Gilberto Carvalho colocando a minhoca no anzol de Crivella |
Quem disse, Pedro Dória, que blog não consegue furo jornalístico? Está aí acima a foto exclusiva do feita pelo fotógrafo do blog (não declino o nome por questão de segurança), no momento em que Gilberto Carvalho cravava uma minhoca no anzol do novo ministro da Pesca, Marcelo Crivella. O dileto Gilbertinho foi incumbido pela Dilma, logo após a posse de Crivella, de ensinar o novo ministro da Pesca a pescar. É que no seu discurso de posse o neófito Crivella confessou a sua pouca prática com minhocas e anzóis.
Vê-se aí toda a capacidade gerencial da Dilma. Com ela não tem mole não. Tanto é que logo após a cerimônia Gilbertinho desvencilhou-se do terno e gravata, arregaçou a calça, pegou um chapéu palha e rumou com Crivella para a margem do Lago Paranoá.
O fotógrafo do blog, por via das dúvidas, usou o disfarce de militante do MST, vestindo uma camiseta vermelha e o indefectível boné comumente utilizado pelos sem-terra. Quando viu a Dilma cochichando ao pé do ouvido de Gilbertinho ficou ligado. Ato contínuo seguiu os dois e não perdeu o flagrante com a sua teleobjetiva de grande alcance.
Com isso não faltará peixe na Semana Santa, como chegou a ser noticiado pela grande imprensa.
2 comentários:
Ensino religioZo nas Escolas Públicas Coladasd e escoladas do Rio de Janeiro - investimento errado.
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro enviou à Câmara dos vereadores um projeto de lei sobre ensino religioso confessional facultativo nas escolas públicas do município. A lei aprovada por vinte e oito votos contra cinco, foi sancionada em 2011 e a nova disciplina será implantada a partir de 2012.
Serão abertas seiscentas vagas para professores de diferentes denominações religiosas e o município gastará a mais cerca da 16 milhões de reais no orçamento anual destinado à educação para fazer frente a esta mudança.
Os candidatos ao magistério confessional devem ser versados em sua crença, ter licenciatura plena, conhecimentos de história, geografia, filosofia, sociologia e prestarem concurso público. Os professores aprovados no concurso terão que ter os seus conhecimentos religiosos atestados por um representante de sua igreja ou comunidade confessional.
Os alunos poderão optar entre aulas das seguintes doutrinas – católica, evangélica/protestante, afro-brasileiras, espírita, religiões orientais, judaica e islâmica.
Àqueles que não optarem por nenhuma destas religiões a Secretaria Municipal de Educação oferecerá, nos mesmos horários, aulas de “educação para valores”, o que me fez lembrar a fatídica “educação moral e cívica” implantada no regime militar.
A nova legislação municipal amplia o ensino religioso a todo o ensino básico do estado do Rio de Janeiro, pois desde 2000 já havia sido sancionada uma lei estadual implantando o ensino religioso confessional nas escolas de ensino médio, para o qual foram também contratados professores.
Não pretendo discutir aqui as questões legais aí envolvidas, mas é claro que há desdobramentos importantes sobre a constitucionalidade destas iniciativas. Tanto é assim que o Supremo Tribunal Federal discutirá uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Procuradoria Geral da República contra o ensino religioso confessional nos estados do Rio de Janeiro e do Piauí, não por acaso dois dos estados com os piores resultados nas avaliações do rendimento escolar.
Um observador que não conhecesse a precariedade da educação estadual e municipal imaginaria que os legisladores, o prefeito Eduardo Paes e, antes dele, o governador Garotinho, estariam preocupados com o aprimoramento moral dos estudantes depois de terem esgotado todos os esforços para melhorar a qualidade do ensino que oferecem. No entanto, como sabemos, a realidade é bem diversa. Temos os piores indicadores de desempenho nas avaliações e o mais grave, com indicadores de repetência que assustam. A defasagem entre a idade e a série dos alunos também é alta.
Pra ele é moleza pegar minhocas(mesmo às margens do Paranoá), basta puxar por dentro das orelhas...
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