Do blog do Reinaldo Azevedo: Mais um sindicalista decidiu revelar os porões do PT. A VEJA desta semana traz uma reportagem de Policarpo Junior e Otávio Cabral sobre a atuação de um grupo de sindicalistas que produzia dossiês para a campanha do PT em 2002. Um de seus expoentes era Wagner Cinchetto, que concedeu uma entrevista estarrecedora à revista. O mais espantoso é que Cinchetto não se diz santo, não. Ele confessa, por exemplo: “Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula.” Isso foi em 1989.
Em 2002, ele já estava trabalhando para o PT. O mais surpreendente de sua confissão: o objetivo era atingir todos os inimigos de Lula naquela ano e jogar a culpa nas costas do tucano José Serra. E assim se fez. E assim noticiou a imprensa! A ação mais vistosa, revela o sindicalista, foi o caso Lunus, a operação da Polícia Federal que recolheu na sede da empresa do marido de Roseana Sarney a bolada de R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo. José Sarney sempre acusou Serra de estar metido na operação, e isso foi determinante na sua aliança com… Lula — que era, na prática, o chefão dogrupo que havia destruído a chance de a filha se candidatar à Presidência. Outro alvo dos petistas foi Ciro Gomes — na verdade, seu então candidato a vice, Paulo Pereira da Silva, que também tinha a certeza de que estava sendo alvo de… Serra!
Segundo Cinchetto, Lula sempre soube de tudo. No comando da operação, ele informa, estavam Ricardo Berzoini e Luiz Marinho, hoje presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Leiam a entrevista:
Qual era o objetivo do grupo?
A idéia era atacar primeiro. Eu lembro do momento em que o Ciro Gomes começou a avançar nas pesquisas. Despontava como um dos favoritos. Decidimos, então, fazer um trabalho em cima dele, centrado em seu ponto mais fraco, que era o candidato a vice da sua chapa, o Paulinho da Força. Eu trabalhava para a CUT e já tinha feito um imenso dossiê sobre o deputado. Já tinha levantado documentos que mostravam desvios de dinheiro público, convênios ilegais assinados entre a Força Sindical e o governo e indícios de que ele tinha um patrimônio incompatível com sua renda. O dossiê era trabalho de profissional.
Os dossiês que vocês produziam serviam para quê?
Fotografamos até uma fazenda que o Paulinho comprou no interior de São Paulo, os documentos de cartório, a história verdadeira da transação. Foi preparada uma armadilha para “vender” o dossiê ao Paulinho e registrar o momento da compra, mas ele não caiu. Simultaneamente, ligávamos para o Ciro para ameaçá-lo, tentar desestabilizá-lo emocionalmente. O pessoal dizia que ele perderia o controle. Por fim, fizemos as denúncias chegarem à imprensa. A candidatura Ciro foi sendo minada aos poucos. O mais curioso é que ele achava que isso era coisa dos tucanos, do pessoal do Serra.
Isso também fazia parte do plano?
Como os documentos que a gente tinha vinham de processos internos do governo, a relação era mais ou menos óbvia. Também se dizia que o Ciro tirava votos do Serra. Portanto, a conclusão era lógica: o material vinha do governo, os tucanos seriam os mais interessados em detonar o Ciro, logo… No caso da invasão da Lunus, que fulminou a candidatura da Roseana, aconteceu a mesma coisa.
Vocês se envolveram no caso Lunus?
A Roseana saiu do páreo depois de urna operação sobre a qual até hoje existe muito mistério. Mas de uma coisa eu posso te dar certeza: o nosso grupo sabia da operação, sabia dos prováveis resultados, torcia por eles e interveio diretamente para que aparecessem no caso apenas as impressões digitais dos tucanos. Havia alguém do nosso grupo dentro da operação. Não sei quem era a pessoa, mas posso assegurar: soubemos que a candidatura da Roseana seria destruída com uns três dias de antecedência. Houve muita festa quando isso aconteceu.
Nunca se falou antes da participação do PT nesse caso…
O grupo sabia que o golpe final iria acontecer, e houve uma grande comemoração quando aconteceu. Aquela situação da Roseana caiu como uma luva. Ao mesmo tempo em que o PT se livrava de uma adversária de peso, agia para rachar a base aliada dos adversários… Até hoje todo mundo acha que os tucanos planejaram tudo. Mas o PT estava nessa.
Quem traçava essas estratégias?
O grupo era formado por pessoas que têm uma longa militância política. Todas com experiência nesse submundo sindical, principalmente dos bancários e metalúrgicos. Não havia um chefe propriamente dito. Quem dava a palavra final às vezes eram o Berzoini e o Luiz Marinho (atual prefeito de São Bernardo do Campo). Basicamente, nos reuníamos e discutíamos estratégias com a premissa de que era preciso sempre atacar antes.
O então candidato Lula sabia alguma coisa sobre a atividade de vocês?
Lula sabia de tudo e deu autorização para o trabalho. Talvez desconhecesse os detalhes, mas sabia do funcionamento do grupo. O Bargas funcionava como elo entre nós e o candidato. Eu ajudei a minar a campanha do Lula em 1989, com aquela história da Lurian. Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula. O grupo se preparou para evitar que ações como aquelas pudessem se repetir - e fomos bem-sucedidos.
De onde vinham os recursos para financiar os dossiês?
Posso te responder, sem sombra de dúvida, que vinham do movimento sindical, principalmente da CUT. Se precisava de carro, tinha carro. Se precisava de viagem, tinha viagem. Se precisava deslocar… Não faltavam recursos para as operações. Quando eu precisava de dinheiro, entrava em contato com o Carlos Alberto Grana (ex-tesoureiro da CUT), o Bargas ou o Marinho.
