Abandonado pelo Planalto, o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, acertou na madrugada desta terça-feira, 11, com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que vai deixar o cargo ainda nesta terça-feira. Ontem, em reuniões no Planalto e no próprio ministério, os assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomaram conhecimento de um relatório da PF onde a polícia detalhava tudo o que sabia sobre as ligações de Romeu Tuma Júnior com a máfia chinesa.
O governo também foi colocado a par das ações de assessores do secretário, que transformaram os gabinetes do Ministério da Justiça em verdadeiras "centrais de favores" prestados a amigos e familiares.
Nas reuniões de ontem, no Planalto, ficou clara a decisão da Polícia Federal de pedir ao Judiciário autorização para abrir uma investigação contra Tuma Júnior.
Diante da decisão, Lula concordou que Tuma não ficaria mais no cargo, mas que caberia ao ministro Barreto decidir a forma de afastamento - o ministro deixou às 20h o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do Executivo, e reuniu-se com Tuma, no ministério, até as duas da madrugada desta terça-feira.
Hoje, depois que a PF divulgou uma nota oficial detalhando todo o histórico de informações coletadas nas investigações que flagraram Tuma Júnior em situações que configuram, no mínimo, tráfico de influência, o secretário Nacional de Justiça decidiu que se afastaria por 30 dias. A informação, dada em primeira mão pelo site de notícias G1, irritou Tuma Júnior, que voltou a se reunir com Barreto.
Apesar de o Ministério da Justiça ainda não ter se pronunciado oficialmente, o Estado apurou junto a duas fontes do governo que, "não há possibilidade de Tuma Júnior continuar no cargo; a discussão é sobre a forma de fazer o afastamento". Do site do Estadão
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