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domingo, maio 06, 2012

REPORTAGEM BOMBA DA REVISTA VEJA: O POTENCIAL DA CPI PARA FAZER A MAIOR FAXINA DESDE O ESCÂNDALO MENSALÃO!

INTERESSES - Alvo da CPI, Fernando Cavendish, dono da construtora Delta (no centro), é amigo e cliente de muitos políticos. Na festa ao lado, em Paris, ele acompanhava o governador Sérgio Cabral, do Rio, onde fatura bilhões em obras
A CPI para investigar as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, com políticos e empresas que têm contratos com a administração pública saiu do papel em alta velocidade. A gravidade dos fatos levantados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público — o pagamento de propina a autoridades, a troca de favores entre a máfia do jogo e parlamentares e a assinatura de contratos públicos azeitados à base de tráfico de influência — produziu um fato raríssimo: a instalação da CPI contou com o apoio de governistas e oposicionistas. O Congresso deu mostras de disposição para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, uma de suas mais nobres missões. Se nasceu sem dores, a CPI começou a caminhar com dificuldades. Aprovado na quarta-feira passada, o plano de trabalho da comissão apenas tangencia o epicentro das irregularidades apontadas pelos policiais federais e pelos procuradores. A CPI decidiu ouvir os coadjuvantes das malfeitorias, mas, por enquanto, vacila em chamar para depor deputados e governadores suspeitos de manter relações promíscuas com Cachoeira e a empreiteira Delta, um colosso da construção civil com obras contratadas por governos do PT, do PSDB e do PMDB.
A desenvoltura multipartidária da Delta explica o começo claudicante da CPI que nasceu com o potencial de fazer uma faxina pública como não se via desde que o escândalo do mensalão foi destrinchado, em 2005, com o indiciamento de cerca de uma centena de pessoas. O deputado petista Odair Cunha, relator da CPI, tentou limitar geograficamente as investigações sobre a Delta e suas obras no Centro-Oeste. O ex-diretor da empreiteira para aquela região, Cláudio Abreu, está preso. O plenário da comissão, no entanto, arrancou do relator a promessa de investigar a atuação da Delta em todo o território nacional. Está pronto para votação o requerimento de convocação do dono da Delta, Fernando Cavendish, e de diretores regionais da empresa.
"A base governista foi derrotada. Vamos investigar os aditivos nos contratos da Delta com o Dnit, principalmente aqueles assinados em períodos eleitorais", avisa o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Quando isso será feito — e se realmente será feito, devido às ligações também multipartidárias de Cavendish — ainda não está definido. A comissão ouvirá neste mês os depoimentos de delegados e procuradores envolvidos na investigação, seguidos de Cachoeira e seus comparsas presos. O único político com depoimento marcado é o senador goiano Demóstenes Torres, o, por enquanto, mais notório membro do esquema de Cachoeira. O Senado abriu um processo por quebra de decoro contra ele, que pode comparecer à comissão já na condição de parlamentar cassado (leia a reportagem aqui). Ou seja: tem-se definida apenas a primeira fase da investigação, que tratará de temas e personagens cujos feitos e malfeitos são de conhecimento público. Nada além disso. Segundo o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a segunda fase aumentará a temperatura dos trabalhos. Nela, será travada a "grande batalha" pela convocação das autoridades de maior calibre. "O vazamento das informações impede a costura de acordões para abafar a investigação ou poupar autoridades", diz Vital. Clique AQUI para ler na íntegra

3 comentários:

Alexandre, The Great disse...

Quisera estar na Dinamarca, ou no Japão, onde esse bando de canalhas seriam todos presos(caso não se suicidassem antes...)

Atha disse...

Com Crizis Política e CPI, Dilma abre o Cófre e mete amão nas Notas, mas diz que é apenas pra Notificar.

Gasto do governo com varejo político dispara após a crise.

A crise no relacionamento com os partidos aliados e a criação da CPI do Cachoeira coincidiram com a multiplicação da liberação, pelo governo Dilma Rousseff, de verbas de interesse de deputados, senadores, prefeitos e governadores.

Os registros diários dos desembolsos federais mostram um salto, a partir de março, das despesas incluídas por congressistas no Orçamento da União em favor de seus redutos eleitorais - as chamadas emendas parlamentares.

Os desembolsos quadruplicaram de fevereiro para março, quando ultrapassaram a casa dos R$ 350 milhões - patamar repetido em abril. Em consequência, os primeiros quatro meses do ano terminaram com liberação de R$ 911 milhões, contra R$ 363 milhões no primeiro quadrimestre de 2011, quando Dilma lançava seu pacote de austeridade fiscal.

A Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação entre o Planalto e os partidos aliados, afirmou que o desembolso dos recursos não tem relação com a agenda política.

"O desembolso de recursos para pagamento dos [serviços] contratados depende do cronograma firmado, da medição dos serviços executados e da disponibilidade de recursos", diz nota enviada pela secretaria.

Quanto você cobra pra ser um Baze Baziado do Governo Lula/Dilma? Quanto você quer me pagá? Vem aqui e vamos conversá.

Atha disse...

Dinheiro pra Boli Poli Pólio Bolíty Polícy, vaza por todos os Bólos Bóros Póros e Porões, Pra dá Bustento Sustento à Dilema no Poder.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou à Polícia Federal um pedido de providências complementares a partir de informações não conclusivas do inquérito da Operação Monte Carlo.

Gurgel quer que a PF faça a degravação (ou desgravação o Gravi Gravíssimo)do que chama de "conversas fortuitas'' colhidas no período em que membros do grupo de Carlinhos Cachoeira foram grampeados.

Os documentos, segundo relatos de parlamentares da CPI, envolve diversas autoridades protegidas por foro privilegiado.

Nas palavras de um senador, o material que foi devolvido para a PF, ao qual a comissão não teve acesso, "vai pegar de A a Z". Ou seja, de Abri a Zé Zébra e Zéro.