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sexta-feira, julho 20, 2012

O MENSALÃO, A DOGMÁTICA JURÍDICA E UMA INDAGAÇÃO: CADÊ O LULA?

Transcrevo artigo do incansável e competente jornalista Reinaldo Azevedo postado no seu blog. Como sempre mete o dedo na ferida seguindo o raciocínio lógico. Tem razão quando cataloga o proceso do mensalão como o de maior gravidade na história da República. 
E aproveito o gancho para uma indagação: Cadê o Lula? Depois que malufou sumiu do mapa, enfurnou-se, desapareceu, evaporou?
A partir do dia 2 de agosto a frieza da dogmática jurídica deverá experimentar um certo aquecimento, dado ao contéudo do processo que reabrirá feridas e tirará o sono de muita gente. 
Os fatos obrigatoriamente serão evocados mais uma vez ao longo do julgamento, relembrando alguns e informando outros. Sem falar em eventuais surpresas. Creio que nestas alturas os "juristas alternativos" do PT, que costumam verberar contra a dogmática jurídica, desta vez estão com a faca nos dentes. Ou não! Aqui o texto impoluto do Reinaldo Azevedo:
A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, fez a seguinte declaração ao site da VEJA sobre o julgamento do mensalão: “Não faremos nada diferente do que fazemos em toda ação penal. Vamos julgar tecnicamente”.
Certo.
Não quero cometer aqui o erro da superinterpretação, que costuma revelar mais o que quer o analista do que o quis dizer o autor das palavras analisadas. Assim, creio que, quando diz que o julgamento será técnico, a magistrada afirma que ele não estará sujeito a pressões de natureza política. Se for assim, é bom! Afinal, quem pressiona o tribunal para que atue segundo interesses que não são os da Justiça são os acusados, não é? A ação de Lula, por exemplo, para adequar o julgamento ao calendário eleitoral ficou claríssima.
Permito-me agregar outras considerações.
De fato, esse julgamento é igual a qualquer outro sendo diferente, não é mesmo, ministra? Porque cada caso é, em si, um caso, com suas particularidades. O que deve igualá-los não está em sua própria natureza, mas no que lhes é externo: a isenção dos juízes, o esforço para fazer prevalecer a lei, o apego os autos, essas coisas.
Vejam bem: trata-se de um desserviço à verdade — e não estou me referindo particularmente à ministra — essa história de que o mensalão é um caso “como qualquer outro”. Não é, não! No que tem de particular, em sua própria natureza, trata-se da mais grave agressão às instituições havida no país em período democrático. Ignorar essa especificidade é fazer má história, é subestimar a gravidade das transgressões legais, num esforço de, se me permitem a palavra, “corriqueirização” do evento excepcional.
Explico-me. Bater a carteira é crime, mas, vamos lamentar, é corriqueiro. Para nossa desgraça, até os homicídios o são. A oposição síria calcula em 17 mil o número de mortos desde o início da guerra civil no país, há um ano e meio — é possível, dada a fonte, que o número esteja superestimado. No período, foram assassinadas no Brasil 75 mil pessoas; mais do que o quádruplo — e não há guerra civil por aqui.  Vejam que lástima! Até os assassinatos têm um quê de “corriqueiro”. São um desastre, sim, mas não põem em risco a ordem institucional.
O “mensalão”, ministra e ministros, tem algo de particular: trata-se de uma tentativa, ele sim, de golpe branco. Os petistas e seus esbirros na academia — sob a liderança da inefável inteligência de Marilena Chaui — acusam as oposições e a imprensa de tentativa de golpe. Errado! Golpistas eram todos aqueles que recorreram a dinheiro público para comprar partidos e consciências e, assim, constituir, no ambiente do Poder Legislativo, um Congresso paralelo, sempre de joelhos para o Executivo.
Que ministro irá negar a farta circulação de dinheiro ilegal no esquema — inclusive aquele que, clara e confessadamente, pagou pelos serviços do marqueteiro Duda Mendonça, que fez a campanha de Lula em 2002? Que ministro irá negar os saques na boca do caixa, em dinheiro vivo, tudo sob o controle da tesouraria do PT, comandada pelo senhor Delúbio Soares, que diz agora ter agido por iniciativa própria? Terão esses crimes sido cometidos sem que, para tanto, tenha concorrido a ação de criminosos? Será essa uma nova modalidade, típica do Brasil: o crime sem criminosos? É claro que, se forem procurar, os ministros do Supremo não irão encontrar um ofício em três vias, devidamente carimbado, em que a autoridade de turno manda cometer os crimes. Para que o criminoso deixe ato de ofício, é preciso que some a burrice ao caráter delinquente, coisa que profissionais não fazem.
Quando se diz que o mensalão será um julgamento como qualquer outro, entendo que se está a dizer que os mecanismos normais da Justiça vão operar, sem atentar para a influência dos réus. Isso é, sem dúvida, bom. Mas que não se depreenda daí que o crime do mensalão é uma ocorrência entre outras. Reconhecer a sua particularidade corresponde a reafirmar os fundamentos do estado democrático e de direito.

