Pavilhões totalmente lotados. Clique na imagem p/ ampliá-la |
Andar pelos setores do Parque Vila Germânica em um sábado à noite de Oktoberfest pode se transformar em um exercício de paciência. No último fim de semana, o público de 93 mil pessoas _ o maior desde 2009 _ lotou pavilhões, formou filas e congestionou o trânsito. O empurra-empurra ficou inevitável e reacendeu o debate sobre a necessidade de limitar ou não o número de visitantes.
Presidente da Vila Germânica, Norberto Mette, defende que a solução para evitar a superlotação passa por aumentar o preço dos ingressos em dias de maior movimento. Ele discorda da possibilidade de determinar um número máximo de ingressos à venda ou ampliar o parque. — A Oktoberfest é diferente de qualquer outro evento. O fluxo de entrada e saída de pessoas é muito grande. Limitando o número de ingresso por dia, com a venda antecipada, por exemplo, é possível que os pavilhões fiquem às moscas caso todos saiam no mesmo horário — explica.
Limitar ou não o público é uma questão debatida pela Comissão de Segurança da festa desde o ano passado. O presidente do grupo, Walfredo Balistieri, lembra que a lotação de sábado foi atípica, porém, afirma que é preciso encontrar uma solução. Ele explica ainda que as mais de 90 mil pessoas não estavam dentro do parque ao mesmo tempo: — À noite, havia no máximo 50 mil ao mesmo tempo. Apesar disso, é preciso preservar a qualidade e organização da festa. Com muita gente isso não é possível.
Balistieri afirma que a comissão vai se reunir com a Vila Germânica depois do encerramento da festa para decidir como evitar a superlotação. Na opinião dele, uma mescla entre limite de ingresso, aumento de preço e ampliação do espaço resolveriam o problema.
O comandante do Batalhão da Polícia Militar, Cláudio Roberto Koglin, teme pela segurança das pessoas caso haja uma situação em que todas precisem sair ao mesmo tempo. Koglin, que também faz parte da Comissão de Segurança, diz que levou o assunto às reuniões.
Ele sugere que as cercas caiam de dentro para fora para que o público possa sair rapidamente, em caso de emergência.
— Uma coisa é entrar 90 mil aos poucos e outra é que esse público queira sair toda de uma vez só — comenta.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Júlio César da Silva, não há o que temer quanto à segurança do local. Ele diz que o parque atende todas as exigências e que tem um sistema preventivo contra imprevistos.
Apesar disso, concorda que com um grande número de pessoas, agregado ao consumo de bebida alcoólica, o risco de haver problemas é potencializado.
— Somos criteriosos na questão de segurança. O parque tem todo um aparato para resolver questões de tumulto em dias de superlotação. Não acho que limitar ingressos seria a solução — avalia. Do portal da RBS/Diário Catarinense - Foto de Patrick Rodrigues
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