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sábado, março 09, 2013

ARTIGO: O espetáculo fúnebre: morreu um cadáver.

Por Nilson Borges Filho (*)
É quase certa a informação que circula pela mídia internacional de que Hugo Chávez quando chegou à Venezuela, vindo de Cuba,  já estava morto. A encenação construída pelo chavismo botocudo, potencializando o sofrimento de um morto, tinha como único objetivo fazer do caudilho um mártir às vistas da população periférica de Caracas e arredores.
Deu certo, sem dúvida. A histeria coletiva que se deu no entorno do cortejo fúnebre de Chávez, pelas ruas da capital venezuelana, é prova cabal de que a intenção não era homenagear o presidente, mas forjar uma unidade que se sabe frágil em todos os seus aspectos, do ideológico ao comportamental. Até mesmo porque a farsa alcançou o que de mais cruel existe em termos de manipulação popular, no caixão que perambulou pelas ruas de Caracas não estava o defunto.
Enquanto a equipe médica, vigiada por homens dos órgãos de segurança do regime, preparava o corpo do presidente Hugo Chávez para a visitação pública, um caixão vazio era acompanhado por uma massa de fanáticos periféricos e desavisados de última hora. O embalsamamento do corpo do caudilho é mais uma das armadilhas do chavismo para se perpetuar no poder e fazer de Chávez um Lenin do século XXI.
Bobagem. Lenin fez uma revolução, que surgiu das bases do proletariado russo e que se transformou numa ditadura violenta. Chávez construiu uma ditadura violenta sem necessidade de fazer uma revolução popular. Apenas destruiu a economia da Venezuela ao distribuir dinheiro fácil, às custas da produção de petróleo, à população pobre. Para o populismo barato de governos dessa parte do hemisfério sul, acabar com a pobreza é distribuir dinheiro dos contribuintes sob a rubrica de bolsa família, ou qualquer outra coisa que o valha.
A hipocrisia do chavismo e de seu fundador, um bufão boquirroto, encontra-se no fato de pregar um discurso contra os Estados Unidos, mas se valer dos dólares americanos com as exportação do óleo que sai dos poços venezuelanos.
Nem mesmo o consumo elitista – baseado nos produtos de luxo de maisons europeias e americanas – escapou dos dirigentes bolivarianos. Relógios de marca e vestuário grifado podem ser vistos nos pulsos dos "revolucionários" e nos closes das madames bolivarianas. A cafonalha estampada no vermelho sangue das camisas e jaquetas chavistas é apenas um detalhe da falta de gosto dos tiranos. Falam disso como pragmatismo chavista, mas que não passa de esperteza dos que sabem manipular os de baixo, mimar os que estão ao redor e fazer média com os de cima.
Apesar disso, com todo esses programas populistas, a Venezuela e Caracas, em particular, apresentam índices altíssimos de violência urbana. Além, é fato consumado, da existência da violência do Estado contra os órgãos de informação e de quem ousar fazer oposição ao regime dos boinas vermelhas. Com um legislativo faz de conta e um judiciário que se agacha às ordens do chavismo, o regime não conseguiu exterminar a oposição, que chegou bem perto de uma vitória no último pleito.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e colaborador deste blog.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nilson, vc disse tudo sobre Venezuela. Só faltou dizer que o PT do Lula e Dilma apoiam o bolivarismo.

Válter disse...

O comunismo truculento não deu certo por causa da matança discriminda de pessoas; eles arranjaram uma nova tática: o SOCIALISMO: sobem ao poder por meio do votos ao praticarem a forma seguinte, que é seguir ao pé da letra o 2º mandamento do DECÁLOGO DE LÊNIN: "Infiltre, e depois controle os meios de comunicação em massa". É o que o PT faz para cada vez mais firmar-se no poder: veicular mentiras o dia todo em redes bem pagas para divulgarem suas mentiras, mas escondidos seus objetivos de uma dominação completa.
Quem vota no PT favorece tal situação, como dar o pescoço para oportunamente colocarem e a boca para ganhar um lacre.
V acha que o regime de Cuba presta? É o que querem para ao Brasil!
E querem a sua ajuda com seu voto; saia fora desses diabos!