Esta reportagem do site da revista Veja dá a medida exata do que são os políticos brasileiros e também os eleitores. É pelo adesismo descarado de ex-oposicionistas que o Brasil vai caminhando silencioso para um Estado autoritário e de viés comunista. Claro que não será o comunismo de outrora no que respeita ao seu aspecto formal, mas será sem dúvida um regime comunista tão ou mais feroz que o soviético, porquanto irá aos poucos solapando as liberdades, sobretudo a liberdade individual, por meio de uma doutrinação legitimada pelo pensamento politicamente correto.
O comunismo do século XXI será, por isso mesmo, muito mais poderoso do que no passado, pois aprisionará corações e mentes.
Lula é apenas um instrumento desse novo comunismo, como é Chávez na Venezuela ou o índio cocaleiro na Bolívia e a Cristina Kirchner na Argentina.
Eduardo Paes, Gustavo Freut e tipos análogos são trânsfugas vulgares da política. Não têm substância cerebral para aquilatar o que estão fazendo. É gente, acreditem, completamente ignorante no que respeita à política e o que está se passando no contexto mundial da atualidade. Comumente, confundem politicagem paroquial com política no seu sentido verdadeiro. Aliás, se eu pedir que um desses Paes e Fruets me dêem um conceito de política aposto tudo que não terão condições de fazê-lo.
Eis a reportagem de Veja que transcrevo:
A crise do mensalão, que abalou e colocou em risco a continuidade do
governo Lula em 2005, assumiu proporções tão grandes que o Palácio do
Planalto não foi capaz de manter as rédeas sobre a investigação feita no
Congresso em três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI). Foi nessa
época, especialmente sob os holofotes da CPI dos Correios, que um grupo
de parlamentares de oposição ganhou projeção nacional pelo rigor e pela
artilharia contra a gestão petista. Sete anos depois, às vésperas do
início do julgamento do maior esquema de corrupção já montado por um
governo, alguns deles estão de mãos dadas com o PT em busca de votos.
Um dos melhores exemplos é o ex-tucano Eduardo Paes (PMDB), que
resolveu pegar carona na popularidade de Lula para se eleger prefeito do
Rio de Janeiro. Na época, Paes integrava a linha de frente da oposição
nas investigações da CPI dos Correios. Chegou a sugerir a volta dos
caras-pintadas às ruas, a exemplo das manifestações pelo impeachment de
Fernando Collor de Melo.
"Está na hora de os caras-pintadas da UNE (União Nacional dos
Estudantes), que recebem recursos vultosos, deixarem de fazer passeatas
vagas, como se o atual governo não tivesse relação com a corrupção",
afirmou o então deputado de oposição Eduardo Paes, no ápice da crise de
2005.
Passado o escândalo e garantidos os dividendos políticos da sua
exposição, o ex-tucano preferiu tomar outro rumo: aliou-se ao próprio
Lula, em 2008, com o objetivo de disputar a prefeitura do Rio. No
caminho de conversão ao lulismo, filiou-se ao PMDB pelas mãos do
governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Conveniência - A CPI também projetou no cenário
político outro deputado tucano: o paranaense Gustavo Fruet, sub-relator
da comissão. A ascensão foi tamanha que Fruet chegou a ser candidato à
presidência da Câmara respaldado pelo chamado "grupo dos éticos" da
Casa. Derrotado, ganhou respeito no seu partido e ocupou o cargo de
líder da minoria no Congresso até o final de 2010, quando tentou um voo
mais alto: o Senado Federal. Ficou em terceiro lugar, mas saiu das urnas
com mais de 2,5 milhões de votos - 200 000 votos a menos que Roberto
Requião (PMDB).
Gustavo Freut: bênção de Lula. |
Sem mandato, Fruet encolheu no PSDB e não conseguiu maioria interna
para encabeçar uma chapa à prefeitura de Curitiba. Decidiu, então, mudar
de campo político, aderiu ao PDT e não resistiu à tentação de disputar
as eleições com o PT a tiracolo.
Em maio, o ex-tucano viajou de Curitiba para São Paulo para receber
pessoalmente a benção de Lula. Na saída do encontro, repetiu o discurso
de Eduardo Paes: “Na ocasião, assumi a postura que o momento exigia. Fui
contundente na investigação, mas nunca entrei em desqualificação
pessoal do presidente”.
A mudança de lado é usada diariamente pelos adversários de Fruet para
tentar desqualificar sua candidatura. "Cada um é guardião da sua
história. Exerci com total lealdade e dedicação o trabalho que fiz lá.
Muito do que está sendo utilizado hoje no processo teve por base o
trabalho da CPI", diz ele. "A gente tem de ter capacidade de preservar
as posições", defende-se.
