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domingo, novembro 21, 2010

LOBBY DOS CARTÉIS DA JOGATINA TRABALHA JUNTO AO PT PARA REABRIR OS CASSINOS BOTOCUDOS

Editorial da Folha de São Paulo revela mais uma sacanagem que vem sendo urdida pelo baixo clero do Legislativo que é a volta da jogatina, conhecida pelo eufemismo de bingo. E com um agravante: deputados nanicos a serviço dos cartéis da jogatina sugerem que a volta desses cassinos botocudos seria a forma de resolver o problema da saúde no Brasil e que substituiria a famigerada CPMF. Mais um engodo, uma enganção que tem em vista viciar grande parte da população brasileira levando-a para a seda do vício, da deliquência e da ruína. Leiam:

Mais verbas para a área de saúde: a esta altura, não há brasileiro que necessite de legendas para atinar de imediato com a tradução da frase, que equivaleria, nos velhos filmes de faroeste, ao clássico "mãos ao alto".

Desde que se inventou a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), em 1997, utilizou-se a necessidade de investir no atendimento médico da população como pretexto para aumentar as receitas do governo.

Dos bilhões arrecadados com essa taxa, parte significativa, embora não majoritária, manteve-se no caixa do Tesouro; nos últimos anos da vigência do tributo, cerca da metade dos recursos obtidos não era empregada para o fim a que supostamente se destinava.

Durou dez anos a contribuição, cuja qualificação de "provisória" já constava como peça fácil do anedotário nacional. Eliminada pelo Senado em 2007, não sem previsões apocalípticas quanto ao impacto negativo que a decisão traria às contas públicas -o que não ocorreu-, seu retorno continua a ser sonhado por muitos.

Com o nome de CSS (Contribuição Social para a Saúde), sensibilizaria, ao que se noticia, a presidente eleita Dilma Rousseff. Governadores, interessados em novas receitas, já opinaram a favor do retorno do tributo.

Vale lembrar que, enquanto isso, de 2002 a 2009, os gastos reais com saúde cresceram 93% nas áreas federal, estadual e municipal. Se se trata de procurar um pretexto para a criação de novos impostos, há de se convir que, à luz de dados como este, o da saúde não se sustenta. Há outros meios de aumentar os investimentos e a eficiência do Estado nessa área crucial para a população.

Pouco importa: o lema da saúde higieniza tudo -e é assim que lideranças da base governista no Congresso articularam-se em torno de uma fórmula oportunista.

Os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT) e Sandro Mabel (PR) defendem a liberação dos bingos; também o líder do PTB, Jovair Arantes, já se manifestou a favor da jogatina. Argumentam então que, legalizando-se a atividade, haveria um ganho de receita a ser canalizado para a saúde, evitando-se assim a volta da CPMF.

Foi comum, durante certo tempo, dizer que os bingos tinham a vantagem de gerar empregos -como se outras atividades econômicas, insuspeitas de desvios, não fizessem o mesmo. Chega-se ao cúmulo, agora, de inventar o "bingo do bem", supostamente voltado a garantir recursos para atender a saúde da população.

Durante seu apogeu, casos de dependência psicológica, delinquência e ruína familiar se sucederam em nome de suposto auxílio a entidades esportivas; hospitais e postos de saúde seriam, agora, a cortina de fumaça para justificar a volta de uma atividade que só cabe qualificar como maléfica.

Ou os bingos ou a volta da CPMF: eis, na prática, a alternativa colocada por esses parlamentares à sociedade brasileira. Cabe rejeitá-la, numa atitude que ultrapassa a da mera indignação. Da Folha de São Paulo deste sábado 


2 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Aluizio,

Para quem tem boa lembrança, onde foram as festas das figuras do PT nos últimos anos na grande Florianópolis?
Lembra de um hotel na Serraria,entre São José e Biguaçu, a quem pertence? É muita coincidência!

Anônimo disse...

A canalha não se acalma: a cada dia está se movimentando para resolver a sua vida. As alegações são as já muito batidas e agora foi eleita a "saúde" para justificar a canalhice. Pobre país de tolos!
E.T.: muito esclarecedor o comentário anterior, que indica a conveniente coincidência.
FOGO, MUITO FOGO NELLES!!!
Eduardo.45