Roberto Civita durante o Prêmio Jovens Inspiradores 2012 (Foto do site de Veja)
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Roberto Civita, diretor editorial e presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, morreu neste domingo, às 21h41, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido à falência de múltiplos órgãos, depois de três meses internado para a correção de um aneurisma abdominal. Civita deixa a mulher Maria Antonia, os filhos do primeiro casamento Giancarlo, Roberta e Victor, além de seis netos e enteados. O velório acontece nesta segunda-feira, 27 de maio, a partir das 11h, no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, São Paulo.
VÍDEO: ROBERTO CIVITA FALANDO SOBRE O INÍCIO DE VEJA
Memória - “Gosto de ser editor e o que eu sei fazer é revista”, dizia Roberto Civita. Mesmo depois de 1990, quando a morte de Victor Civita o levou a assumir o comando da Abril e chefiar o processo de diversificação do grupo fundado pelo pai, ele nunca se afastou da atividade que o seduziu definitivamente na década de 60, quando começou a por em prática os conhecimentos assimilados anos antes, na sua segunda temporada nos Estados Unidos. Nascido em Milão, Roberto Civita morou em Nova York de 1939 a 1949, quando veio para São Paulo. O bom desempenho no Colégio Graded garantiu-lhe uma bolsa de estudos nos EUA, onde percorreu, ao longo da década de 50, caminhos que o levariam à descoberta da vocação profissional e à volta definitiva ao Brasil.
Depois de interromper o curso de Física Nuclear na Universidade Rice, no Texas, para diplomar-se em jornalismo e economia na Universidade da Pensilvânia, Roberto Civita conseguiu um estágio na editora Time Inc, que controlava as revistas Time, Life e Sports Illustrated. Durante um ano e meio, familiarizou-se com todos os setores da empresa, da redação à contabilidade. Em 1958, quando Victor Civita perguntou ao filho que acabara de voltar o que pretendia fazer, ouviu a resposta que apressaria a entrada da Abril no universo jornalístico: “Quero fazer uma revista de informação semanal, como a Time, uma revista de negócios como a Fortune e uma revista como a Playboy”, respondeu.
Pioneirismo - O pai prometeu preparar a empresa para o passo audacioso, consumado em 11 de setembro de 1968, quando chegou às bancas a primeira edição de VEJA. Roberto Civita participou intensamente das experiências pioneiras que resultaram no lançamento deRealidade, Exame, Quatro Rodas ou Playboy. Mas nada o deixava mais emocionado que recordar a trajetória descrita pela primeira revista semanal de informação do Brasil. Foi ele quem a criou. E foi ele o primeiro e único editor de VEJA, hoje a maior publicação do gênero fora dos Estados Unidos.
Pioneirismo - O pai prometeu preparar a empresa para o passo audacioso, consumado em 11 de setembro de 1968, quando chegou às bancas a primeira edição de VEJA. Roberto Civita participou intensamente das experiências pioneiras que resultaram no lançamento deRealidade, Exame, Quatro Rodas ou Playboy. Mas nada o deixava mais emocionado que recordar a trajetória descrita pela primeira revista semanal de informação do Brasil. Foi ele quem a criou. E foi ele o primeiro e único editor de VEJA, hoje a maior publicação do gênero fora dos Estados Unidos.
“Ninguém é mais importante que o leitor, e ele merece saber o que está acontecendo”, lembrava aos recém-chegados. “VEJA existe para contar a verdade. A fórmula é muito simples. Difícil é aplicá-la o tempo todo”. Sobretudo em ambientes hostis à liberdade de expressão, aprendeu Roberto Civita três meses depois do parto da revista. Em 13 de dezembro de 1968, a decretação do Ato Institucional n° 5 transformou o que era um governo autoritário numa ditadura militar sem disfarces. A capa da edição que noticiou o endurecimento do regime exibiu uma foto do general-presidente Arthur da Costa e Silva sentado, sozinho, no plenário do Congresso que o AI-5 havia fechado. Os chefes militares não gostaram da imagem, e ordenaram a apreensão de todos os exemplares. A essa violência seguiu-se a instauração da censura prévia, que só em meados da década seguinte deixaria de tolher os passos de VEJA.
Risonho, cordial, otimista, Roberto Civita sempre acreditou que nenhuma atividade vale a pena se não for praticada com prazer. “Você está se divertindo?”, perguntava insistentemente aos profissionais com quem convivia. Mantinha-se otimista mesmo quando contemplava a face sombria do país. Para ele, o Brasil só conseguiria atacar com eficácia seus muitos problemas se antes aperfeiçoasse o sistema educacional, modernizasse o capitalismo nativo, removesse os entraves à livre iniciativa e consolidasse o estado democrático de direito. “O que VEJA defende, em essência, é o cumprimento da Constituição e das leis”, repetia. Também essa fórmula parece simples. Difícil é colocá-la em prática. Foi o que o editor de VEJA sempre soube fazer. Do site da revista Veja
MEU COMENTÁRIO: Daqui do blog envio as minhas condolências aos familiares do grande empresário e editor Roberto Civita.
Oxalá a linha editorial que Roberto Civita imprimiu às suas publicações e, de forma especial à revista Veja, que está entre as maiores revistas de informação semanal do mundo, permaneça incólume.
Oxalá a linha editorial que Roberto Civita imprimiu às suas publicações e, de forma especial à revista Veja, que está entre as maiores revistas de informação semanal do mundo, permaneça incólume.
5 comentários:
A Editora Abril foi, praticamente, a única das antigas editoras de revistas, que sobreviveu à entrada da televisão. Sem dúvida isso mostra a visão futuristica dos empreendedores proprietários da empresa que souberam fazer as mudanças na hora certa.
Condolências a todos os familiares e membros da Editora arbil.
Os PeTralhas estão em festa...
A melhor e maior Revista - a Veja - que sempre touxe a verdade à tona. A petralhada quando eram oposição viviam com a revista debaixo do braço. Agora odeiam a revista por revelar as falcatruas que a petralhada fdp tanto enganam e iludem os troxas do povim brasileiro que vive de "borsetas" e vice na miséria.
Interessante como muitos que disseram as verdades dos arroubos do PT morreram. Foi o Alborguete, foi o velhinho da bengala, foi o Eneas,,,vou fazer meu testamento.
agora reparem no que o Sr. Civita falar sobre recusar a mudança da linha editorial de VEJA para algo mais populista, vigarista e primitivo...
a de colocar mulher na capa para vender...
nao acatou o conselho e continuou o trabalho que acreditava estar certo e colheu os frutos - preste atenção oposição - AO LONGO DO TEMPO!
eh esse exemplo que a oposição precisa tomar como norte...
querem convencer o eleitor a mudar de lado a quatro meses da eleição, ai nao da!
o proprio PeTê, todos sabem, levou anos para construir o discurso e, aos poucos, colocar na cabeça do cidadão brasileiro os seus valores - se eh que essa turma ja teve algum...
todo o trabalho da oposição eh feito de supetão, mudando praticamente de quatro em quatro anos...
não ha um projeto de longo prazo definido, metas a serem cumpridas, objetivos a serem alcançados...
a oposição nessepaiz eh apenas um ajuntamento de políticos - e muitos traíras - que se comportam como biruta de aeroporto, pendendo para o lado em que o vento sopra...
o que a oposição precisa entender eh que eh preciso seguir o que o Sr. Civita descreve nesse video, que o trabalho eh de longo prazo, para fazer o eleitor perceber que eh esse o tipo de governo que eles querem, como foi no caso da revista...
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