A realização do plebiscito sobre a criação de uma nova unidade da federação — a partir do desmembramento do Pará — é considerada legítima pelo professor e jornalista Celso Deucher, atual presidente do movimento O Sul é o Meu País. A fundação de novos Estados no atual modelo da federação brasileira, no entanto, é vista por ele como um risco aos interesses legítimos da população local e tende a beneficiar apenas a interesses políticos.
— A mudança que a população esperava não vai acontecer, só por um milagre. Pois o estado nacional só vai continuar atendendo o que interessa às oligarquias políticas — afirma.
Apesar da distância física entre Sul e o Norte do País, Deucher aponta diversas semelhanças entre os atuais movimentos de divisão territorial concentrados no Norte e Nordeste e os grupos separatistas organizados nos Estados do Sul. Para ele, independente da região ou da forma como se organizam, estes grupos têm como principal motivador a necessidade de autonomia, ou autoafirmação, como defende o grupo encabeçado por ele.
— O que tem que mudar de verdade é a fórmula como foi feita a federação brasileira. Só poderemos ter algum tipo de autonomia quando adotarmos o estilo existente nos Estados Unidos, ou o estilo suíço de divisão de Estados — aponta Deucher.
É primordial, conforme o professor e jornalista, além do respeito às peculiaridades locais — como a adoção de constituições estaduais, por exemplo — a inversão do sistema de arrecadação tributária, o que aumentaria ainda mais a autonomia dos estados e municípios. Segundo ele, não é justo que hoje 100% do imposto arrecadado vá para Brasília e retorne apenas em parte às unidades da federação. É isso, segundo ele, que coloca lado a lado os movimentos sulistas e os do norte do país.
— Os inimigos deles são os mesmos que os nossos — pondera Deucher.
A realização de um plebiscito para consultar a população do Pará sobre a criação do Estado do Tapajós foi aprovada ontem pelo Senado. Na mesma ocasião, os paraenses vão decidir sobre a respeito da criação de outro estado, o de Carajás, originário da divisão da região sul e sudeste do território do Pará. Pelo menos outros seis projetos de teor semelhante estão em tramitação no Congresso Nacional.
Com a criação do território de Tapajós, o Estado deve ser representado no Congresso Nacional por três senadores e oito deputados federais. A Assembleia Legislativa deverá contar com 28 deputados, representantes dos municípios.
Separatistas
O movimento O Sul é o Meu País tem sede em Santa Catarina, mas engloba todos estados da Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). O grupo atua diretamente nos municípios, a partir da formação política de seus integrantes por meio da elaboração de estudos e debates livres. Segundo Deucher, os objetivos principais do movimento são a busca pela autoafirmação da Região Sul e da alteração no sistema de arrecadação tributária — a separação da região do restante do país seria, segundo ele, um último recurso, caso o movimento não avance em seus objetivos.
Na década de 1990, o Movimento Pela Independência do Pampa gerou polêmica por defender a restauração da República Rio-Grandense, a partir da separação do estado do Rio Grande do Sul do restante do país. Teve entre seus integrantes Irton Marx, autor do livro Vai Nascer Um Novo País: República do Pampa Gaúcho. Sob a acusação de racismo, Marx foi julgado e inocentado. No ano de 1997, por iniciativa própria, ele deixou o movimento. Do portal da RBS-jornal Zero Hora
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— A mudança que a população esperava não vai acontecer, só por um milagre. Pois o estado nacional só vai continuar atendendo o que interessa às oligarquias políticas — afirma.
Apesar da distância física entre Sul e o Norte do País, Deucher aponta diversas semelhanças entre os atuais movimentos de divisão territorial concentrados no Norte e Nordeste e os grupos separatistas organizados nos Estados do Sul. Para ele, independente da região ou da forma como se organizam, estes grupos têm como principal motivador a necessidade de autonomia, ou autoafirmação, como defende o grupo encabeçado por ele.
— O que tem que mudar de verdade é a fórmula como foi feita a federação brasileira. Só poderemos ter algum tipo de autonomia quando adotarmos o estilo existente nos Estados Unidos, ou o estilo suíço de divisão de Estados — aponta Deucher.
É primordial, conforme o professor e jornalista, além do respeito às peculiaridades locais — como a adoção de constituições estaduais, por exemplo — a inversão do sistema de arrecadação tributária, o que aumentaria ainda mais a autonomia dos estados e municípios. Segundo ele, não é justo que hoje 100% do imposto arrecadado vá para Brasília e retorne apenas em parte às unidades da federação. É isso, segundo ele, que coloca lado a lado os movimentos sulistas e os do norte do país.
— Os inimigos deles são os mesmos que os nossos — pondera Deucher.
