Farc. A mesma amizade permitia a Reyes manter contatos regulares via e-mail com alguns petistas, de dentro e de fora do governo.
É bem verdade que a guerrilha esperava mais de Lula. Talvez o mesmo apoio explícito que recebe de Hugo Chávez. Mas ela também não pode reclamar. Que o diga Olivério Medina, o padre das Farc a quem o Brasil concedeu refúgio político a despeito de sucessivos pedidos de extradição formulados pela Colômbia, onde ele é acusado de homicídio e sequestro.
Nessa simpatia envergonhada do governo pode estar a explicação para o fato de, mesmo diante de tantas evidências, ter demorado tanto tempo para que se mapeasse, para valer, a ação das Farc em território brasileiro. Do site do Estadão
6 comentários:
Tenho dito e repito, o PT/Lula e combanheros protegem o Cribini dos Caribibozos Criminozos, se é um desses, é só pedir que Lula dá abrigo e depois, é só dizer, muito obrigado fiquei num bom abrigo sem briga, tenho quem me protege por ser dos nossos que já chegaram ao poder.
Quem se recorda do Padre Medina, que as FARC mandaram ao encontro do Lula e seu PT/MST da silva com um Cheque de milhões, para financiar campanha no primeiro Mando Manto Santo Mandato?
Um Agente da Abin disse e repetiu em CPI, mas ficou abafado até hoje e CPI foi gastos desnecessário e perda de tempo. O Padre Medina foi ameaçado na Colombia e se refugiou na barra da saia do Lula, que o protege, assim como o Battisti e uns paraguaios sob proteção do Lula, os chamados "Campezinos" que invadem terras, incendeiam e matam. Por que isso acontece? Porque os que chegaram ao poder aqui, são facções do mesmo grupo internacional.
Aqui assaltavam Bancos, invadiam propriedades, quebravam vitrine de Lojas e seu bando roubava tudo que encontrasse. É desse meio que surgiu o Lula e combanheiros do mesmo rebanho e a Dilma abandonou os estudos para ser chefe do grupo que formou e chamou de "Vanguarda Popular Revolucionária". Como chefe, praticou muitos crimes.
Como são hábeis em roubar, vejam o que fizeram desde que chegaram ao Palácio.
Lula vai deixar dívida recorde para sucessor. Endividamento cresce e chegará a R$ 2,2 trilhões, 64,4% do PIB.
Com o aumento de gastos no governo Lula, a dívida total do setor público no país cresceu e chegará ao maior patamar dos últimos dez anos.
Em dezembro deste ano, o endividamento baterá a cifra recorde de R$ 2,2 trilhões - 64,4% do PIB, aponta estudo do economista Felipe Salto, da Consultoria Tendências. Em 2000, a dívida era de R$ 622,2 bilhões, 52,7% do PIB.
A herança do governo Lula para seu sucessor foi turbinada por "empréstimos" que o Tesouro vem realizando com o BNDES desde o ano passado, por meio da emissão de títulos públicos.
O crescimento da dívida é visto por analistas como fator de risco futuro, principalmente para a credibilidade do Brasil no mercado.
Só de indenização a bandidos que se chamam de "guerrilheiros", foram milhões de Reais, mais os chamados "Cargos de Confiança" e "Cargos Comissionados" para que os bandos tenham acesso aos Cófres e roubem o quanto quizerem.
Contudo, se opõem ao Capital que dizem capitalismo que impede o sucesso do comunismo, por serem dependentes do Capital, a começar do próprio Prezidente de Denti prezo e prezide o Prezídio que chamam de a Liberdade.
O PT é a maior ameaça ao país desde sua descoberta. Um dia será tratado como tal. Nada os salvará.
Que tragico nao Aluizio? A que ponto chegamos! Os policiais temerem que o governo nao goste dessas prisoes, e demais! So falta agora eles serem demitidos por divulgarem essa acao policial que culminou na prisao desses chefes das FARC. Certamente que o governo esta ciente do que acontece. Faz vistas grossas porque e beneficiado pelo trafico de drogas e de armas. Vergonha!
Querem conhecer mais os hoje donos do Poder? Aqui está só um pedacinho de tudo que o comunismo fez de Bom Bomba.
