FLORIANÓPOLIS PODERÁ SEDIAR O SORTEIO DE GRUPOS DA COPA DO MUNDO DE 2014. EVENTO DEVE ACONTECER EM DEZEMBRO DE 2013.

Florianópolis pode sediar o sorteio de grupos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O sorteio definirá as primeiras partidas do mundial e deve ser realizado em dezembro de 2013. A informação foi confirmada pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valckle, que está em Fortaleza para acompanhar o andamento das obras para a Copa.

Conforme o dirigente, os estados que não vão sediar partidas podem receber o sorteio. Apenas o Rio de Janeiro, onde já houve o sorteio das eliminatórias, está descartado.

— O interesse em sediar este importante evento, que tem a audiência de TV de uma partida de Copa do Mundo, é enorme — destacou Valcke.

De acordo com ele, a decisão será tomada pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo da FIFA com base na recomendação do Comitê Organizador Local (COL) após ampla avaliação.

Mobilização no Estado
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação Catarinense de Futebol (FCF) e a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte e da Fesporte vêm se mobilizando para tentar garantir a Capital como sede do sorteio. Em maio de 2009, Florianópolis ficou fora da escolha dos 12 municípios que receberão os jogos.

— Florianópolis é a terceira cidade que mais recebe turistas estrangeiros no país, perdendo apenas para o Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu. Além disso, a cidade tem uma boa rede hoteleira e espaços como o Centro de Eventos de Canasvieiras, que estará concluído até lá; o Centrosul e o o Costão do Santinho para receber o evento -ressaltou o presidente da Fesporte, Adalir Pecos Borsatti. Do portal da RBS/Diário Catarinense

MEU COMENTÁRIO: O que deveria ser motivo para comemoração e orgulho por parte da população de Florianópolis e até mesmo para o povo catarinense é motivo de preocupação. Explico: como já escrevi aqui no blog inúmeras vezes Florianópolis se transformou num dos maiores destinos turísticos do mundo inteiro e a cidade já vive o caos urbano e se transformou numa das capitais mais violentas do Brasil. Esse importante evento relativo à Copa do Mundo de 2014 expõe ainda mais a capital catarinense aos olhos do mundo.

O evento em si é na verdade uma poderosa ferramente de marketing turístico que turbinará o descontrolado e avassalador crescimento de Florianópolis. Não se trata de ser contra o desenvolvimento, o crescimento econômico. Entretanto, deve-se assinalar que o crescimento de Florianópolis não se dá dentro de um nível de normalidade e equilíbrio. A cidade está sendo invadida por hordas de forasteiros e não dá nem tempo de reestruturar sua infra-estrutura, sobretudo no que tange ao fluxo do trânsito, à segurança pública e a próprio controle das edificações que proliferam num ritmo impressionante. Toda a grande Florianópolis que abrange cinco municípios, aumenta sua população de forma completamente descontrolada e multiplicam-se os problemas de mobilidade urbana e, de forma especial, a segurança pública. 

Situada sobre uma Ilha, Florianópolis não tem mais espaço e se tornou, por isso, um caldeirão de violência, embora seja uma das menores capitais brasileiras em termos de população. O município de capital tem uma população estimada em cerca de 500 mil habitantes, enquanto a área conurbada anda ao redor de quase 1 milohão de habitantes.

Esse crescimento, contudo, ocorreu de forma abrupta e todos os equipamentos de infra-estrutura estão seriamente comprometidos e excedem a capacidade do próprio poder público: governo estadual e prefeituras dos cinco municípios.

Chamar mais atenção para Florianópolis, dada a essa funesta realidade é uma loucura. 

Insisto: tem de ser feito um grande planejamento de imediato e médio prazo envolvendo toda a área metropolitana de Florianópolis.

A mesma providência deverá alcançar as áreas metropolitanas de Blumenau, Joinville, Itajaí e Criciúma e Jaraguá do Sul.

Espero que as autoridades catarinenses sejam sensíveis a este alerta que estou fazendo. Do contrário estarão enterrando o futuro catarinense que é dos mais promissores em todas as áreas da economia, sobretudo aquela ligada ao turismo.