A realização de um plebiscito para consultar a população do Pará sobre a criação do Estado do Tapajós foi aprovada ontem pelo Senado. Na mesma ocasião, os paraenses vão decidir sobre a respeito da criação de outro estado, o de Carajás, originário da divisão da região sul e sudeste do território do Pará. Pelo menos outros seis projetos de teor semelhante estão em tramitação no Congresso Nacional.
Com a criação do território de Tapajós, o Estado deve ser representado no Congresso Nacional por três senadores e oito deputados federais. A Assembleia Legislativa deverá contar com 28 deputados, representantes dos municípios.
Separatistas
O movimento O Sul é o Meu País tem sede em Santa Catarina, mas engloba todos estados da Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). O grupo atua diretamente nos municípios, a partir da formação política de seus integrantes por meio da elaboração de estudos e debates livres. Segundo Deucher, os objetivos principais do movimento são a busca pela autoafirmação da Região Sul e da alteração no sistema de arrecadação tributária — a separação da região do restante do país seria, segundo ele, um último recurso, caso o movimento não avance em seus objetivos.
Na década de 1990, o Movimento Pela Independência do Pampa gerou polêmica por defender a restauração da República Rio-Grandense, a partir da separação do estado do Rio Grande do Sul do restante do país. Teve entre seus integrantes Irton Marx, autor do livro Vai Nascer Um Novo País: República do Pampa Gaúcho. Sob a acusação de racismo, Marx foi julgado e inocentado. No ano de 1997, por iniciativa própria, ele deixou o movimento. Do portal da RBS-jornal Zero Hora
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7 comentários:
"Sul é o meu país': vocês são o último bastião de dignidade para romper com a imoralidade que assola esta terra de Banânia.
Sacrifiquem nem que seja a honra de vocês, mas façam o que deve ser feito.
A Glória não virá sem derramamento de sangue.
Sejam exemplo para seus filhos.
Aluízio,
Mudando um pouco de tema, mas repasso para você este comentário:
Hoje, eu estive na Universidade. Fui até à Associação Docente e lá obtive a informação de que o Estado Brasileiro está em 65% aparelhado pelo PT. Ou seja, todas instituições estão ocupadas por integrantes PTralhas em cargos de confiança, na sua grande maioria (65% dos cargos). O Povo brasileiro é mesmo uma ¨bosta¨, lastimavelmente.
Por isto, toda ditadura não quer o povo na escola, para ficar alienado.
Foi, porém, uma informação terrível. O comunismo está ficando irreversível no Brasil e os empresários não estão observando este detalhe, querem mesmo esmagar à classe média e futuramente perderem mercados, por não terem mão de obra qualificada.
Lembremos, no entanto, que na solução de uma ditadura só tem dois caminhos: Um Golpe de Estado dado pelos militares com imprevisíveis consequências, tais como em 1964 ou através, a longo prazo, de uma desarticulação por um processo político-civil, na velha paródia popular de comer sopa quente pelas beiradas.
Esse sujeito chamada de Lula é mesmo uma ¨quarta venérea¨, cujo adjetivo não pode ser mais pernicioso.
Att. Madeiro
Golpistas filhos da puta! Morram!
Coisa de Gaúcho querendo tomar o Litoral Catarinense a força!!
Comentário de Jason (28/05/2014)
É, tudo indica que esse movimento separatista O SUL É O MEU PAÍS, esteja embasado no neo-nazismo, em sentimentos preconceituosos ou então numa espécie revolta evasiva e sem o conhecimento de uma causa justa. E sabe por que?
Primeiro lugar, se existe um lugar nesse país que pode-se dizer que carrega o problemas do Brasil nas costas é São Paulo, e lamentavelmente não é reconhecida por isso. Pelo contrário, só lembram daqui de São Paulo quando é para "quebrar algum galho" para os outros lugares, porque as homenagens mesmo vão tudo para o Rio. E então, São Paulo é ou não injustiçada, hem!?
Portanto, o Sul reclama de barriga cheia, eles nunca sustentaram o Nordeste não. Ah! Foi no Nordeste onde o nosso país nasceu, mas especificamente em Porto Seguro-BA. Esta foi a região brasileira mais devastada ambientalmente para dá lugar ao cultivo da cana-de-açúcar(esse tipo de monocultura leva-se anos para recuperar o solo), além da exploração do pau-brasil e toda a Mata Atlântica, comprometendo todo o ecossistema regional como nós o conhecemos hoje. Depois que terminou o ciclo canavieiro, vieram então os ciclos cafeicultor e mineral, porém para a região Sudeste, e pra piorar ainda mais a situação dos nordestinos, a sede de salvador foi transferida para o Rio de Janeiro, algo que acabou empobrecendo o Nordeste de uma maneira até hoje irreparável! Então, os nordestinos não são preguiçosos e nem burros, o problema lá está vinculado a esses fatos históricos, claro, além da incompetência do poder público de uma forma generalizada.
