Vela a pena ler este post que está no blog do Ricardo Setti, no site da revista Veja. Faço a postagem da parte inicial com link ao final para leitura completa.
Ao que tudo indica, o que está agora ocorrendo no âmbito no Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser apenas a primeira parte do julgamento do mensalão. Leiam:
Com a corda no pescoço e na iminência de ter prisão decretada
– como requer a Procuradoria-Geral da República – , o empresário Marcos
Valério, operador do mensalão, condenado em outras ações no âmbito da
Justiça Federal, quer receber tratamento de réu primário.
Em petição ao Supremo Tribunal Federal, que nesta terça-feira começou
a calcular as penas para os mensaleiros, a defesa de Valério sustenta
que “a mera existência de ações penais, todas posteriores aos fatos
objetos da ação penal 470 (mensalão) não pode servir de fundamento para
consideração de ‘maus antecedentes’”.
O advogado de defesa enfatizou o fato de serem anteriores à
ocorrência as ações penais contra Valério porque o operador do mensalão
coleciona dez processos criminais na Justiça Federal em Minas, pelas
quais, se for considerado culpado, pode receber mais de 140 anos de
prisão — sem contar outros cinco processos penais em tramitação na
Justiça estadual mineira e um outro na da Bahia.
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A aterrorizadora perspectiva de mais de 100 anos de cadeia
Anteriormente, baseado em material publicado pelo jornal O Globo,
publiquei post mostrando que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo,
apresentou memorial ao Supremo Tribunal Federal solicitando o
abrandamento das penas a Valério no qual inclui o ex-presidente Lula
entre os responsáveis pelo mensalão.
O operador do mensalão está diante da aterrorizadora perspectiva de ser condenado a mais de 100 anos de cadeia.
O advogado afirma que a base de sustentação no Congresso do então
governo petista, com o surgimento do escândalo, deslocou o foco para seu
cliente, Valério. No memorial, o nome de Lula e de Valério aparecem
sempre em maiúsculas.
“A classe política que compunha a base de sustentação do Governo do
Presidente LULA, diante do início das investigações do chamado
‘mensalão’, habilidosamente, deslocou o foco da mídia das investigações
dos protagonistas políticos (Presidente LULA, seus Ministros, dirigentes
do PT e partidos da base aliada e deputados federais), para o
empresário mineiro MARCOS VALÉRIO, do ramo de publicidade e propaganda,
absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e
não teve nos fatos”, diz o documento encaminhado ao Supremo.
O advogado disse também que o réu — que não participava do mundo
político — foi transformado em peça principal do “enredo político e
jornalístico”.
Lula era interessado no suporte político “comprado”
“Quem não era presidente, ministro, dirigente político, parlamentar,
detentor de mandato ou liderança com poder político, foi transformado em
peça principal do enredo político e jornalístico, cunhando-se na mídia a
expressão ‘Valerioduto’, martelada diuturnamente, como forma de
condenar, por antecipação, o mesmo, em franco desrespeito ao princípio
constitucional fundamental da dignidade da pessoa humana”, afirmou a
defesa.
Leonardo, sem mais delongas, inclui Lula na relação dos interessados
no suporte político “comprado” e diz que o PT (e, portanto, não Valério)
é o “verdadeiro intermediário do mensalão”. Clique AQUI para ler TUDO
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2 comentários:
O STF está cumprindo o seu papel(de uma forma democrática -enquanto colegiado); o que sobrevier dependerá de atos de ofício do Ministério Público, pois o Judiciário não investiga, apenas julga.
Valério demorou muito pra falar, agora é tarde.
Se tivesse abrido a boca antes..
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