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segunda-feira, agosto 01, 2011

MAURÍCIO MACRI, LÍDER DA OPOSIÇÃO NA ARGENTINA, DETONA ESQUEMA KIRCHNER E SE REELEGE PREFEITO DE BUENOS AIRES

Macri comemora com sua esposa a reeleição
O governo Cristina Kirchner sofreu um novo revés eleitoral neste domingo e, faltando menos de três meses para as eleições presidenciais, o clima de preocupação é cada vez maior na Casa Rosada. Como era esperado, o atual prefeito da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, um dos principais líderes da oposição foi reeleito, segundo dados oficiais (com 64% das urnas de votação apuradas) com 62,8% dos votos. O candidato do governo, o senador Daniel Filmus, obteve apenas 37,2%, protagonizando uma amarga derrota para a ala do Partido Justicialista (PJ) comandada por Cristina que, segundo pesquisas divulgadas nos últimos dias, está perdendo fôlego na campanha presidencial e poderia ser obrigada a disputar um segundo turno.
Desde o início deste ano, nove províncias - de um total de 24 - foram às urnas para eleger novos governadores. A oposição obteve cinco vitórias.
Num gesto incomum, a presidente telefonou para Macri para parabenizá-lo pela reeleição. Cristina não costuma dialogar com a oposição e chegou a pedir a dirigentes antikirchneristas que não presenciassem o velório do marido, Néstor Kirchner, em outubro do ano passado.
- É importante que os líderes argentinos aprendam a ser humildes, é muito mais fácil ser soberbos. Não prometo milagres, mas prometo trabalho, muito trabalho - declarou Macri.
Até pouco tempo, a presidente e viúva de Kirchner era a grande favorita e tudo parecia indicar que conseguiria conquistar um terceiro mandato para a família Kirchner sem grandes esforços. As dúvidas começaram a surgir nas últimas semanas e, segundo reportagem da revista "Notícias", publicada sábado passado, três pesquisas realizadas recentemente por empresas de consultoria locais mostraram que as intenções de voto de Cristina estão abaixo de 40%. Para vencer uma eleição presidencial no primeiro turno na Argentina é necessário obter 40% dos votos e uma diferença de mais de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
O ex-presidente Eduardo Duhalde, um dos adversários de Cristina em outubro, assegurou que "a presidente não passa dos 33%". Outro dos candidatos com chances de disputar uma queda-de-braço com a presidente é Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín. Com sua reeleição, Macri passa a ser um dos dirigentes mais fortes da oposição, que aposta numa candidatura presidencial em 2015. O chefe de governo portenho pensou em candidatar-se este ano, mas a fortaleza de Cristina o levou a optar pela reeleição na capital. A grande incógnita agora é saber quem será o candidato à Presidência que contará com o respaldo público de Macri.
A derrota em Buenos Aires, onde vivem 8,6% dos eleitores do país, soma-se ao recente triunfo do Partido Socialista na província de Santa Fé (8,5% do total do padrão eleitoral) e à provável vitória de forças antikirchneristas na província de Córdoba (8,7% do padrão).
No próximo dia 14 de agosto, o governo enfrentará seu principal teste: as eleições internas de cada um dos partidos, como exige a nova lei eleitoral, aprovada durante a gestão de Cristina. Embora a maioria dos partidos já tenha escolhido seu candidato, a lei exige a realização de eleições internas e, na visão de analistas locais, as primárias argentinas mostrarão claramente em que posição está cada um dos candidato. Do portal de O Globo

Um comentário:

rafernandes disse...

Aluísio,

Infelizmente, os fatos não dão substância à sua posição. A disputa atualmente em curso no Congresso está apenas usando o aumento do teto da dívida como instrumento de oposição ao presidente. Esse teto vem sendo regularmente elevado há décadas. Só o reverenciado republicano Reagan o fez 18 vezes. É bom que se entenda que a elevação do teto não cria dívidas em si, nem representa uma autorização para aumentar os gastos. Apenas autoriza o executivo a pagar as despesas já incorridas e previamente autorizadas pelo Congresso que aprovou o orçamento em curso.
O correto, para quem tem honestidade intelectual para admití-lo, é aumentar logo esse teto sem mais nhém-nhém-nhém, e na discussão do orçamento do próximo ano, aí sim, endurecer o jogo e só aprovar se ele trouxer uma forte redução dos gastos, fechar os "loopholes" e acabar com certas isenções absolutamente injustificadas. Esse aumento seletivo da tributação combinado com uma redução também seletiva das despesas, é que permitirá a redução do déficit público a médio prazo. Pretender, neste clima recessivo, reduzir simplesmente as despesas ( entre 20% a 40% dependendo da fonte)é loucura: caminho certo para o aprofundamentto da recessão.
O resto é só show para impressionar a multidão de desinformados, inclusive os do meio jornalístico.