Calle Florida: reduto de trapaceiros e golpistas (Foto Estadão) |
Nunca me esqueci dessa conversa que mantive com ele, especialmente pela análise que formulou sobre o caráter de seus próprios conterrâneos, nada positiva. Posteriormente teve que retornar para seu país por questões familiares.
Agora há pouco, zapeando pela internet, dei de cara com o blog do colega jornalista argentino Airel Palacios que já trabalhou no Brasil e que mantém um blog em português no portal do jornal O Estado de São Paulo.
Num extenso post ele se decida a instruir os turistas brasileiros que são chegados a fazer um visita a los hermanos, curtir Buenos Aires e conhecer os points principais. Alerta que todo o cuidado é pouco e detalha os mais variados golpes que são aplicados pela malandragem argentina e que os brasileiros metidos a espertos e sabichões caem como passarinhos numa arapuca.
Conclusão: o meu amigo argentino tinha razão quando se referia à sua pátria. Da América do Sul conheço apenas San Jose, capital da Costa Rica e Montevidéu. Não são pujantes metrópoles como Buenos Aires, mas tudo indica um pouco mais civilizadas.
Vale a pena ler o post do Ariel Palacios na íntegra aqui. Segue um aperitivo. Todo o cuidado é pouco quando você se aventurar pelos principais pontos turísticos de Buenos Aires. Leiam:
Alguns pontos da cidade muito frequentados por turistas são o paraíso dos batedores de carteiras, entre eles:
- A Rua Florida: entupida em quase todos os horários – e cheia de turistas distraídos – é um prato-cheio para os batedores. Algumas das paralelas da rua Florida tampouco são recomendáveis.
- A Avenida 9 de Julio: a ampla avenida – e seu baixo policiamento – permite uma fuga rápida dos assaltantes.
- O Caminito: as redondezas da famosa rua “colorida” no bairro da Boca (que praticamente é somente frequentada por turistas, já que os próprios portenhos a consideram um mero clichê) também estão cheias de batedores, que conseguem esconder-se facilmente nos cortiços da área.
- Recoleta: o mais elegante bairro de Buenos Aires é alvo da ação dos “moto-chorros” (“moto-bandidos). Atenção para motos nas quais o motorista leva alguém na garupa. A pessoa que vai atrás é quem geralmente arrebata bolsas, relógios ou pacotes dos transeuntes.
Outra modalidade de roubo é o “truque da mostarda”, na qual um ladrão joga com uma bisnaga um pouco de mostarda nas costas ou no braço de alguém, sem que este perceba. Um segundo ladrão, cúmplice, passa ao lado da pessoa e a adverte: “ei, a senhora está com uma mancha de mostarda nas costas”. O ladrão prontifica-se para ajudar e rouba (ou seu colega ladrão) a vítima.
O filme “Nueve reinas” (Nove Rainhas), protagonizado pelo ator Ricardo Darín (no papel de um calejado picareta) exibe uma didática demonstração da ampla variedade de trapaças e roubos exercidos em Buenos Aires. Do portal do EstadãoCLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUÍZIO AMORIM NO TWITTER
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