A ocupação, por cerca de 50 militares, da sede do canal de TV por assinatura Cablevisión, que pertence ao grupo Clarín, na manhã desta terça-feira, 20, foi uma "manobra política". A opinião é de Sérgio Danishewsky, editor-chefe do Clarín.com, a versão na internet do jornal. Em entrevista exclusiva ao estadão.com.br, Danishewsky disse que as razões da ação ainda não estão claras.
Mas, segundo ele, a medida teria sido motivada por uma denúncia do segundo maior grupo de comunicação da Argentina, o Vila-Manzano. "É uma companhia que, à medida que cresceu, se aproximou do governo e se distanciou cada vez mais do (grupo) Clarín. Antes não tínhamos uma relação ruim e agora há uma relação péssima", diz.
A Cablevisión não possui jurisdição na província de Mendonza, cidade sede do grupo Vila-Manzano. Ainda de acordo com Danishewsky, a ordem de ocupação foi dada por um juiz de Mendonza que já havia favorecido o grupo concorrente antes, quando suspendeu uma decisão do governo que obrigava os grupos de comunicação a só possuírem uma empresa em cada setor jornalístico. "Não está claro que documentação os militares buscavam. O que sim está claro é que a Cablevisión era um alvo do governo nacional. Por isso, qualquer outro grupo de comunicação que tome alguma ação contra a empresa receberá apoio", acredita.
A Cablevisión não possui jurisdição na província de Mendonza, cidade sede do grupo Vila-Manzano. Ainda de acordo com Danishewsky, a ordem de ocupação foi dada por um juiz de Mendonza que já havia favorecido o grupo concorrente antes, quando suspendeu uma decisão do governo que obrigava os grupos de comunicação a só possuírem uma empresa em cada setor jornalístico. "Não está claro que documentação os militares buscavam. O que sim está claro é que a Cablevisión era um alvo do governo nacional. Por isso, qualquer outro grupo de comunicação que tome alguma ação contra a empresa receberá apoio", acredita.
Para Danishewsky, o evento desta terça deve ser incluído entre uma série de "ações concretas" que foram tomadas contra o grupo Clarín nos últimos anos, como o bloqueio dos Sindicatos dos Caminhoneiros à saída de edições do Clarín, a anulação da licença de operação da Fibertel, provedora de serviços de internet do grupo Clarín e a operação organizada pela FIP (Administração Federal de Ingressos Públicos), quando 300 inspetores estiveram na sede do jornal para solicitar documentação. "Essas medidas ou são impulsionadas ou são toleradas pelo governo argentino", assegura.
Papel jornal
A ação é mais um episódio na escalada das disputas entre o governo e as empresas de comunicação que publicam os jornais Clarín e La Nación, por causa do fornecimento de papel-jornal. O governo usa sua participação acionária na Papel Prensa, única fornecedora de papel-jornal do país, para tentar dominar a oposição do Clarín e do La Nación, maiores jornais do país.
Danishewsky lembra que, nesta semana, o governo tentará aprovar uma lei no congresso que muda a repartição do papel jornal no país. Na Argentina, há uma empresa mista, que pertence a dois jornais (El Clarín e La Nación) e o Estado argentino e que é a única a produzir papel-jornal na Argentina. "O governo quer ser o dono dessa empresa e não mais ter somente uma participação", diz.
Interferência
De acordo com o editor-chefe do Clarín.com, quando o governo declarou a nulidade da Fibertel, causou um impacto negativo na população. "As pessoas sentiram como se o governo tivesse entrado nas suas casas e vetado o uso da internet", opina. Segundo ele, a medida desta terça também deve ser rechaçada pela população, pois "ao interferir na Cablevisión, o governo interfere na vida cotidiana das pessoas".
Ele menciona, ainda, o número incomum de militares envolvidos na ação desta terça. Isso, segundo ele, "deixou claro que há uma intencionalidade política na medida". Além disso, ele destaca o fato de que o canal oficial do país acompanhou os militares, sendo o único meio de comunicação a cobrir o evento enquanto ele ocorria. Os militares permaneceram por três horas na sede da Cablevisión que, conforme informações do editor, funciona normalmente. Do portal do EstadãoMEU COMENTÁRIO: Percebe-se claramente pelas declarações do editor-chefe do Clarín, Sérgio Danishewsky, que a Argentina já vive sob uma ditadura consentida por boa parte de sua população e por grupos empresariais privados. Verifica-se, portanto, e de forma clara, como o continente latino-americano vai sendo dominado por aquilo que se pode conceituar como "elite globalista" (by Olavo de Carvalho), ou seja, a associação de grupos empresariais e de banqueiros aos governos. Tal esquema de poder ocorre principalmente em países governados por partidos vinculados ao movimento comunista internacional.
O que se registra na Argentina já ocorre há muito tempo e em larga escala na China, como também em países como a Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia e ocorrerá também no Peru, sob o domínio de Olanta Umala.