11 comentários:

José de Araújo Madeiro disse...

Aluízio,

Infelizmente, chegamos a esta situação. De um analfabeto irresponsável considerando-se o suprasumo da inteligência, achando-se que somos todos burros e idiotas, querer nos impor uma forma de governo diametralmente oposta aos nossos costumes, tradições, vocações e necessidades, dentro da nova e próspera ordem mundial.

Terrível de um homem que na desonra busca seu caminho.

E nós temos que ter muitos cuidados com este tipo de gente. De homens, de PTralhas e sua Caterva de Apoio, que sem escrúpulos, sem nenhum desdoro destroem a decência, a conquista pelo mérito e que tentam substimar as inteligência e capacidades de outras pessoas. Devemos estar atentos a essa qualidade de pessoas.

Abs, Madeiro.

Closet* disse...

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tcu-diz-agora-que-contrato-de-valerio-usado-em-caso-do-mensalao-e-regular,902649,0.htm

Olha isso Alizio...

Anônimo disse...

Esses ministros do stf, a maioria nomeados pelo maior bandido de todos os tempos, o lulaladrão, e agora mais outros pela ex-guerrilheira, terrorista, sequestradora e assaltante de bancos e cofres, são tudo farinha do mesmo saco. Não confio em advogados, nem em desembargadores e muito menos nesses ministros. Sentença que sai da cabeça desses aí é igual o que sai da barriga de uma grávida: nunca se sabe o sexo do que vai nascer será masculino, feminino, ou lébica ou gay.]
Todos julgam ao seu bel prazer a defender os bandidos amigos e cada dia está só piorando, dá nojo e muita revolta.

Unknown disse...

É uma sequência da tentativa de Golpe Branco no Brasil usando o mensalão e agora os mensalões. Vou enviar endereço de vários destes artigos na sequência de 2 a 6 postados em meu Blog josedamota.blogspot.com
2a- http://josedamota.blogspot.com.br/2012/07/caixa-de-surpresas-o-galo-cantou-canto_18.html
2b - http://josedamota.blogspot.com.br/2012/07/erundina-so-lula-com-haddad-e-maluf.html
3 - http://josedamota.blogspot.com.br/2012/07/mensalao-saga-iii-ricardo-lewandowski-e.html
4 - http://josedamota.blogspot.com.br/2012/07/o-beijo-patriota-ayres-britto-e-dilma.html
5 - http://josedamota.blogspot.com.br/2012/07/mensalao-do-golpe-branco-v-do-pt.html
6 - http://josedamota.blogspot.com.br/2012/07/mensaloes-e-chance-de-alguns-grandes.html

Anônimo disse...

O BRASIL não tem povo,não tem população com desejos e aspirações. O Estado é a lei e acabou...não adianta chorar,se quiser fazer algo,vá ao Zé Dirceu aprender como se desmonta uma pais saudavel e rico,com uma população honesta e trabalhadeira,apenas usando o voto dos mesmmos cidadões....
ABAIXO A DITADURA!
ABRAÇOS FRATERNOS!

