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quarta-feira, junho 29, 2011

O 'EMPODERAMENTO' DO PT VIA BNDES

Há 50 anos quando o Brasil se mantinha como no tempo do boi e do arado o Estado brasileiro teve que investir pesado de algumas áreas estratégicas para proporcionar o deslanche do desenvolvimento. Entretanto, no atual estágio da economia mundial quando certos conglomerados transnacionais possuem fôlego econômico que rivaliza com várias nações do planeta não tem mais qualquer sentido que nações como o Brasil sejam sócias de redes de supermercado. 
Pois é o que está para acontecer agora, quando a corriola do governo do PT decide como se o Brasil fosse deles, dar ao dono do Pão de Açúcar, o português Abílio Diniz, um naco de R$ 4 bilhões para que passe a controlar o gigante Carrefour, contribuindo para formar um monopólio que cruza interesses da iniciativa privada com o dinheiro público via BNDES. 
Monopólio, como se sabe, é uma praga que corrói a livre concorrência, apágio das verdadeiras economias de mercado, para no final, prejudicar como sempre os consumidores em geral e, particularmente, aqueles contam dinheirinho ralo para fazer o rancho semanal.
Para dar a cor vermelho-bolivariana definitiva ao Brasil só falta agora que Lula sofra uma cirurgia de emergência na Guiné Equatorial, onde promoverá, segundo dizem, o 'empoderamento da juventude'.
Enquanto isso, a primeira-ministra Dilma Rousseff 'empodera' o Abílio Diniz e, certamente também, as 'empresas de consultoria' que gravitam em torno do governo petralha.
O assunto é manchete da Folha de São Paulo desta quarta-feira. A primeira parte da matéria do jornal tem o seguinte teor:
"Contra a vontade do sócio francês Casino, o empresário Abilio Diniz se associou ao banco BTG Pactual e ao BNDES para comprar as operações do Carrefour no Brasil, formando um gigante sem concorrente à altura e com 32% do varejo supermercadista brasileiro.
Para viabilizar o negócio, o banco BTG Pactual, de André Esteves, propôs uma complexa engenharia financeira que colocará os brasileiros na posição de maiores acionistas do Carrefour no mundo.
No Brasil, Pão de Açúcar e Carrefour passarão a ter 2.386 pontos de venda em 178 municípios, com receita anual de R$ 65 bilhões. Isso se a operação for aprovada.
Já a nova empresa terá 11,7% do Carrefour mundial.
Há temor de que o poder da nova rede se reflita nos preços aos consumidores, reduza o poder de barganha de fornecedores e motive a demissão de funcionários."
Agora reparem a redação desse troço. A matéria diz que 'complexa engenharia financeira' - bota complexa nisso aí! - colocará "os brasileiros na posição de maiores acionistas do Carrefour do mundo".
"Os brasileiros?". Tá bom, entendi.

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2 comentários:

zoot disse...

É um esculacho que o dinheiro do contribuínte(BNDES) vá parar em duas gigantes do comércio varejista. Duas empresas que nadam em dinheiro. Onde está o lixo do congresso que não veta um absurdo destes?

Anônimo disse...

Boa tarde Aloisio,

Respeito a sua opinião, porém, vou colocar mais pilha na fogueira.
Percebemos que todas as midias falam a mesma lingua, mostrando apenas um lado da moeda.
Talvez o Brasil lucre muito com isso sim, já que com esta fusão iremos desenvolver o 3º maior player varejista do mundo, conseguiremos entrar com nossos produtos no mercado europeu, atraves do Carrefour e com a participação do BNDESpar injetaremos capital em nossa economia a curto prazo.
Caso esta fusão não ocorra em 2012, segundo acordo formado em 2005 o Casino, empresa Francesa comandada por Jean Charles Naouri, terá a maioria das ações do Grupo Pão de Açúcar. Ou seja, uma empresa forte no mercado brasileiro passaria a ser comandada por franceses.

Com certeza é um caso que teremos que analisar melhor.
Para saber mais acesse o blog: http://www.aeconomista.com.br/