ESPECIAL: O NARCO-ESTADO BOLIVARIANO AGONIZA JUNTO COM HUGO CHÁVEZ

O tiranete Hugo Chávez e seus áulicos: sorrisos amarelos.

Em tradução livre de reportagem em espanhol do site do jornal ABC, trago aos leitores detalhes que não deixam dúvidas: a Venezuela se transformou num "narco-Estado" sob o governo do caudilho Hugo Chávez.

Alguém poderá indagar: mas por que este blog seguidamente se ocupa em falar sobre a Venezuela? Ora, porque Hugo Chávez é amigo íntimo do Lula, da Dilma e seus sequazes. Faz parte do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula que dificilmente é citada pela grande mídia brasileira. 

Além disso os tentáculos do tiranete de Miraflores ultrapassam as fronteiras da Venezuela. Lembrem-se que a Venezuela possui a quinta maior reserva de petróleo do mundo. Rende os petrodólares com os quais Chávez vinha deitando e rolando até que foi abatido pelo câncer. 

Neste momento, o tiranete está novamente em Cuba recebendo novas doses de radioterapia. Segundo o jornalista Nelson Bocaranda, em sua prestigiosa coluna Runrunes, no palácio presidencial em Caracas foi montado um cenário teatral para produzir imagens de um Chávez que se move com suas próprias pernas. No entanto uma providencial cadeira de rodas conduz o tiranete de suas rápidas aparições para a cama.

O título da reportagem do diário espanhol ABC antecipa a derrocada não só de Chávez, mas do próprio regime bolivariano: "El final de Hugo Chávez destampa sus vinculos con el narcotráfico". Leiam:

O caudilho Hugo Chávez recebe há anos informes semanais sobre as operações de narcotráfico realizadas na Venezuela, levadas a cabo sob controle das Forças Armadas. Detalhes desses encontros, nos quais o diretor da Inteligências Militar dava conta pontualmente ao caudilho venezuelano de como se desenvolvia o negócio dos entorpecentes, agora são oferecidos à poderosa Agência Anti-Droga norte-americana (DEA na sua sigla em inglês) pelo foragido ex-magistrado venezuelano Eladio Aponte, segundo o diário espanhol ABC. Em sua reportagem (link ao final para leitura completa) esse jornal informa que suas revelações se baseiam em fontes conhecedoras dos pormenores da voluntária entrega de Aponte às autoridades de Washintgon.

Um narcotráfico de Estado, dirigido por "narco-generais" e tutelado pelo próprio Hugo Chávez, e uma Justiça emasculada tanto para proteger essas operações como para "montar" processos contra dissidentes políticos, é a Venezuela do chavismo cuja realidade agora emerge ante a decomposição do regime. 

Peça chave dessa utilização dos tribunais para os interesses do regime foi o juiz Aponte, primeiro como procurador militar, e depois como responsável pela Câmara Penal do Tribunal Supremo de Justiça do País. Com Chávez em plena saúde, Aponte teve poucas oportunidades de escapar. Mas agora, com o caudilho frequentemente em Cuba e os responsáveis pela segurança mais preocupados por seu próprio futuro, ninguém reparou para o fato de que a grande testemunha, (um verdadeiro homem-bomba) da corrupção do chavismo poderia se avadir do país.
A FUGA DO HOMEM-BOMBA

Demitido em 20 de Março pelas acusações de Walid Makled, um ex-capo civil da droga em desgraça devido às lutas internas, Aponte foi para seu escritório no dia de sua folga para recolher suas coisas. Quando ele deixou o edifício disse ao motorista que ele preferia voltar para casa de táxi. Viajou de táxi para a Península de Paraguaná, cerca de 500 quilômetros de Caracas. Lá ele contratou um pescador para levá-lo de barco para a ilha de Aruba, cerca de 45 minutos de distância. E na ilha ele tomou um avião, pela primeira vez ao Panamá e, em seguida, a Costa Rica, onde foi recolhido pela DEA que o levou para os Estados Unidos.

Suspeitando que ele poderia pagar os pratos quebrados pelo caso Makled caso - ele próprio tinha usado muitas vezes bodes expiatórios para salvar altos oficiais militares em matéria de processos - , Aponte estava enviando documentos confidenciais para fora do país por três meses. Todos já estão em poder das autoridades americanas.

CARTA COMPROMETEDORA

Entre eles, por exemplo, há uma carta comprometedora de  2007, em que o então Ministro da defesa, general Raúl Baduel, informou Chávez que havia "elementos suficientes que vincular" o general Henry Rangel, agora Ministro da defesa, no caso de tráfico de drogas: um carregamento de 2,2 toneladas de cocaína, das Farc, tinha sido mantido em um quartel do exército numa área de fronteira com a Colômbia e estava sendo transportado por um comboio quando ele foi interceptado.
Não só Chavez não promoveu uma investigação, mas de acordo com Aponte, o caudilho teria insistido para encobrir o o caso.

Uma ingerência em assuntos judiciais a partir da Presidência da República que Eladio Aponte assegura como uma ação frequente do regime. Baduel pagou sua ousadia com a obrigação de retirar-se do Exército depois de uns poucos meses, e em 2010 foi sentenciado a oito anos de prisão por corrupção. Rangel, por sua vez, froi promovido, como também o tenente-coronel Pedro Maggino, principal envolvido no mencionado processo judicial, que Aponte manipulou.

O conteúdo desse processo permite concluir que o caso "não era um incidente isolado e revelava uma rede de narcotráfico bem estabelecida de oficiais militares", segundo juristas que examinaram o referido processo.

O "CAPO" DOS "CAPOS"
Aponte é a primeira pessoa que envolve diretamente Chávez nesse negócio, de acordo fontes  consultadas pelo diário espanhol ABC. O juiz Aponte disse que várias vezes esteve presente quando o diretor de inteligência militar apresentou o seu relatório semanal ao Presidente de operações de tráfico de drogas. Não está claro que essa acusação possa ser sustentada com provas escritas. Todavia, Aponte afirmar ter as provas (por exemplo, pagamentos de contas bancárias) contra Diosdado Cabello, o Presidente da Assembléia nacional, que é o chefe do partido e um dos sucessores possíveis de Chávez na vanguarda do movimento. "Cabello é o capo dos capos, porque é o que controla toda a infra-estrutura de lavagem de dinheiro," disse Aponte, segundo as fontes citadas.
Em declarações que também fez à SoiTV de Miami, Aponte qualificou o general Clíver Alcalá, que comanda a Divisão Blindada, como o "czar da droga", que se ocupa da operação dos envios, em colaboração nada menos que com o Bureau Nacional Andi-droga, o coronel Néstor Reverol. Clique AQUI para ler no original en español 


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