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sexta-feira, outubro 14, 2011

DIGA NÃO À IDIOTIA POLITICAMENTE CORRETA QUE TENTA INFANTILIZAR A SOCIEDADE

Trago uma sugestão de leitura para vocês que considero imprescindível. Trata-se do livro O Estado Babá, de David Harsanyi, jornalista, ensaísta e escritor americano. Esse livro já foi editado em 2007 nos Estados Unidos, porém só chegou ao Brasil em tradução para o português neste ano de 2011 através da Litteris Editora Ltda. Estou há um bom tempo para fazer esta sugestão quando comprei o livro e passei a lê-lo, mas esperei que pudesse resolver questões técnicas do blog que permitissem fazer a renovação da "Livraria do Blog", que mantenho na coluna ao lado mais abaixo. E aproveito a fazer um maerketizinho que ajuda na manutenção do blog, já que clicando sobre as capas dos livros em oferta o leitor vai diretamente ao site da Livraira Cultura de São Paulo, uma das mais completas do Brasil. Ao adquirir qualquer livro, CD, DVD e demais artigos da Livraria Cultura a partir de um clique sobre as capas estampadas aqui no blog, a empresa concede pequena comissão ao editor do blog.
Mas o importante é que vocês devem ler esse livro, comprando-o na livraria que preferirem e até mesmo nas suas respectivas cidades. Entretanto, a internet facilita a aquisição em qualquer ponto do planeta e faz evaporar o conceito de "interior". Não há mais regiões e cidades ditas do "interior" e todos passam, através da tecnologia, a ter acesso a todas as novidades, sobretudo, as culturais, como os bons livros.
Este livro de  David Harsanyi é muito importante porque coloca no centro do debate a questão da liberdade atualmente fustigada pelo pensamento politicamente correto que subverte o bem mais caro às pessoas, que é a liberdade individual. O livro em si é um poderoso libelo contra a tirania dos bobalhões politicamente corretos que se intrometem cada vez mais na vida dos cidadãos sob o pretexto salvacionista. Daí o título O estado babá, no sentido de que o Estado passa a arrogar-se na condição de babá das pessoas, como se todos fossem bebês sem condições de discernir sobre o que é certo e errado. A ilustração da capa do livro diz tudo. Um carrinho de bebê conduz o mapa mundi como se as pessoas não pudessem viver livremente as suas vidas e nem tivessem mais o direito de fazer suas próprias escolhas, ainda que essas pudessem de alguma forma lhes prejudicar. Tanto é que no prólogo do primeiro capítulo do livro, o autor cita uma frase de Thomas Szasz que diz o seguinte: "O provérbio ensina que 'não se deve morder a mão de quem o alimenta'. Mas talvez você deva. Se isso impedi-lo de se alimentar."
Em março deste ano, David Harsanyi esteve no Brasil para o lançamento do livro. Nessa ocasião o Instituto Milenium registrou o lançamento em seu site destacando uma pergunta formulada pela jornalista Mônica Waldvogel. Ela indagou ao escritor se o costume americano de legislar ferozmente sobre o consumo e a vida das pessoas influencia outros países como o Brasil e citou questões relativas à obesidade, campanhas contra o fumo e as denominadas políticas afirmativas.
Com humor, Harsanyi disse que o Brasil deve continuar jogando futebol e não baseball, e que não deve copiar os que os americanos fazem: “Nós copiamos os europeus da mesma forma que vocês nos copiam. Apesar das restrições, eu ainda acho que nós somos um pais muito livre. Nós não sabemos o que é uma ditadura. Nós temos nossos problemas culturais e nossa forma de resolvê-lo de acordo com o liberalismo clássico. Estamos falando do problema que é o dogma, a ideologia. Só de o Brasil ter uma conferencia sobre o tema já é importante para a democracia.”
A edição brasileira de O Estado Babá, está bem feita, com boa tradução e o texto é leve e de fácil leitura. Na introdução o autor observa que a obra irá detalhar - mas nem de perto todas - as violências de babysitterismo, intromissões sobre o que comemos, bebemos, fumamos, sobre como educamos os nossos filhos, sobre nossa moralidade e vidas profissionais. Dito isso espera que os leitores comecem a ver o babysitterismo como um movimento orquestrado e compreendam melhor o quanto essas leis são perigosas para a nossa liberdade.
Ressalva que o livro não é um manifesto de indeferença ou um aval à indulgência  (porque somente um tolo negaria que fumar leva a todos os tipos de doenças malignas, obesidade é um estado miseravelmente não saudável e beber é quase sempre divertido, mas não dirija!), mas um livro sobre a liberdade, responsabilidade pessoal e livre arbítrio. Não defende que ignoremos as decisões perigosas que tomamos, mas trata de sermos capazes de exercitar nosso direito de tomar essas decisões sozinhos. Enquanto pudermos.
Sugiro portanto que leiam o livro e aproveitem também escolhê-lo para presentear alguém. Será uma excelente ação em defesa do bem mais caro a todos os seres humanos: a liberdade!

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3 comentários:

Anônimo disse...

Sugestão de livros para constar aí na tua livraria: "Manual do Perfeito Idiota Latino Americano" (Alvaro Vargas Llosa e outros) e seus similares nacionais "História Politicamente Incorreta do Brasil" e "História Politicamente Incorreta da America Latina", ambos de Leandro Narloch e Duda Teixeira.

Aluizio Amorim disse...

Grato.
Já anotei, sendo que sobre o Manual está na livraria obra dos mesmos autores, numa segunda versão, intitulada A Volta do Idiota.

Finish them! disse...

Ainda não vi o livro, mas imagino que o título em inglês seja algo como "The Nanny State".