Procurador Roberto Gurgel: efeitos da condação têm de ser efetivos |
— É preciso que aquelas pessoas condenadas a penas privativas de liberdade tenham mandados de prisão expedidos e sejam recolhidas à prisão, a exemplo do que acontece com as pessoas pobres que são recolhidas à prisão. É preciso que os efeitos da condenação, como perda de mandato, sejam efetivos. Que a decisão seja plenamente executada. Enquanto isso não ocorrer, haverá dúvida e preocupação com relação à efetividade da decisão — disse Gurgel, em entrevista coletiva à imprensa.
O procurador comemorou o resultado do julgamento, encerrado em dezembro de 2012. No entanto, ressaltou que, sem o cumprimento breve das penas, o combate à impunidade não estará concretizado.
— Tivemos um resultado magnífico, que deixou esperançosa a sociedade, no sentido de achar que, talvez, os tempos de impunidade terminaram, achávamos que os encastelados no poder não poderiam ser alcançados. (O julgamento) deixou essa grande esperança, mas é preciso que essa esperança se concretize. E vai se concretizar apenas com a execução das penas pelo Supremo Tribunal Federal — afirmou.
Para Gurgel, o processo só teve esse desfecho devido à atuação do Ministério Público Federal – embora a Polícia Federal também tivesse atuado no caso.
— No mensalão, houve trabalho da Polícia Federal. Agora, eu diria que grande parte da investigação, a maior parte, foi conduzida diretamente pelo Ministério Público. Toda aquela parte de quebra de sigilos bancários e fiscais, toda a análise que acabou constituindo a espinha dorsal da acusação formulada foi fruto do trabalho de investigação do Ministério Público — declarou.
— Eu posso te dizer com absoluta segurança que não haveria Ação Penal 470, simplesmente isso (sem a atuação do Ministério Público). Leia MAIS
4 comentários:
certamente, ja passou da hora...
esse teatrinho que os mensaleiros condenados protagonizam por ai já encheu o saco...
enfiem logo essa turma na cadeia...
É o típico caso em que, quanto maior "agilidade" houver, mais distante ficará a prisão. Ou não é?
Cagliostro
Dilma, propaganda enganosa é crime!
Infelizmente, os golpes cometidos pelo governo do PT contra os cidadãos brasileiros têm passado impunes, apesar de virem crescendo assustadoramente a cada dia que passa”
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/dilma-propaganda-enganosa-e-crime/
Faço minhas a opinião do Coturno Noturno:
"O PGR Roberto Gurgel pisa na bola ao achar que foi o Ministério Público quem condenou os mensaleiros. Foi a sociedade brasileira, a imprensa, a oposição, o Supremo Tribunal Federal. A PEC 37 é, antes de uma retaliação contra o julgamento do Mensalão, uma resposta do Congresso aos excessos do MP em outras áreas, como a ambiental, a fundiária, a trabalhista, a indígena, onde promotores se associam a movimentos sociais, descaradamente. As três ADI contra o Código Florestal interpostas pela vice PGR Sandra Cureau, alegando quase 40 "inconstitucionalidades", acatando relatórios inteiros de ONGS internacionais, é um exemplo disso. Foi uma bofetada na cara do Congresso Nacional, que discutiu o tema por mais de 10 anos. Se o MP continuar com esta soberba vai, sim, ter seu poder de investigação reduzido. O Brasil poderá ter que conviver com mais alguns políticos corruptos, mas, com certeza, não terá que conviver com um MP que pretende estar acima da Constituição Federal..."
http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2013/03/gurgel-toma-meritos-do-mensalao-para-o.html
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