Agora dizer que a Região Sul vem sofrendo um desfalque enorme no sentido de representatividade no cenário nacional, principalmente depois perda de São Paulo, na década de 1950 para a Região Sudeste. Inclusive, nessa mesma década, o extinto Território Federal do Iguaçu, oriundo do oeste paranaense e catarinense, algo que durou um curto período de existência, também foi desfeito.
Outra região brasileira que também teve um breve período de prosperidade foi a Região Norte (a Amazônia), com os ciclos das drogas-do-sertão e da borracha, assim como ocorreu com o Nordeste, depois que passou esses 2 ciclos, a região também empobreceu de uma maneira irreversível! O Centro-Oeste fica numa posição intermediária, entretanto, se comparado ao Sul-Sudeste, com exceção do distrito Federal, ainda deixa a desejar...
O movimento separatista O SUL É MEU PAÍS precisa dá uma lida na nossa história, antes de sair por aí espalhando essas bobagens inúteis que não têm nada a nos acrescentar a não ser a burrice, afinal, somos todos brasileiros com todas as nossas diferenças culturais, isso é a cara do brasil! E depois, "um erro, não justifica o outro", ok?
Comentário de: Jason (28/05/2014)
O movimento separatista O SUL É MEU PAÍS, está embasado em critérios: neo-nazistas, sentimentos anti-democráticos e preconceituosos, os quais não tem nada a nos acrescentar. Isso é burrice e um grande retrocesso!
Se existe algum lugar que pode-se dizer que, carrega os problemas do Brasil nas costas é São Paulo. E, infelizmente não é reconhecida como merece, aliás, só lembram daqui de São Paulo, quando é pra resolver problemas, quebrar algum galho, etc., porque as homenagens mesmo, vão todas pra o Rio! Um exemplo disso: as beldades hollywoodianas quando vêm ao Brasil, menosprezam São Paulo, esquecendo-se que nós temos o maior nº de salas de cinemas do país, isto é, somos os maiores responsáveis pelas vendas de bilheterias de seus filmes, só que a qualquer hora que essa revolta sair pra fora, ou melhor, esse vulcão paulista explodir mesmo pra valer! Iremos com certeza boicotar os filmes americanos, aí eu quero vê se o Rio vai dá esse lucro pra eles!
O Sul reclama de barriga cheia, enquanto São Paulo é um Estado acolhedor e não tem o seu mérito reconhecido, como disse: as homenagens são sempre pra o Rio!
O Brasil nasceu no Nordeste, mas especificamente em Porto Seguro-BA. O Nordeste foi a região brasileira que mais sofreu com a devastação da Mata Atlântica, comprometendo todo o seu ecossistema, durante o ciclo do pau-brasil e mais adiante para dá espaço ao cultivo da cana-de-açúcar(esse tipo de monocultura leva-se anos pra recuperar o solo). E, como se não bastasse os problemas causados pelo ciclo canavieiro elaborado pelos portugueses que aqui chegaram, pra piorar ainda mais a situação sócio-econômica de sua população, a transferência da sede de Salvador para o Rio de Janeiro, empobreceu o Nordeste de tal maneira irreparável, como o conhecemos hoje. Então, esse mito de que os nordestinos são preguiçosos e burros não procedem, quando na verdade a questão trata-se de um fator histórico! Depois, a incompetência do poder público com o decorrer dos anos, é também um outro fator que dá a continuidade dessas consequências!
Agora dizer que a Região Sul vem sofrendo há anos um enorme desfalque no quesito representatividade no cenário nacional, aí sim! Principalmente pós a perda de São Paulo para a Região Sudeste durante a década de 1950, nesse mesmo período, foi desfeito o temporário e extinto Território Federal do Iguaçu (oeste paranaense e catarinense).
Sensacional esse pensamento.
Sim, eu fui irônico.
Reclamam de serem mais desenvolvidos e de sustentarem outros estados.
Ótimo: usem esse recurso e criem iniciativas para ajudar a desenvolver as outras regiões do Brasil.
Reclamam do governo federal, dos escândalos, da corrupção etc.
Diagnóstico correto, tratamento ignorante.
Se algo está errado, ajude a mudar. Tire quem está estragando e ajude a colocar alguém melhor no lugar.
Se unam, sim! Mas pelo bem maior de TODO o Brasil.
É uma atitude COVARDE largar estados mais frágeis e subdesenvolvidos na mão de corruptos e na mão do próprio subdesenvolvimento.
Isso mesmo: esse movimento é covarde.
Palmas aos que, por não saber ou conseguir melhorar, tiram o corpo fora e correm, tal como a criança birrenta que pega a bola e estraga o jogo, só porque havia algo que não gostou.
Deixem de ser covardes e lutem pelo Brasil e pelos interesses de toda a nação (i.e. do povo, não do governo).
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