No Brasil esse escandaloso contubérnio do setor privado com o governo comunista do PT também acontece enquanto se vê diminuir os setores que resistem a essa diabólica ação que vai aos poucos solapando as instituições democráticas. A esses grandes grupos econômicos interessa a performance de seus negócios e a possibilidade de ter a segurança do Estado como sócio. Se o governo tem viés comunista e de controle sobre as organizações da sociedade civil, como os sindicatos de trabalhadores, tanto melhor. É o que já acontece no Brasil e em praticamente todo o continente latino-americano.
O movimento comunista internacional que no passado assacava contra o capital passou a ser um parceiro dos capitalistas industriais e dos banqueiros, depois que chegaram à conclusão que a estatização dos meios de produção resultava em baixa produtividade. Esse novo esquema comunista oferece em troca do apoio dos mega-capitalistas o manto protetor do Estado (caso dos bancos estatais no Brasil) e controle total do movimento sindical. Tanto é que as greves em todas as esferas da sociedade são apenas um embuste. Grosso modo repete-se o esquema da Itália fascista onde sindicatos de patrões e empregados estavam juntos com o governo.
Na Venezuela, por exemplo, os capitalistas adesistas da ditadura chavista chamados de "boliburgueses", ou seja, "burgueses bolivarianos".
Note-se, por exemplo, que no caso do Brasil, o PT, há uma década no poder, dispõe de cerca de 30% dos votos. Isto está embasado em estatísticas comprovadas. Surge então a indagação: como pode um partido minoritário dispor de todo esse poder. Onde consegue os meios para lograr seus objetivos?
Não resta dúvida a aliança que sustenta o PT e demais partidos comunistas no poder na América Latina é custeada pelo empresariado e pelos banqueiros, porquando é com vultoso aporte de recursos financeiros que os comunistas conseguem se manter no poder. Uma vez encastelados no poder os comunistas dão um jeito de saldar essa aparente bonomia dos grupos econômicos que agem nas sombras dos bastidores da política. É por isso também que o parlamento brasileiro e dos demais países comunistas latino-americanos são integrados principalmente por representantes do baixo clero da política sem qualquer preparo. Esses parlamentos transformaram-se em assembléias que chancelam todas as decisões do Executivo.
No caso da Argentina já os parlamentares apóiam abertamente a decisão do governo de calar a imprensa independente, a qual passou a ser vista como uma ameaça ao esquema de poder. No Brasil o PT tem reiterado sua intenção de impor um "controle social da mídia", eufemismo para a censura à imprensa.
E, para provar que estou absolutamente certo e verdadeiro nesta análise, vejam que a defesa da liberdade de imprensa e da liberdade individual dos cidadãos já não tem mais um mísero apoio dos grupos empresariais e dos banqueiros no Brasil. Suas organizações representativas e seus líderes emudeceram, a mostrar que, como na Argentina, serão os ajudantes dos coveiros da democracia. Eles já integram a denominada "elite globalista".
Este é o quadro político que se apresenta praticamente em todo o mundo ocidental. Falar em governo mundial nestas alturas deixou de ser apenas mais uma teoria conspiratória. É, na verdade, um fato evidente que o instrumental teórico da filosofia e economia política clássicas já não mais dá conta de analisar e muito menos de explicar.
Comunistada mais capitalista que os caras do governo nunca vi!!!! E medalhinhas!!! Como adoram uma medalhinha!!!!!
ResponderExcluirEta povinho mediocre esses comuno-capitalistas...
ABAIXO A DITADURA!
ABRAÇOS FRATERNOS!
É a mais pura verdade!!!
ResponderExcluirQuando até uma fábrica de armas faz doação de campanha para o pt - aí dá para voçê ter uma noção do grau que a coisa está atingindo...
Todos los Bisbos Mismos di siembre.
ResponderExcluirEm nota, PC do B lamenta morte de ditador norte-coreano.
O Partido Comunista do Brasil (PC do B) divulgou nesta terça-feira uma nota lamentando a morte do ditador norte-coreano. O texto destaca a "dedicação de Kim Jong-il pela luta anti-imperialista e pela construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas - baseados nos interesses e necessidades das massas populares".
Leia abaixo a íntegra da nota:
Estimado camarada Kim Jong Un
Estimados camaradas do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia
Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do camarada Kim Jong Il, secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia, presidente do Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia e comandante supremo do Exército Popular da Coreia.
Durante toda a sua vida de destacado revolucionário, o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.
O camarada Kim Jong Il deu continuidade ao desenvolvimento da revolução coreana, inicialmente liderada pelo camarada Kim Il Sung, defendendo com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria. Patriota e internacionalista promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos.
Em nome dos militantes e do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressamos nossas sentidas condolências e nossa homenagem à memória do camarada Kim Jong Il.
Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano.
Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB e Ricaro Abreu Alemão secretário de Relações Internacionais do PCdoB