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Os três principais caminhos que levam aos escândalos constam do quadro abaixo. Em comum, há sempre alguém que oferece vantagens ao candidato para no futuro obter benefícios, muitas vezes ilegais, dos eleitos.
A teoria encontra amplo respaldo na realidade. Tome-se o exemplo de São Lourenço da Serra, município no interior de São Paulo com 11.000 eleitores e orçamento anual de 28 milhões de reais. Nas eleições de quatro anos atrás, o empresário Antonio Carlos Soares, dono de uma empresa de equipamentos de som, fez o serviço de áudio da campanha de Lener do Nascimento Ribeiro (DEM).
Coisas simples, como alto-falantes em carros de som e microfones em comícios. O pagamento veio depois da vitória do candidato. Em janeiro de 2009, Soares ganhou um cargo na prefeitura, com salário de 1 200 reais. Em depoimento à polícia, o empresário confirmou que obteve o cargo em troca da ajuda na campanha.
A prefeitura continuou contratando seus serviços para eventos. Soares recebeu cerca de 13 000 reais, emitindo notas fiscais fajutas. O falatório na cidade levou o Ministério Público a fazer investigações. Soares foi exonerado e Lener renunciou à prefeitura em 2010. Como esses, há exemplos por todo o país -- ainda que, infelizmente, quase nunca com o desfecho positivo da associação entre Soares e Lener. De um total nacional de mais de 5 500 prefeitos da atual legislatura, cerca de 200 foram cassados por corrupção. Leia MAIS
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