Fruet afirma que sua aliança com o PT foi costurada com figuras que não
tiveram relação com o mensalão, como o casal de ministros Gleisi
Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações).
Serraglio: na base do governista. |
Relator - Apontado em 2005 como um peemedebista
"independente", o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) recebeu uma
das tarefas mais árduas no turbilhão do mensalão: a relatoria da CPI
dos Correios, cujo manancial de documentos e revelações poderia fazer
com que o mandato do ex-presidente Lula terminasse mais cedo.
Na época, parte do PMDB ainda não havia aderido ao governo
petista. Hoje, Serraglio se vê confortável na base de apoio à presidente
Dilma Rousseff - a quem ele vê como mais rigorosa do que Lula no
combate à corrupção. O peemedebista trata com naturalidade a guinada de
parlamentares que, após atacar enfaticamente o PT durante o mensalão,
agora são entusiastas do petismo: "Não sei se é oportunismo. Eles se
tornaram peças importantes polticamente, porque foram valorizados pela
própria CPI, e a população identificou a luta deles contra a corrupção",
analisa.
A mudança de postura dos antigos algozes do PT faz parte de um processo
mais amplo: o do esvaziamento da oposição no Brasil. Em 2005, o governo
podia contar com pouco mais da metade do Congresso Nacional. Hoje, a
oposição controla apenas 17% da Câmara e 19% do Senado, menos de um
terço do Congresso, número insuficiente, por exemplo, para abrir uma
CPI. Do site da revista Veja
5 comentários:
Marco Maia (PT) veta protestos sobre mensalão na Câmara durante julgamento.
Os deputados estão proibidos de se manifestarem sobre o mensalão no plenário da Câmara durante o julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com decisão do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS). Segundo Maia, faixas, cartazes e qualquer outra forma de manifestação estão proibidas, para que o processo não seja "contaminado". As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Dois deputados reús do mensalão têm mandatos: Pedro Henry (PP-MT) e João Pedro Cunha (PT-SP). Maia afirma que, para ele, congressistas do PT não precisariam receber dinheiro para apoiar o Planalto.
É proibido protestá contra o BenBalon BenSalon MenSalão. Como se Vê, é o Balon Salon do Ben Benvido.
Finalmente parece que o pessoal está percebendo quem são os políticos brasileiros!!!
Meros oportunistas, aliás, ao longo da história sempre se fez questão de dizer que política é coisa de corrupto sem vergonha, isso afastou os cidadãos honestos, deixando o caminho aberto para os corruptos deitarem e rolarem na política brasileira.
Os honestos teem vergonha de participarem da política: isso sempre foi que os os políticos brasileiros quiseram!!!
Fruet está mostrando a que veio? virou a casaca e bandeou-se para o lado escuro da força? Pois acaba de perder mais um voto...
Pena que câncer não "pega". Quem dera que aqueles dois que ladeiam o molusco fossem "contaminados"...
Defensor de Jefferson no julgamento do mensalão vai metê fogo no Lula. Se Lula se queibá no Bobo Fogo, o seu PT vai ser incendiado de Cabo a Rabo. Será que dessa vez vai respingá no Prezidente que goza de liberdade condicional de 4 anos?
A defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), um dos 38 réus do mensalão, vai centrar fogo no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua sustentação oral no julgamento, previsto para começar no próximo dia 2, no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, dirá que Lula não só sabia da existência de todo o esquema como “ordenou” a sua execução:
(Lula) Não só sabia (do mensalão) como ordenou toda essa lambança — revelou Barbosa ontem ao GLOBO. — Não é possível acusar os empregados e deixar o patrão de fora.
A tese da defesa, no entanto, contraria as declarações do próprio Jefferson, em 2005, durante seu depoimento na Comissão de Ética da Câmara. À época, antes de ter seu mandato cassado, o presidente nacional do PTB contou que foi ele quem avisou Lula sobre a existência do mensalão:
Eu contei e as lágrimas desceram dos olhos dele. O presidente Lula é inocente nisso — afirmou Jefferson, na ocasião.
No mesmo depoimento, ao se referir ao ex-chefe da Casa Civil José Dirceu (PT), outro réu no processo e apontado na denúncia como “chefe da quadrilha”, Jefferson voltou a defender Lula:
— Zé Dirceu, se você não sair rápido daí (do governo), você vai fazer réu um homem inocente, que é o presidente Lula. Rápido, sai rápido, Zé, para você não fazer mal a um homem bom, correto, que eu tenho orgulho de ter apertado a mão.
Nesta segunda-feira, porém, Barbosa desconversou sobre a mudança de tom: "Não respondo pelas palavras do Roberto. Sou o advogado dele".
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