ARGENTINA: BANCO TEVE 140 COFRES DE CLIENTES ARROMBADOS EM AÇÃO 'CINEMATOGRÁFICA'

Clientes indignados na frente do banco para reaver seus bens

O assalto a uma agência do Banco Provincia, em Buenos Aires, foi "quase cinematográfico", classificou o vice-presidente da instituição financeira, Gustavo Marangoni. Pelo menos três ladrões arrombaram 143 cofres da instituição financeira, no bairro de Belgrano, no norte da cidade, e fugiram. Eles chegaram ao local através de um túnel subterrâneo de 30 metros de comprimento.

"Há uma série de cofres que apresentam sinais de depredação após tentativas de arrombamento", afirmou ele ao jornal argentino Clarín. Mais cedo, o banco estatal informou que foram saqueados "entre 130 e 140 cofres particulares dos 1.408 existentes na agência" e que o roubo "foi descoberto na manhã de segunda-feira, quando o agência abriu".

Os clientes que se reuniram em frente ao banco pela manhã estavam cobrando uma resposta. Eles queriam saber quais cofres tinham sido alvo da ação dos bandidos. Marangoni garantiu que todos os casos serão levados em consideração e analisados mediante a provas de prejuízos trazidas pelos clientes.

Assalto - Os ladrões alugaram, em julho, um imóvel vizinho ao banco e cavaram o túnel "de 25 a 30 metros" de comprimento, até o setor onde se localizam os cofres particulares, informou o promotor Martín Niklison. Ele disse que os assaltantes entraram no banco na sexta-feira, 31 de dezembro, dia em que não houve expediente bancário, e trabalharam durante todo o fim de semana na abertura dos cofres, sem serem descobertos, completando a operação na manhã de segunda-feira.

Niklison afirmou que os assaltantes carregaram o produto do roubo e fugiram em um carro, como mostram imagens das câmeras de segurança. O túnel tinha luzes, ventilação e revestimento nas paredes, disseram os peritos. "Foi uma ação realmente impressionante", disse o promotor, que descartou o envolvimento de algum funcionário do banco no crime.

O promotor acrescentou que os alarmes antimovimento soaram em vários momentos, mas a polícia da região não tinha acesso ao banco para verificar por que o alarme havia disparado. Do portal da revista Veja