José de Araújo Madeiro disse...

Para Aluízio,

Mais uma vez a família do Arraes dá um extraordinário exemplo de honradez e de respeito pelo patrimônio do povo. E ainda bem que eu não faço parte dessa canalha de políticos e não voto neles.

Abs, Madeiro.

Atha disse...

Jefferson que disse quando denunciou o MenSalon, "eu não fico de joelho eu caio de pé", não saio pela porta dos Fundos, saio pela Porta da Frente, por onde entrei". Agora, pode cair deitado, são coizas David.

Os exames feitos pelo ex-deputado e presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto Jefferson, nesta sexta-feira (20), indicaram que o tumor encontrado na cabeça do pâncreas não é maligno. A informação foi confirmada pela assessoria do ex-parlamentar, que é réu no processo do mensalão.

Jefferson foi submetido nesta manhã a exames pré-operatórios, já que os médicos agendaram uma cirurgia para retirada do tumor no dia 28 de julho. A intervenção foi confirmada para o Hospital Bom Samaritano, na zona sul do Rio.

Atha disse...

'Se politizarem julgamento, Lula pagará a conta', diz Jefferson.

Após ser qualificado, pela defesa de Dirceu, como 'pessoa de abalada credibilidade', presidente do PTB se defende e diz que foi um 'grande equívoco' deixar Lula fora do processo.

Antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) dar início ao julgamento do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson mostra que está disposto a arrastar com ele, ao banco dos réus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reeleito presidente nacional do PTB pela quarta vez consecutiva, Jefferson diz que foi "um grande equívoco" deixar Lula fora do processo e ameaça: "Se tentarem politizar esse julgamento, Lula vai pagar a conta. Vou à tribuna do Supremo".

O que deixou o autor da denúncia do mensalão furioso esta semana foi a informação de que os advogados do ex-ministro José Dirceu, apontado por Jefferson como "o chefe da quadrilha", referem-se a ele como "pessoa de abalada credibilidade" no memorial de defesa entregue ao STF. Tudo para desacreditar aquele que, segundo a defesa de Dirceu, teria criado o termo "mensalão".

"Qualquer ataque a mim será respondido no mesmo tom", avisa o ex-deputado. Embora tenha se surpreendido com um diagnóstico indicativo de câncer no pâncreas e já tenha agendado uma cirurgia para o próximo sábado, 28, Jefferson aposta que estará recuperado até o dia do julgamento de seu processo. Se os demais réus fizerem uma "defesa técnica e jurídica", seu caso será conduzido pelo advogado Luiz Barbosa. Se politizarem o processo, ele faz questão de fazer pessoalmente sua defesa, como advogado que é, da tribuna do STF.

O Bode vai sair fumaço no seu Bariz Pariz Nariz.

Atha disse...

Serra, sem querem quereno, começa a identificá o Petismo de Bazi Nazi, só que o termo Troba em Tropa Tromba Trompa é discxrepante, Bazista Nazista é de Babi Bazi e não Tropa.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, comparou a ação de petistas na internet a estratégias de tropas nazistas que auxiliaram a implantação do regime por Adolf Hitler (1934-1945). O tucano afirmou que pessoas ligadas ao PT fazem campanhas difamatórias na web e comparou essas atividades a operações da SA nazista, milícia paramilitar conhecida por sua organização como uma tropa de assalto.

"Basta olhar o jogo sujo (do PT) na internet, a tropa organizada, uma verdadeira tropa de assalto na internet. A SA nazista hoje tem outra configuração no Brasil atual, e é via internet, uma tropa de assalto na internet", disse Serra.

Serra afirmou que recebe centenas de mensagens agressivas em perfis nas redes sociais e acusou os petistas de manterem "blogs sujos" na internet para difundir informações contra sua candidatura. "Os blogs sujos, essa tropa toda veio dizer que eu era contra ônibus", disse.

Serra, primeiro você preciza saber quem é o Ônibus que navega sempre cheio. Depois de conhecer o Ônibus, você pode dizer se gosta ou não, do Ôbibus Obisbus.

Atha disse...

Lula 80% é agora, Lula 6%.

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 e 20 de julho mostra o candidato do PRB, Celso Russomanno, quatro pontos abaixo do líder José Serra (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

No levantamento feito junto a 1.075 eleitores, Serra aparece com 30% das intenções de voto para prefeito. Russomanno tem 26%.

Como a margem de erro é de três pontos, Serra e Russomanno estão tecnicamente empatados na liderança. Embora improvável, há até a possibilidade de Russomanno estar na frente do candidato tucano.

Bem atrás deles aparecem tecnicamente empatados Fernando Haddad (PT) e Soninha Francine (PDT), ambos com 7%; Gabriel Chalita (PMDB), com 6%; e Paulinho da Força (PDT), com 5%.

Esta é a primeira pesquisa Datafolha após a oficialização das candidaturas e o início das campanhas de rua. É a primeira também sem o nome de Netinho de Paula (PC do B) nos cartões de resposta estimulada.

Netinho saiu da corrida porque seu partido decidiu apoiar Haddad. No fim do ano passado, ele chegou a ter 13% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, em 25 e 26 de junho, tinha 6%.

EVOLUÇÃO

Os levantamentos anteriores (todos com Netinho) já mostravam uma evolução constante das intenções de voto em Russomanno.

Em dezembro de 2011, ele tinha 16%. Na primeira pesquisa de 2012, oscilou para 17%. Atingiu 19% em março e 21% em 14 junho. No fim de junho, subiu para 24%.

Durante todo esse período, seu crescimento foi atribuído à forte exposição que teve na TV Record, onde apresentava o quadro "Patrulha do Consumidor", uma sessão fixa do programa "Balanço Geral SP". Sua última aparição foi no fim do mês passado.

A Record é controlada pelo bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, denominação que exerce forte influência no PRB. Nos últimos dias, Russomanno tem buscado desvincular seu nome da igreja. Nesta semana, participou de dois eventos católicos.

O Datafolha também apurou as taxas de conhecimento e de rejeição dos candidatos. Serra lidera as duas. É conhecido por 99% dos eleitores, mas rejeitado por 37%, seu maior índice negativo desde a primeira pesquisa da série, em setembro de 2011.

Atha disse...

Marcos Valério volta a chantagear Lula e o PT, segundo Veja.

Reportagem em VEJA desta semana mostra que o empresário ameaça revelar ao Ministério Público detalhes de conversas suas com o então presidente.

Um dos amigos mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Okamotto está há dois meses às voltas com uma missão: o ex-metalúrgico foi encarregado de manter sob controle – e em silêncio – o empresário Marcos Valério. Reportagem publicada em VEJA desta semana revela que, às vésperas do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o empresário está chantageando mais uma vez Lula e o PT.

Denunciado pelo procurador-geral da República como o operador do maior esquema de corrupção da história, Marcos Valério responde por cinco crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 43 anos de prisão. Em maio, ele fez chegar à cúpula do PT uma ameaça: estava decidido a procurar o Ministério Público para revelar detalhes de suas conversas com Lula em Brasília. O ex-presidente sempre negou a existência de qualquer vínculo entre ele e o operador do mensalão.

Okamotto concluiu, em tom enigmático: “Marcos Valério tinha relação com o partido, ele fez coisas com o partido. Eu nunca acompanhei isso. Então, quem pariu Mateus que o embale, né, meu querido?”

O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, petista histórico e também integrante do círculo íntimo de Lula, foi destacado para descobrir se as ameaças, dessa vez, procediam. “Greenhalgh é o pacificador, é quem sempre dá as garantias a ele”, disse a VEJA uma fonte da confiança do empresário. Greenhalgh teria descoberto que tudo não passa de um blefe.

Blefando ou não, é no mínimo estranho que, sete anos depois do mensalão, Marcos Valério continue ameaçando o PT - e o PT continue assombrado com as ameaças de Marcos Valério.