Quem mais foi alvo do seu grupo?
O plano era gerar uma polarização entre o Serra e o Lula. Por isso se trabalhou intensamente para inviabilizar a candidatura do Garotinho, que também podia atrapalhar. Não sei se o documento do SNI que ligava o vice de Garotinho à ditadura saiu do nosso grupo, mas posso afirmar que a estratégia de potencializar a notícia foi executada. O Garotinho deixou de ser um estorvo. E teve o dossiê contra o próprio Serra. Um funcionário do Banco do Brasil nos entregou documentos de um empréstimo supostamente irregular que beneficiaria uma pessoa ligada ao tucano. Tudo isso foi divulgado com muito estardalhaço, sem que ninguém desconfiasse que o PT estava por trás.
6 comentários:
Aí, eu pergunto:
Que diferença isso faz?
Se eles resolvrem "aditivar" as urnas eletrônicas - que todo mundo sabe que são prá lá de inseguras - de que vai adiantar saber disso tudo? Vamos estar nas mãos deles.
Toda semana um novo podre dessa quadrilha. Toda semana! E esse povo ainda quer votar na dilmonia...ainda quer dar mais 4 anos pra essa corja.
Pais vagabundo.
Que depoimento nao Aluizio? Totalmente desnecessario. Ninguem vai ler, ninguem vai prender todos os envolvidos. Ninguem vai aplicar a lei. Ninguem vai pedir o Impeachment de Lula nem a impugnacao da candidatura de Dilma. O que ganhamos com isso? Uma tremenda de uma raiva que nos deixa cada vez mais revoltados. Que tal pararmos com tudo? Parar de mostrar os atos corruptos do PT e cuidarmos das nossas vidas? Afinal a oposicao a lula continua "light" como sempre e eu nao acho que mudara pois os debates nao falaram nada sobre O Foro de SP, nem sobre MST, FARC ou PCC, PNDH 3 que sao os assuntos que deveriam ser questionados e bem explicados pelo governo. Eu cansei. Abracos, amigo.
Meus amigos, estamos perdidos já fizeram eXperiências quanto a insegurança das urnas eletrônicas, foi em http://direitoetrabalho.com/2007/01/fraude-em-urnas-eletronicas-preocupa-tst/ alertado.
As urnas eletrônicas brasileiras possuem falhas de segurança que podem alterar os resultados das eleições. Seu voto pode ser roubado. Esta afirmação vem sendo sustentada desde 1986, pelo Fórum na Internet denominado Voto Seguro: www.votoseguro.org, organização composta por professores da USP, UNICAMP, UNB e École Politechnique, engenheiros, profissionais de informática, juristas, jornalistas, advogados, brasileiros das mais diversas áreas de atuação, apontando a necessidade de se ter mais confiabilidade e segurança nas urnas eletrônicas brasileiras a fim de garantir a lisura nas eleições. (Pelas grandes possibilidades e facilidades de se fraudar a apuração dos votos nas urnas eletrônicas, os EUA, um dos países mais adiantados do mundo na área de informática, até hoje ainda não adotaram as urnas eletrônicas. E nem adotarão).
A Rede Bandeirantes de Televisão exibiu no dia 24 Nov 2008, no Jornal da Band e no Jornal da Noite reportagem informando que a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar suspeita de fraude nas eleições em Caxias. Relatórios mostram que urnas eletrônicas foram violadas, mesmo depois de lacradas. Um vereador não teve o próprio voto computado. Não deu em nada. Dois técnicos da USP (Universidade de São Paulo), acionados pela emissora, confirmam as suspeitas. Estão brincando depois que a porca torcer o rabo ficam reclamando de serem casados.
Acusação tem caráter eleitoral, diz Roseana. Reportagem do 'Estado' deste domingo denunciou lavagem de dinheiro por meio de empréstimo com o Banco Santos.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), afirmou no domingo, por meio de nota oficial, que a publicação da reportagem sobre a lavagem de dinheiro por meio de empréstimo com o Banco Santos tem caráter eleitoral para prejudicá-la na campanha à reeleição. Ela desmente irregularidades no empréstimo, mas não nega ter dinheiro no exterior. Para a governadora, o episódio tem relação com a descoberta de gás no Maranhão.
Para Rozeana, o Baz Gaz Paz Maz Max Marx Faz Fax Farx é o rezbozabe responsável Irrezbonzabe por a haver Borrombida Gorrombida corrompida, que hoje desbistam despistam em a Corruption.
Será que isso tem Ave aver con esso? Tanto aqui quanto en Venezué do Chavez e en Colobia e Cuaba, se dizem da Rebolution em Revolucion Reboliço Berril Barril de Bólbora Pólvora Abóbora.
A polícia colombiana apreendeu neste domingo, 15, 210 quilos de explosivos que estavam sendo transportados por uma estrada do departamento (estado) de Santander, no norte do país, onde o presidente Juan Manuel Santos realizou seu primeiro "Acordo para a Prosperidade" ontem.
O diretor de Trânsito e Transporte da Polícia Nacional, general Rodolfo Palomino, confirmou a apreensão dos explosivos e a detenção de dos persnas que estavam no caminhão onde transportavam os ezblobibos que abafam em explosivos.
A operação foi realizada na rodovia que vai de Lizama a San Alberto. Também foram encontrados 304 metros de corda detonadora junto às 850 cargas de explosivo tipo RDX.
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