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terça-feira, setembro 18, 2012

NOVIDADE NO MENSALÃO! BANCO RURAL PAGOU "CALA-BOCA" PARA EX-FUNCIONÁRIO QUE ACABOU CONTANDO TUDO À POLÍCIA!

Agência do Banco Rural, em Brasília
O Banco Rural pagou por dois anos um “cala-boca” para que seu ex-superintendente Lucas da Siva Roque não revelasse fraudes na agência da instituição em Brasília, central de repasses de recursos do mensalão. Roque, que também falou à edição desta semana de VEJA, tinha uma função institucional no banco: a de captação de clientes de grande porte. Até que ficou sabendo de detalhes do esquema e colaborou com a Justiça.

O site de VEJA teve acesso a uma ação que Lucas impetrou na Justiça Trabalhista, em Belo Horizonte, em que ele denuncia sua dispensa “simulada” do banco, sem justa causa, em 2010. Roque disse que, após a demissão, passou a receber 70% do salário em espécie. No cargo, ganhava 23 000 mensais. O “cala-boca” correspondia a 16 000 por mês. 

Roque é o personagem que ajudou a PF a desbaratar o esquema do Rural, apontando para a Polícia Federal onde estavam as caixas de documentos com os saques da SMP&B de Marcos Valério. Segundo a ação impetrada pelos advogados do ex-superintendente, o pagamento de parte do salário e do plano de saúde até junho último foi uma “tentativa de encobrir o arquivo vivo que se tornou o reclamante, um 'cala-boca'".

Como prova de que continuou recebendo benefícios do Banco Rural, Lucas exibiu ao site de VEJA um cartão do plano de saúde do banco, que expirou em 30 de junho desse ano. Ele pede na Justiça do Trabalho a imediata reintegração ao emprego antigo e o pagamento de diferenças salariais mês a mês, corrigidas, além de gratificações relativas ao cargo. O ex-superintendente diz que o pagamento era feito mensalmente pela cúpula do Rural. Roque diz que, além de pagar o "cala-boca", a diretoria do banco tentou forçá-lo a mudar seu depoimento na Justiça. Leia TUDO AQUI

Um comentário:

Atha disse...

O pirigo começa a rondá a Caza Dilmanjá. O Belador Delator do DEM imita o Valério da Veja. Anota em seu caderno, esse também é Barbosa, delatar relator.

O delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, envolveu o vice-presidente da República Michel Temer no suposto esquema de compra de apoio político ao ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Em depoimento prestado à Justiça do DF nesta terça-feira (18), Durval Barbosa disse que ouviu de Arruda que conseguiu em 2007 o apoio do PMDB nacional pagando R$ 1 milhão por mês a Tadeu Filippelli, então deputado federal e atual vice-governador.

Durval disse que, segundo Arruda, parte deste dinheiro era destinado a Michel Temer --Arruda nega participação no esquema. "A partir de 2007, Arruda passou a alardear que atrairia para a base de sustentação de seu governo Tadeu Filippelli, o que seria feito com o apoio do PMDB Nacional", disse o delator.

"Arruda chegou a afirmar a diversas pessoas, inclusive ao depoente [Durval Barbosa], a entrega do valor mensal de R$ 1 milhão a Filippelli em troca desse apoio político. Os valores eram entregues ao Filippelli e seriam destinados em parte a Michel Temer", disse Barbosa.

No depoimento, Durval Barbosa não dá detalhes de como seria essa suposta entrega de dinheiro. À época, o PMDB distrital era controlado pelo ex-governador Joaquim Roriz, adversário de Arruda. Roriz então saiu do PMDB e o partido passou a apoiar Arruda.

"Arruda dizia que, se Filipelli tivesse pedido o dobro em troca do apoio, pagaria com o maior prazer", disse Durval Barbosa no depoimento.

Quando o caso estourou, em 2009, foi divulgado um vídeo no qual Durval Barbosa falava em pagamentos de R$ 1 milhão para Filippelli e seu interlocutor dizia que parte desse dinheiro era para Temer.

Esta foi a primeira vez que Durval falou em público sobre o caso e atribuiu supostos valores a Michel Temer. Por que anda Temerozo? Nada a Teber Temer.