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sábado, outubro 02, 2010

PORQUE HOJE É SÁBADO: PING-PONG COM SPONHOLZ

Roque Sponholz: num jogo rápido
Roque Sponholz é arquiteto e cartunista, tendo sido "uma porção de já fui e outras tantas de pretendo ser e continuar sendo". Professor de Planejamento Urbano em Ponta Grossa, acha o automóvel a praga deste e do passado século, o cancro de nossas cidades. Criativo, abomina áulicos e covardes, cria brigas, confusões e não foge delas, revela o meu amigo Dante Mendonça, jornalista e também grande cartunista catarinense radicado há muito anos em Curitiba. Dante na verdade é um curitibano até no sotaque.

O que seque está na coluna do Dante Mendonça no site Paraná Online e reproduzo aqui no blog numa homenagem ao grande Sponholz que é, disparado, o melhor cartunista brasileiro de todos os tempos como vocês mesmo podem conferir quase todos os dias aqui no blog. Vejam o ping-pong do Dante entrevistando o Sponholz. Valeu, Mestre Spon. Valeu, Dante!: 

Outra profissão, numa outra encarnação, o que seria: relojoeiro; só para passar o tempo. 

Dando a semana por finda, um fim de semana como deve ser: o mais próximo possível do outro. 

Serra abaixo ou serra acima: cota zero; litoral catarinense. 

A mais bonita paisagem do Paraná: a da divisa com Santa Catarina. 

Uma rua de Ponta Grossa: Rua da Escada. A feliz rua sem automóvel. 

Um sábado de chuva: vitamina C e cama. 

Um domingo de sol: uma rede, sombra e sorvete. 

O que não dispenso no inverno: o frio. Sem ele a estação não tem a menor graça. 

O que não dispenso em qualquer estação do ano: minha lapiseira. 

O que é muito bom fazer sozinho: pensar. 

Uma música para ouvir hoje: qualquer uma do Keith Jarrett. 

Outra para ouvir amanhã: outra do Keith Jarrett. 

Um instrumento musical que se imagina tocando numa balada de sábado: meu travesseiro. 

Um livro na estante: A Vida de Lima Barreto, do Francisco de Assis Barbosa. 

Um livro na cabeceira: Morte e Vida de Grandes Cidades, da Jane Jacobs. 

Um filme de ontem: A Pequena Loja da Rua Principal. Tcheco de 1965. 

Um filme de hoje: qualquer um com a Lena Olin. 

Um retrato na parede: meu vô Eduardo e meu pai. 

Um lugar para iniciar o fim de semana: meu quintal. 

Um acepipe de boteco: ovo de dupla gema do Bar do Tito (o mais antigo de Ponta Grossa.) 

O jantar no sábado: sanduíche da Mari. 

O almoço de domingo: aquele que a Mari fizer. 

Uma receita de estimação: sashimi de tilápia na folha de abacateiro. 

Nenhum, pouco ou bastante alho: Alhomatizado. 

Uma sobremesa: sorvete de uva. 

Um copo para o espírito: de estanho com água benta. 

Metade cheio, metade vazio: metade meio meio. 

Saudades de um sábado qualquer: na companhia de meu pai. 

Uma viagem: chegar em casa. 

Quem convidaria para passar um fim de semana como deve ser: a Amy Winehouse. 

Noite de domingo, o que lhe parece: uma fantástica m.... 

Há a perspectiva de segunda-feira, o que dá preguiça: toda segunda-feira é de segunda. 

O que assusta embaixo da cama: o leão do Imposto de Renda. 

Um passarinho (sonho) na mão: um rolo de um dos primeiros filmes do Mickey e do Pateta. 

Outro voando: um neto. 

Uma frase sobre os Campos Gerais: Cara paisagem de poucos amigos. 

Enfim, confessa: "Não tenho nada. Só tenho o que me falta. E o que me falta é o que me basta".

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Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei!