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sábado, junho 02, 2012

MENSALÃO: STF MONTA BLINDAGEM PARA BARRAR CHICANAS DO PT TENDENTES A ATRASAR JULGAMENTO

O surgimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no radar do julgamento do mensalão alertou para um movimento subterrâneo detectado pelo Supremo Tribunal Federal (STF): manobras projetadas para embaraçar o processo e jogar a sentença final para depois das eleições.
Diante disso, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, prepara em conjunto com os colegas alguns antídotos para anular estratégias que podem ser usadas pelos advogados dos réus do mensalão para retardar o julgamento do processo. Com 38 réus a serem julgados e número ainda maior de advogados envolvidos com o caso, os ministros sabem que todos os subterfúgios legais e chicanas poderão ser usados nas sessões de julgamento.
Britto pediu à Defensoria Pública que preparasse de cinco a sete defensores para que fiquem de sobreaviso. Eles serão sacados para atuar no julgamento caso algum dos advogados peça adiamento da sessão por estar doente ou se algum dos réus convenientemente destituir seu advogado e pedir prazo para contratar um novo defensor.
Problemas como esses poderiam provocar o adiamento da sessão por semanas. Esses defensores públicos estudam o caso desde abril e estarão, de acordo com integrantes do tribunal, prontos para defender os réus de imediato, sem permitir atrasos no julgamento do processo, que deve se alongar por dois meses.
Os ministros antecipam também estratégias para garantir a execução das penas daqueles que forem condenados. Terminado o julgamento, o tribunal precisa publicar o acórdão - com a íntegra do relatório do caso, os votos de cada ministro e os debates travados na sessão, e a ementa do julgamento.
Nessa etapa do processo, o Supremo costuma perder meses. Cada um dos ministros revê seus votos, lê os apartes que fez aos colegas durante a sessão, retira partes que considerar impróprias - caso haja, por exemplo, alguma discussão mais áspera em plenário - e só então o documento é publicado.
Enquanto o acórdão não é publicado, não é aberto o prazo para que os advogados recorram da decisão ou peçam esclarecimentos sobre determinados pontos. Os ministros imaginam que terão de enfrentar uma sequência de recursos - especialmente embargos de declarações, usados para contestar eventuais omissões ou contradições.
Todos precisam ser julgados para que enfim o processo transite em julgado e os que foram condenados comecem a cumprir as penas. De acordo com assessores, Britto deve discutir com o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, uma forma de tornar mais ágil a publicação do acórdão. Uma possibilidade seria sugerir a Barbosa que deixe pronto um modelo de ementa com base no seu voto. Caso haja mudanças, o relator do processo iria, ao mesmo tempo, adaptando a ementa. Tudo para evitar que essa etapa posterior possa jogar o cumprimento das penas para o fim de 2013.
Rapidez. Paralelamente às estratégias contra chicanas, parte dos ministros pensa em procedimentos que acelerem a conclusão do julgamento. Antes mesmo de o processo estar liberado para ir a plenário, o presidente do STF e o relator do caso começaram a discutir com os colegas a formatação da sessão.
Joaquim Barbosa, por exemplo, propôs fazer leitura resumida do relatório de 122 páginas, o que foi aprovado pelos colegas.
Os ministros acertaram também que uma sessão extraordinária será feita semanalmente para acelerar os trabalhos. Mas os integrantes do Supremo precisam ainda discutir o calendário exato de sessões. 
Barbosa havia proposto, também com o objetivo de acelerar o caso, que o Supremo Tribunal fizesse sessões diárias - de manhã e à tarde - na primeira semana, para que os advogados defendessem seus clientes. No total, os advogados terão 38 horas para as sustentações orais - uma hora para cada réu.
Para que os ministros não se cansassem ou pudessem julgar outros processos, Barbosa teria discutido com os colegas a possibilidade de um revezamento de ministros em plenário, mantendo o número mínimo para garantir o quórum da sessão.
A proposta é polêmica no tribunal e combatida pelos advogados. Integrantes do tribunal dizem que o STF passaria um sinal de que estão deixando a defesa dos réus em segundo plano. Os advogados dizem que seria necessário limitar a quantidade de defesas num dia.
Depois de cinco horas, afirmou o advogado Márcio Thomaz Bastos, os ministros já estarão cansados e não prestarão atenção às sustentações orais.
Todos esses detalhes serão discutidos em sessão administrativa a ser convocada pelo presidente do STF. Nas próximas semanas, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, liberará seu voto. Com isso, a data do julgamento já poderá ser marcada. O mais provável é que o tribunal comece a julgar no início de agosto.Do site do Estadão

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4 comentários:

Anônimo disse...

Lucas disse:
O seu comentário está aguardando moderação.
3 de junho de 2012 às 4:43

MENSALEIROS, NUNCA MAIS!

Essa história de que houve “versões” sobre o escabroso assédio que o ministro do Supremo teria sofrido é mais uma patranha diversionista do lulopetismo e sua militância chapa-branca. A “Carta CaPTal”, como não poderia deixar de ser, saiu à frente, ditando o rumo para a milícia. De uma irresistível vocação governista, se fosse na época dos governos militares ela estaria, “supostamente”, louvando a ditadura. Louva, agora, os arroubos bolivarianos do “Doutor Chefão” e seus aloprados amestrados. Deve ter subidas razões para tanto. Respeito todas, menos uma.

Nos EUA, que não sofrem de bolivarianismo, o Obama se viu em sérios apuros por uma simples alusão que fez a uma futura decisão da Suprema Corte. Aqui, acontece o que aconteceu e a República Bananeira continua de pé, dando cachos e mais cachos de bananas. Ainda bem que houve pelo menos um ministro do Supremo que disse que o caso seria de impeachment. Se o “presidente paralelo” fosse presidente de direito, claro. Seria, então, o único caso na História do Brasil em que um presidente deveria ter sido contemplado duas vezes com o impeachment. Antes, Nunca Dantes. Deveria, mas não foi. Deu pizza. Ou melhor, bananas.

A VEJA, como sempre, desnudou a patranha, considerada como parte de um projeto do estrategista trapalhão para intimidar a oposição, a imprensa livre, o MP e o tribunal que vai julgar o Golpe do Mensalão Federal – o maior escândalo de corrupção da História da República! Não se fiando na hipótese de que o tribunal predominantemente indicado por ele vá absolver os mensaleiros, o estrategista trapalhão deu um tremendo tiro no pé. E inventou a “CPI do PAC”, para o desespero dos que rezam pela cartilha do ‘Você é nosso e nós somos teu (sic)”. Ou seja, dos fiéis da seita. Mas não precisaria ter feito isso. O Brasil decente, no livre exercício do seu direito de livre expressão, já examinou todas as evidências e deu o seu veredicto sobre o caso. E é o mesmo que será dado pela História, quando ela escapar das mãos daqueles que hoje tentam reescreve-la:

MENSALEIROS, NUNCA MAIS!

Anônimo disse...

Há males que vêm para o bem. Se não fosse a interferência de Lula junto ao STF, talvez o mais provável teria sido a prescrição do mensalão. Agora, o mensalão virou prioridade. Cagliostro

ÁLVARO JUNQUEIRA disse...

O defensor de mensaleiros que vá à merda!!1
Uma das brincadeiras dos jornalistas que cobriam a Constituinte era tentar descobrir como Ulysses Guimarães podia ficar sentado por mais de 10 horas sem ir ao banheiro: – O velho era de ferro, diziam. Uns brincavam dizendo que embaixo da mesa tinha uma “comadre”, ou um “patinho”; outros, que ele usava fraldas descartáveis – mas ninguém conseguia saber como ele se livrava delas durante as sessões.

Aluizio Amorim disse...

Boa Junqueira!
Abraço!