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Governador Eduardo Campos |
O anúncio oficial deve acontecer nesta sexta-feira. Pesou a favor de
Júlio o perfil gerencial e seu nome foi avalizado pelos 16 partidos que
integram a Frente Popular. Embora estivesse inicalmente disposto a
apoiar o PT, Eduardo Campos recuou dainte da briga interna entre os
petistas pernambucanos. O PT está no comando da prefeitura há 12 anos.
Imposto
pela executiva nacional do PT em detrimento do prefeito João da Costa,
que ainda não desistiu de disputar a reeleição, o senador Humberto Costa
esteve com Eduardo Campos na semana passada. Na conversa, o governador
disse ao senador que, diante do racha petista, optaria mesmo pela
candidatura própria do PSB. No dia anterior, Costa teve passagem
relâmpago por São Paulo só para uma conversa com Lula. No encontro, que
aconteceu na sede do Instituto Lula, o ex-presidente não admitia a
possibilidade de ser abandonado pelo PSB na capital pernambucana.
Estava previsto um encontro entre Campos e Lula na sexta-feira passada,
quando o governador desembarcou em solo paulistano para declarar o
apoio socialista à candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à
prefeitura de São Paulo. Da conversa com Lula, também sairia a definição
sobre o Recife. Mas, por recomendação médica, Lula faltou ao ato - o que mais tarde provocaria a desistência da deputada Luiza Erundina de ser vice na chapa de Haddad na capital paulista.
Nesta quarta-feria, Campos e Lula se encontraram rapidamente no Rio de
Janeiro, durante um seminário da Conferência Rio+20, mas não trataram do
assunto. O governador voltou à noite ao Recife e até o início desta
tarde não havia falado com o ex-presidente.
O movimento de Eduardo Campos vai contra toda a articulação petista em
Recife. Embora negue oficialmente, a cúpula petista anulou a prévia que
escolheu João da Costa como o candidato a reeleição quando o governador
manifestou-se contra o nome do atual prefeito – que ainda espera
reverter o quadro.
Para quem acompanha de perto os passos de Campos, sua mudança de postura está diretamente relacionada a suas ambições para os próximos anos.
Embora não tenha fechado nenhuma porta - o governador é sempre citado
como possível vice numa chapa de reeleição de Dilma em 2014 -, o
governador pretende testar sua força descolado do PT em algumas
capitais, como ensaio para uma possível candidatura própria ao Palácio
do Planalto em 2014 . Além de Recife, o PSB também rompeu com o PT em
Fortaleza. Do site da revista Veja
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