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domingo, setembro 23, 2012

NERVOSO, ANSIEDADE E PAVOR: A HORA DO CHEFE Nº 2 DO MENSALÃO ESTÁ CHEGANDO!

Conhecido ansiolítico nunca teve tanta procura!
O julgamento do processo do mensalão está perto de encerrar o seu segundo mês. À medida em que o Supremo Tribunal Federal (STF) se aproxima do núcleo central da denúncia, ficam cada vez mais claras as digitais do homem que o Ministério Público Federal aponta como chefe da engrenagem de corrupção: José Dirceu.

O petista passou os últimos sete anos dizendo que não há provas do seu envolvimento com o mensalão. Alega que só foi denunciado por razões políticas, repisando a fastidiosa fábula de que o mensalão foi uma tentativa de golpe contra o governo Lula. Mas o discurso, macaqueado por petistas Brasil afora, se desmancha a cada sessão do julgamento no Supremo. E a hora de Dirceu se aproxima no tribunal.

Na derradeira tentativa de escapar da cassação, Dirceu usou a tribuna da Câmara para alardear que não tinha influência na máquina petista: "Não participei das decisões da direção nacional do PT, da Executiva, não era membro. A sede do PT nacional em Brasília e em São Paulo têm paredes, telefones, assessores, funcionários, seguranças, motoristas. Vossas Excelências me conhecem e sabem que, se tivesse participado de tais atos, teria decidido, teria deliberado, todos saberiam da minha participação. Não vou assumir o que não fiz! Não vou". 

Mas a verdade é que o todo-poderoso ministro da Casa Civil de Lula era, sim, a figura mais influente dentro da máquina partidária - inclusive porque era o homem mais importante da corrente que dominava o partido, o Campo Majoritário. Centralizador, não ignorava as operações financeiras temerárias realizadas com o esforço da dupla Delúbio Soares e Marcos Valério. Também exercia um rigoroso controle das atividades do governo. Encarregava-se da articulação política com o Congresso, a razão para o advento do esquema de compra de votos. 

Além disso, o aval de Dirceu às instituições financeiras envolvidas na denúncia foi essencial para a montagem do mensalão - Delúbio Soares, sozinho, não tinha garantias a oferecer. É o que diz a Procuradoria-Geral da República: "A atuação voluntária e consciente do ex ministro José Dirceu no esquema garantiu às instituições financeiras, empresas privadas e terceiros envolvidos que nada lhes aconteceria, como de fato não aconteceu até a eclosão do escândalo, e também que seriam beneficiados pelo governo federal em assuntos de seu interesse econômico, como de fato ocorreu".
Mas não é só a influência de Dirceu e a chamada teoria do domínio do fato que apontam para a culpa do petista. Há outros elementos concretos ligando o petista à quadrilha - a despeito do que brada o réu. LEIA MAIS

2 comentários:

Atha disse...

Lula responde com "picaretagem".

Só há uma coisa pior do que a patrulha ideológica. É a picaretagem ideológica. Versátil, Lula consegue envergar os dois figurinos. Em setembro de 2010, num comício em Joinville (SC), disse que o DEM deveria ser “extirpado” da política brasileira. Há nove dias, num palanque de Salvador (BA) desancou ACM Neto, candidato a prefeito e líder do DEM na Câmara. De repente…

Velho amigo de Lula, o petista Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo (SP) e candidato à reeleicão, compôs uma coligação de 17 partidos. Entre eles –surpresa (!)— o DEM. Na noite deste sábado (22), Lula escalou o palanque de Marinho. Ao discursar –espanto (!!)— defendeu a presença dos ‘demos’ na caravana do cupincha. Rogou à militância que não hostilize os neoaliados:

“O prefeito tem que fazer as alianças necessárias para que ele possa ter um conjunto de partidos políticos, um conjunto de candidatos a vereadores que possam garantir a vitória”, ensinou. “Por isso quero agradecer aos partidos que estão apoiando o Marinho, independentemente da divergência no âmbito estadual e federal. […] Quem está apoiando o Marinho é aliado e quem não está é adversário.”

Aos amigos tudo, inclusive o apoio do DEM. Ou o suporte do ex-adversário Paulo Maluf, hoje um feliz aliado do petista Fernando Haddad em São Paulo. Aos inimigos, a ira. Na pajelança de São Bernardo –esputefação (!!!)— Lula açulou a plateia de militantes: “Nós temos que tirar a faixa daqueles que não estão apoiando o Marinho.”

Atha disse...

Valério reclama que está sofrendo um 'linchamento'.

Empresário diz ter ficado 'irritado' com o fato de ter sido condenado por peculato; advogado admite delação premiada em nova investigação.

FERNANDO GALLO, ENVIADO ESPECIAL, BELO HORIZONTE - O Estado de S.Paulo.

Enquanto sofre seguidas condenações no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza calcula os passos e ao mesmo tempo busca uma saída para tentar atenuar possíveis penas. A pelo menos duas pessoas com quem falou na última semana, Valério reclamou muito pelo fato de o Supremo tê-lo condenado por peculato. O empresário sustenta que não foram utilizados recursos público nas transações.

Valério evitou nos últimos dias aparecer em seu escritório, na capital mineira. Ele foi orientado pelo advogado, Marcelo Leonardo, e pelo amigo e ex-sócio Rogério Tolentino, também réu do mensalão, com quem divide a sala, a não comparecer ao local para evitar os jornalistas que faziam plantão em frente ao prédio.

Quem o viu recentemente, contudo, disse não tê-lo encontrado abatido nem choroso. Valério dirige o próprio carro, costuma buscar o filho na escola e frequenta a casa de parentes. Recentemente foi à casa de uma prima para assistir a um jogo do Atlético Mineiro, seu time no futebol. Mas vive um drama familiar. Se desentendeu com a mulher, Renilda Santiago, e deixou a confortável casa de ambos na Pampulha, região norte de Belo Horizonte, para morar em um flat.

Mas na semana passada o empresário desabafou ao conversar por telefone com o ex-deputado Virgílio Guimarães - petista que assume manter laços de amizade com o chamado operador do mensalão e foi responsável por apresentar o então dono das agências de publicidade SMPB e DNA à cúpula do partido. "Ele já teve um linchamento moral", disse Virgílio. "Eu vi ele reclamando por ser condenado por coisas que não fez. Está Totalmente indignado, mas com o Supremo, não com o PT", alega o ex-deputado.

Entre petistas mineiros, contudo, a reportagem da revista Veja, segundo a qual Valério teria dito a interlocutores próximos e familiares que Lula era de fato o "chefe" do esquema e a movimentação de recursos teria chegado a R$ 350 milhões, foi vista como uma clara ameaça. No partido a suposta reação de Valério criou "um clima de alerta" por entender que o empresário está "acuado" e sem perspectivas de se livrar da cadeia.