Dilma que havia se cazado com Galeno, ficou no Rio ajudando a direção da organização. Levava armas, dinheiro e munição para lá e para cá, participava de reuniões, redigia e discutia documentos. Numa das reuniões, ela conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, o chefe da dissidência do Partidão, que havia hospedado Galeno em Porto Alegre. Tiveram um coup de foudre simultâneo e recíproco. Em sua primeira viagem a Porto Alegre, Dilma informou Galeno sobre o namoro com Carlos Araújo.
Galeno acendeu o terceiro cigarro e disse: “A Dilma é transparente, não tem meia conversa. Dilma chegou e falou: "Estou com o Carlos". E acabou. Foi uma coisa natural, que eu até esperava. Eu também já tinha uma namorada, a Martinha.
O rompimento podia sair de mim ou da Dilma. Naquela situação difícil, nós não tínhamos nenhuma perspectiva de formar um casal normal. E ela foi mais valente de expor aquilo no momento justo.
“Foi uma coisa muito bonita”, disse-me Dilma, em 2003, quando era ministra das Minas e Energia, numa entevista publicada em parte pela Folha de S. Paulo. “O Carlos pediu a minha mão para o Juarez”, relembrou emocionada. O casamento estava desgastado desde Belo Horizonte.
Antes de conhecer Dilma, Carlos Araújo vivia com a geógrafa Vânia Abrantes. Nas contas de dona Marieta, mãe de Araújo, Vânia já era sua oitava mulher. Ele tinha um filho de 8 anos da primeira. “Que mal há nisso?”, perguntou-me, candidamente. “O Carlos era muito sedutor”, disse Vânia em seu apartamento de cobertura em Copacabana. “Um dia ele me disse que estava com uma nova companheira, e deixamos de morar juntos. Mas nem por isso deixamos de ser amigos.”
Carlos Araújo tinha 31 anos quando conheceu Dilma. Filho do advogado Afrânio Araújo, dono de uma prestigiada banca trabalhista e membro do Partido Comunista Brasileiro, começou a militância ainda rapaz, também no PCB. No início do anos 60, mudou-se para Recife e foi assessor de Francisco Julião, o líder das Ligas Camponesas.
Viajou com ele pela América Latina, conheceu Fidel Castro e Che Guevara, e foi preso por alguns meses em 1964. Continuou na ativa, organizando grupos de trabalhadores que o procuravam no escritório, até hoje um dos maiores de Porto Alegre. Em 1968, depois do AI-5, “muito impulsivamente”, como disse, aderiu à luta armada.
No primeiro semestre de 1969, Araújo começou a discutir com eles a possibilidade da fusão de seu grupo com o Colina e a Vanguarda Popular Revolucionária, a VPR, organização liderada pelo capitão Carlos Lamarca, que desertou do Exército.
Carlos Araújo foi eleito um dos seis dirigentes da nova organização. O primeiro artigo do seu estatuto dizia: “A Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares é uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo.”
Nas contas do relatório de um Inquérito Policial Militar, a VAR-Palmares contou no seu início com “312 militantes, 94 fuzis, 18 metralhadoras INA, duas metralhadoras Thompson, quatro pistolas 45, 53 FAL, as armas roubadas à Casa Diana (São Paulo), além de grande quantidade de armas individuais de pequenos calibres, muitas bombas, explosivos, carros adquiridos e cerca de 25 mil cruzeiros novos em dinheiro”.
Em Mongaguá, Juarez expôs parte dos planos para o que chamou de “grande ação”. Ela veio a ser, em 18 de julho de 1969, a mais espetacular e a mais rendosa de toda a luta armada: o roubo de 2,5 milhões de dólares do cofre da casa da amante de Ademar de Barros, ex-governador de São Paulo, em Santa Teresa, no Rio. Nem Dilma nem Araújo participaram da ação, mas ambos estiveram envolvidos na sua preparação.
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Dilma e combanheros, um berror terror, segue...
Em Mongaguá, Juarez expôs parte dos planos para o que chamou de “grande ação”. Ela veio a ser, em 18 de julho de 1969, a mais espetacular e a mais rendosa de toda a luta armada: o roubo de 2,5 milhões de dólares do cofre da casa da amante de Ademar de Barros, ex-governador de São Paulo, em Santa Teresa, no Rio. Nem Dilma nem Araújo participaram da ação, mas ambos estiveram envolvidos na sua preparação.
