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Mestre Sponholz vai direto ao ponto, como sempre. |
Todos foram acusados pelo Ministério Público pelo crime de lavagem de dinheiro ao simular empréstimos entre o Rural e as agências de publicidade e, na verdade, aplicar os recursos na corrupção de parlamentares no esquema do mensalão.
“Está bem claro que Marcos Valério foi um dos artífices de toda essa trama”, resumiu o ministro, que se apegou em testemunhos e provas evidenciais para pedir a condenação dos réus. “Não há nenhuma ordem escrita ou evidência material dessa cooperação ilícita, mas existem essas menções, esses testemunhos. Para mim, como juiz, serve de conforto por imaginar que estou trilhando a senda mais adequada ou mais justa”, disse.
No mesmo voto, Lewandowski, ao contrário de Joaquim Barbosa, defendeu não haver provas contra outros réus citados por lavagem e votou pela absolvição da ex-funcionária da SMP&B Geiza Dias, do advogado Rogério Tolentino – esses dois ligados a Marcos Valério – e dos executivos Vinícius Samarane, atual vice-presidente do Banco Rural, e Ayanna Tenório, ex-funcionária da instituição financeira.
Para absolver Geiza Dias, o ministro revisor afirmou que a ré era uma simples "batedeira de cheques", que desconhecia a ilegalidade de repasses a partidos políticos. Ele citou ainda uma entrevista do delegado Luís Flávio Zampronha, responsável pelo inquérito do mensalão, ao jornal Folha de S. Paulo. Na ocasião, ele afirmou que Geiza não tinha conhecimento do esquema do mensalão.
A argumentação de Lewandowski irritou Joaquim Barbosa. "Um delegado preside um inquérito. Quando esse inquérito, que já se transformou em ação penal, está às vésperas de ser julgado, o delegado vai à imprensa e diz o seguinte: 'Fulano de tal não deveria ter sido denunciado, ciclano deveria ter ficado de fora'. Isso é um absurdo. Em qualquer país decentemente organizado, um delegado desses estaria no mínimo suspenso", disse o relator. Do site da revista Veja
MEU COMENTÁRIO: Com a devida vênia, mas o Ministro Lewandowski mandou a dogmática jurídica, apanágio do direito racional, para o vinagre, ao invocar, como valor probante, um dado que está fora dos autos. A velha máxima ensina: "o que não está nos autos não está no mundo".
Se o que está fora dos autos pudesse valer no julgamento de um processo as querelas não teriam fim. Este é um dos aspectos importantes da racionalidade jurídica, ainda que possa parecer irracional.
O contraponto racionalidade/irracionalidade é de fato o que sustenta a falsa afirmativa da possibilidade do denominado "direito alternativo", ou "direito achado na rua". Aliás embuste que vem sendo ensinado nas faculdades de direito "deste país"...
2 comentários:
Efeito Supremo: Réu no processo do mensalão - julgado desde o dia 2 de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF) - o ex-deputado federal José Genoino deu entrada nesta quarta-feira (12) no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (Incor), em São Paulo.
Segundo a instituição, ele passar por "exames de avaliação geral. Genoino deve ser julgado no próximo capítulo de julgamento a ser analisado pela Corte, que trata sobre corrupção ativa e passiva imputadas a deputados da base aliada, relativas à compra de apoio político no Congresso.
O item é quarto a ser analisado pelo Supremo e sexto da denúncia da Procuradoria-geral da República. O ex-deputado responde pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Genoino Genuinamente um Gênio poderá sofrer um Atak Kardiaco
Bete de Betebro em Sete de Setembro foi o Dia do STF Independente.
STF derruba nome que Dilma indicou para o Tribunal Regional Federal do Rio.
Na sessão plenária realizada na manhã desta quarta-feira — para a apreciação de recursos pautados, mas adiados em função do julgamento do mensalão — o Supremo Tribunal Federal rejeitou, por unanimidade, a indicação feita pela presidente Dilma Rousseff do nome de Marcelo Pereira da Silva para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo).
E O Teoria, teóricamente Azaveska, passa.
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