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domingo, agosto 12, 2012

ROMNEY E RYAN: REPUBLICANOS COMPÕEM DOBRADINHA QUE MEXE FUNDO NA CAMPANHA PRESIDENCIAL AMERICANA!

Romney e Ryan: republicanos na reta final com ótima composição
Estes textos da correspondente da Folha de S. Paulo em Washington, Luciana Coelho, que transcrevo após este rápido comentário, estão bastante razoáveis na abordagem da escolha do congressitas Paul Ryan como candidato a vice de Mitt Romney. Está aí um candidato a vice que não é apenas coadjuvante. Ryan tem luz própria, preparo intelectual, político e traquejo parlamentar, fazendo por isso mesmo uma dobradinha interessante com Romney, dado ao fato de que, embora conservador, Romney costuma dar umas patinadas "liberais", enquanto Ryan se caracteriza pelo seu rigor no que tange ao trato das finanças públicas.
Pelo que se envidencia é osso duro de roer, o que pode conferir muito mais credibilidade à chapa republicana junto à opinião pública, em sua maioria ansiosa e aflita pelo titubeante governo de Obama que, a rigor, fez muito mais marketing político do que governou de fato a extraordinária nação americana.
Transcrevo a matéria de Luciana Coelho que está na Folha de S. Paulo deste domingo com o box abaixo, traçando um perfil de Paul Ryan. Leiam:
O candidato republicano Mitt Romney elegeu Paul Ryan, um representante de Wisconsin de 42 anos que lidera a Comissão Orçamentária da Câmara, como seu vice na corrida à Casa Branca.
A escolha de Ryan, em ascensão no partido, sublinha a ênfase desta campanha na economia, e, do lado republicano, na austeridade fiscal.
"Há quem discorde de Paul no outro partido, mas não conheço quem não o respeite", afirmou Romney, referindo-se ao novo parceiro como "um líder intelectual" e dono de "tremendo caráter".
Ryan entrou em cena em Norfolk, sul do disputado Estado da Virgínia, às 10h29 (de Brasília) de ontem após ser apresentado pelo companheiro de chapa como "o próximo presidente dos EUA".
Romney logo se corrigiu: "Sei que erro às vezes, mas eu não errei com esse cara".
No palco, o vice assumiu o ataque aos democratas. Falou por 17 minutos, listando o aumento do deficit, o crescimento da pobreza e a lentidão da retomada econômica.
"Não importa quais sejam as explicações, este é um histórico de fracassos", afirmou.
"Como muitos, Obama veio para Washington e se recusou a tomar decisões difíceis porque se preocupa mais com a próxima eleição do que com a próxima geração."
A escolha injeta vitalidade à campanha e agrada a ala mais conservadora do partido, que tem dificuldade em aceitar o ex-governador de Massachusetts por seu passado centrista e aprecia o rigor fiscal e social de Ryan.
Nesse aspecto, o deputado repete o papel de Sarah Palin, escalada em 2008 pelo apelo pop direitista. Mas a semelhança para aí -uma lição tirada das críticas pela escolha de alguém despreparada.
O processo desta vez levou mais de três meses. Embora jovem, Ryan é visto como prodígio conservador e dá verniz intelectual à chapa (na última semana, editoriais na "Weekly Standard" e no "Wall Street Journal" defenderam seu nome, ajudando a precipitar o anúncio).
"Mesmo sendo só o chefe da comissão orçamentária, ele tem sido, em um grau surpreendente, o líder do Partido Republicano em política econômica e fiscal nos últimos dois anos, graças à força de seu intelecto e habilidade política", disse à Folha Michael Barone, do American Enterprise Institute, para quem a escolha é "ousada".
O anúncio ajuda a oposição questionar o fato de Romney se dizer "forasteiro" em Washington. Ryan é congressista desde 1999. "Ele trabalha em Washington, mas suas raízes continuam em Janesville", disse Romney. 

QUEM É PAUL RYAN?
Ryan acrescenta muito à chapa republicana
Às vésperas de seu aniversário, em janeiro de 2011, Paul Ryan entrou ao vivo em milhões de TVs dos EUA para dar a resposta do Partido Republicano ao tradicional discurso sobre o Estado da União feito pelo presidente.
Sua escolha como vice de Mitt Romney na disputa pela Presidência, anunciada ontem após mais de três meses de triagem, é a consequência daquele momento, um dos de maior prestígio e exposição para alguém da oposição.
Jovial, articulado e especialmente hábil com números, cumpriu a tarefa com destreza e virou a cara do partido para tratar de gastos e investimentos, associando seu nome para sempre com o tema mais caro ao eleitorado conservador hoje: rigor fiscal.
Leitor voraz com jeito de "nerd", fã de futebol americano e de exercícios, Ryan é o menino prodígio dos republicanos, que chegou ao Congresso aos 28, no fim dos anos Clinton, e se especializou em um tema que só viraria problema nos EUA quase uma década depois.
Sua contraproposta de Orçamento é alvo de críticas da situação e de parte dos especialistas pela profundidade dos cortes sugeridos, mas é também um dos raros planos concretos da oposição para lidar com o espinheiro.
Ryan nasceu em 1970 em Janesville, interior de Wisconsin (norte dos EUA), e é o caçula dos quatro filhos do advogado Paul e da dona de casa Betty. Aos 16, encontrou o pai morto na cama por um ataque cardíaco, fato até hoje evocado em seus discursos.
Em 1992, formou-se em economia e ciência política pela Universidade Miami, mesmo ano em que começou a trabalhar com política, como assistente de um senador de seu Estado.
Continuaria em Washington como diretor político de legisladores e redator de discursos até se eleger, em 1998.
Católico praticante, é casado com a advogada Janna e pai de três filhos.

Um comentário:

Atha disse...

Romney não é Obaba Obama e o Bizbolab Hizbolah deve ter ciência disso. Hizbollah pode atacar Europa a qualquer momento, dizem EUA.

O Departamento de Estado americano informou nesta sexta-feira que o grupo radical libanês Hizbollah planeja um ataque iminente à Europa ou algum outro lugar, com o auxílio de autoridades iranianas.

"Estimamos que o Hizbollah poderia atacar a Europa ou em algum outro lugar a qualquer momento", disse Daniel Benjamin, coordenador da divisão de luta contra o terrorismo no Departamento, ao destacar que o grupo libanês e Teerã mantêm "alto nível de atividade terrorista" e poderiam fazer operações no futuro.

O órgão do governo americano ainda culpou a entidade extremista pelo que chamou de "papel central" nos confrontos na Síria, dando apoio ao regime de Bashar Assad.

Estados Unidos e Israel acusam o Irã de envolvimento com o terrorismo mundial e citam o Hizbollah como seu principal agente em atentados em todo o mundo. A condenação e a denúncia da relação entre Teerã e o grupo libanês são mais comentadas pelas autoridades do Estado judeu.