Reproduzo como segue após este prólogo um texto do jornalista Augusto Nunes que mostra a realidade dos fatos. O título original é "As lamchas de Ideli devem dividir com Demóstenes noticiário político policial".
A Stasi petralha, com convém a um regime comunista, age seletivamente. Uns são realmente mais iguais que outros perante a lei. Resta saber quem mais, além de Demóstenes Torres se afogará nessa cachoeira.
Ah!, tem ainda o mensalão, mas isto é assunto para outro post. Por enquanto leiam o que informa o Augusto Nunes, cujo site também é sempre de leitura obrigatória. Acima, a charge do competente Sponholz diz tudo.
A frase "há algo no ar além dos aviões carreira", que se não me engano é do saudoso Barão de Itaré, nunca foi tão apropriada para definir o "clima" político brasileiro depois que o PT e seus sequazes chegaram ao poder sob as bênçãos do empresariado, dos banqueiros oportunistas e dos botocudos. Leiam:
Todo suspeito absolvido pelo companheiro Rui Falcão é culpado. Nesta sexta-feira, essa regra sem exceção deixou um pouco pior no retrato a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. “Ela não tem nada a ver com esses acontecimentos”, foi logo recitando o presidente nacional do PT. “Acontecimentos”, sabe-se agora, é o termo que agora designa, na novilíngua petista, a maracutaia que transformou o Ministério da Pesca em dono de 38 lanchas sem serventia.
Para quem vê as coisas como as coisas são, os acontecimentos começararam em 2008, quando o então ministro Altemir Gregolin, indicado pelo PT de Santa Catarina, simulou uma licitação para comprar a frota fabricada pela também catarinense Intech Boating. Foram pelo ralo R$ 31 milhões, excluídas as propinas de praxe. Em 2010, um emissário do ministério solicitou ao dono da empresa, Antônio Galizio, que retribuísse a gentileza com a doação de R$ 150 mil à candidatura ao governo estadual de um berreiro à procura de uma ideia. Derrotada, Ideli ganhou de Dilma Rousseff o Ministério da Pesca. E autorizou o pagamento da parcela que faltava para completar a felicidade do empresário generoso. Ponto.
“A Ideli não era ministra quando as lanchas foram adquiridas”, discursou Rui Falcão. “E não foi ela que pediu a doação”. Acabou tropeçando, quem diria, no fiapo de voz do companheiro Luiz Sérgio. O deputado do PT fluminense não abriu a boca nem mesmo quando se tornou o único político da história demitido de dois ministérios, pela mesma presidente, em menos de um ano. Ministro da Pesca depois da saída de Ideli e antes da chegada de Marcelo Crivella, quebrou o voto de silêncio antes que alguém o embarcasse na negociata flutuante.
Depois de contar que doou algumas lanchas à Marinha e admitir que não soube o que fazer com as que sobraram, o companheiro declarou-se espantado com a gastança e soltou a frase surpreendente: “Eu diria, como a nossa presidente Dilma Rousseff, que o que aconteceu no Ministério da Pesca é um malfeito”. Na novilíngua lulista, “malfeito” quer dizer delinquência cometida por bandidos de estimação que foi descoberta e divulgada pela imprensa.
A interrupção do silêncio obsequioso de Luiz Sérgio confirma que a coisa é mais feia do que parece. A absolvição decretada por Rui Falcão é uma sentença condenatória. A mudez do berreiro é uma confissão de culpa. O senador Demóstenes Torres, quem diria, vai dividir o noticiário político-policial com Ideli Salvatti. A imensa procissão dos pecadores impunes continuará passando enquanto a Justiça entender que todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros. Do site do Augusto Nunes
Um comentário:
Novilíngua petralha:
Malfeitos (crimes)
Aloprados (criminosos)
Acontecimentos (crimes cometidos por amigos e correligionários)
Eles são muito divertidos!
Divertidos: abestalhados.
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