Mesmo com o respaldo da população - que deu manifestações de apoio nos atos públicos de 7 de Setembro, em Brasília, e na semana passada, no Rio -, a presidente Dilma Rousseff fez uma faxina incompleta nos setores do governo envolvidos em corrupção, irregularidades e mau uso do dinheiro público. A limpeza só ocorreu na cúpula do Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Na Valec, a estatal responsável pela construção das grandes ferrovias previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a Norte-Sul e a Oeste-Leste, foi afastado só o presidente José Francisco das Neves, o Juquinha. Ele saiu no rastro do escândalo que abalou o Ministério dos Transportes, no início de julho. Investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) indicaram desvios de R$ 279,7 milhões na Valec.
Juquinha foi substituído interinamente por Felipe Sanchez da Costa, diretor da Valec, mas, segundo informações de dentro da estatal, quem manda de fato na empresa é Luiz Carlos Oliveira Machado, diretor de Engenharia, um protegido do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A Ferrovia Norte-Sul, uma das principais obras da Valec, foi iniciada no governo Sarney (1985-1990) e nasceu envolvida em escândalos. Na época, descobriu-se que a licitação havia sido dirigida e os vencedores já eram conhecidos havia meses. Leia MAIS
2 comentários:
É verdade que milhares de pessoas estão se manifestando com a intenção de apoiar Dilma?
Eu tenho muita vontade de participar, mas estou aguardando um posicionamento dos manifestantes.
Não quero ver minha imagem no meio da multidão sendo usada na campanha petista.
Se ficar definido que é para apoiar esse desgoverno do PT, eu estou fora.
fora do assunto mas , importante :
25/09/2011 | 19:08
ES: é inconstitucional fixar cota racial em concurso, decide Tribunal de Justiça
A Tribuna
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DES. SANTOS SOUZA: COTAS OFENDEM O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Por maioria de votos, o pleno do Tribunal de Justiça do Espírito Santo decidiu esta semana declarar a inconstitucionalidade da lei municipal de Vitória que estabelece reserva de 30% das vagas em concursos públicos para afrodescendentes. A ação de inconstitucionalidade foi impetrada pelo Ministério Público Estadual. O julgamento teve início em dezembro de 2010, quando o relator do processo, desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, julgou improcedente o pedido do MP, alegando que a política de cotas é legítima. Para o desembargador Arnaldo Santos Souza, "não é a tonalidade da pele que impossibilita os afrodescendentes de ingressarem no serviço público municipal, mas sim a precária situação econômica. Eu não vejo motivos para aceitar as cotas no serviço público". Segundo ele, “a reserva de vagas promove a ofensa arbitrária ao princípio da igualdade, gerando discriminação reversa em relação aos brancos pobres, além de favorecer a classe média negra, que não seria a mais carente dos benefícios estatais". O desembargador Álvaro Manoel Rosindo Bourguignon comentou sobre a reserva de vagas. "Ela viola frontalmente a Constituição brasileira. Não podemos nem privilegiar nem colocar à margem um grupo pela sua cor. As políticas sociais devem ser voltadas para pessoas com baixa renda". Por maioria de votos, foi julgada procedente a ação de inconstitucionalidade.
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