“A ação do cofre foi fundamental para nos dar estabilidade”, disse Araújo. “Fui eu quem levei, de Porto Alegre, o metalúrgico Delci, que abriu o cofre com maçarico no aparelho para onde ele foi levado, em Jacarepaguá, no Rio. Eu também ajudei a tirar de lá as malas com o dinheiro.”
A fortuna não evitou a desintegração da VAR-Palmares. Entre agosto e setembro de 1969, durante um longo e tenso congresso numa casa de Teresópolis, cinquenta militantes discutiram o que fazer. A divisão era entre os “basistas”, que defendiam o trabalho de “massas”, com as “bases”, e os “militaristas”, que advogavam a prioridade da luta armada.
“A Dilma se bateu contra o militarismo, defendendo que também se desse importância ao trabalho político”, contou Espinosa. Maria do Carmo também se lembrou da hoje ministra em Teresópolis: “Ela acreditava que a luta de massas era mais importante que a luta armada.”
Não houve acordo entre as facções e a organização se cindiu – de um lado, a VAR-Palmares “basista” e, de outro, a VPR “militarista” de Lamarca. Começou a disputa pelo botim: o dinheiro do cofre e as armas. Em outubro de 1970, quase dois meses depois da sua prisão, Carlos Araújo deu um depoimento ao Dops de São Paulo. Nele, disse que ficou em seu poder 1,2 milhão de dólares, dividido “em três malas de 400 mil dólares cada uma”, e que o dinheiro ficou cerca de uma semana “em um apartamento situado à rua Saldanha Marinho, onde também morava Dilma Vana Rousseff Linhares”.
Araújo não quis comentar o depoimento ao Dops. E nem outros, como um de Espinosa, que fala em 720 mil dólares terem ficado com a organização, ou um de outro militante, que chega à soma de 972 mil dólares. “É impossível chegar a uma conclusão sobre isso, que não tem mais importância nenhuma”, disse Araújo.
Depois do racha, Dilma foi enviada a São Paulo. Ela tinha um problema prático a resolver: esconder em melhores condições de segurança um monte de armas que estavam correndo risco em apartamentos pouco seguros. Dilma mudara-se para uma pensão pre-cária, de banheiro coletivo, na avenida Celso Garcia, Zona Leste. Dividia um quarto com Maria Celeste Martins, hoje sua assessora. Na entrevista de 2003, Dilma contou o que as duas fizeram:
Eu e a Celeste entramos com um balde; eu me lembro bem do balde porque tinha munição. As armas, nós enrolamos em um cobertor. Levamos tudo para a pensão e colocamos embaixo da cama. Era tanta coisa que a cama ficava alta. Era uma dificuldade para nós duas dormirmos ali. Muito desconfortável. Os fuzis automáticos leves, que tinham sobrado para nós, estavam todos lá. Tinha metralhadora, tinha bomba plástica. Contando isso hoje, parece que nem foi comigo.
Levado até o bar, onde foi obrigado a sentar-se e a fingir que estava tudo bem, Ribeiro viu que Perosa já o esperava no balcão, como combinado. Ao aproximar-se e falar com ele, foi preso por policiais disfarçados. “Eles já estavam desmontando o cerco quando a Dilma apareceu”, disse Ribeiro. “Ela chegou perto, percebeu que eu sinalizei alguma coisa e foi-se embora, disfarçando. Mas eles desconfiaram, foram em cima, e descobriram que ela estava armada. Se não fosse a arma, é possível que conseguisse escapar.”
Com Dilma presa, Carlos Araújo ainda teve tempo para um romance rápido, mas intenso, com a atriz Bete Mendes, da TV Globo, à época simpatizante da organização. Foi preso em 12 de agosto.
Aluízio
Se eu estivesse no lugar dos agentes da PF, eu também teria a mesma preocupação, basta ver o histórico deste pessoal (caso Celso Daniel, prisão de Duda Mendonça em uma rinha de galos, docie dos aloprados, etc).
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