Os cidadãos brasileiros que acompanham seriamente o noticiário sobre o julgamento do mensalão e que exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) a punição do culpados deste que foi o maior escândalo da história da República, devem ter notado que já pululam aqui e ali matérias na grande imprensa brasileira especulando sobre a possibilidade de que o rumoroso processo termine em pizza. Refiro-me por exemplo, a esta matéria que saiu no site do jornal O Estado de São Paulo, que ouviu em off - pasmem - ministros do Supremo tecendo considerações a respeito da denúncia formulada pelo Procurador Geral da República pedindo a condenação dos réus.
É no mínimo estranho que os magistrados estejam trocando idéias anonimamente com a imprensa a respeito de critérios a serem levados em consideração nesse julgamento. Reportagens desse tipo veiculadas plela grande mídia brasileira levam-se a intuir que há algo como uma prepação da opinião pública para que mais adiante, os brasileiros aceitem placidamente um veredicto da Suprema Corte que esteja bem aquém das expectativas, pelo menos da parcela esclarecida e responsável da Nação, que alimenta a esperança de que finalmente a justiça seja feita.
A propósito, o jornalista Reinaldo Azevedo, fez uma postagem em seu blog que merece ser lida por todos os brasileiros e, principalmente, pelos Ministros do STF. Transcrevo um excerto com link para leitura completa. Leiam:
"Eu não
tenho, como sabem, a menor disposição para a vendeta de classes. Quem
inventou a era de “Os ricos também choram” foi a Polícia Federal de
Márcio Thomaz Bastos! E quem é Bastos? Hoje, o advogado-estrela do
mensalão, apelidado de “Deus” — deve-se pronunciar o Nome D’Ele em
inglês: “God”. Ainda me lembro da estrepitosa prisão de Eliana Tranchesi
em 2005, por exemplo; em 2009, de novo. Nesse caso, mobilizaram-se 40
agentes da Polícia Federal para pegar a mulher em casa, de camisola.
Imaginavam o quê? Que fosse reagir de arma na mão? Aí o ministro da
Justiça já era outro: Tarso Genro — aquele que deu um jeito de manter no
Brasil o assassino Cesare Battisti. Tranchesi, que morreu de câncer em
fevereiro deste ano, foi condenada a 94 anos de prisão pela Justiça
Federal! É claro que a sua prisão, nas duas vezes, foi um espetáculo
midiático, o que não quer dizer, necessariamente, que não fosse
merecida. Ocorre que a ideia, então, era menos fazer justiça segundo os
autos e mais fazer justiça de classe. Uma empresária foi usada como a
Geni do Brasil, enquanto, como é mesmo?, “a nossa pátria mãe dormia tão
distraída, sem saber que era subtraída em tenebrosas transações”.
As
operações espetaculosas da Polícia Federal — que têm a marca Márcio
Thomaz Bastos, reitero — eram engendradas enquanto larápios se ocupavam
de tomar grana do Branco do Brasil, por exemplo, para financiar
operações políticas que eram do interesse do Palácio do Planalto e do
petismo. Atenção! R$ 70 milhões do BB foram parar nas agências de Marcos
Valério. Ao verificar os serviços prestados, encontrou-me menos de 1%
do prometido. Era tudo mentira. Tranchesi sonegou impostos, deixou de
arrecadar dinheiro para os cofres públicos. Tinha de ser punida, sim! —
não humilhada, que isso é coisa de estado totalitário. Já o Banco do
Brasil foi roubado, surrupiado. Esses são os nomes. Mas, claro!, a
exemplo dos presos do filme “Carandiru”, todos são “inocentes”." Clique AQUI para ler TUDO
Nenhum comentário:
Postar um comentário