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segunda-feira, maio 06, 2013

OPOSIÇÃO NO BRASIL É APENAS UM ESPANTALHO

Esta foto colhida na internet não é uma montagem e a cena vai além de um gesto protocolar que, sem dúvida, seria mais apropriado.
Os colunistas da Folha de S. Paulo raramente acertam. Me refiro ao fato de normalmente tergiversam e, fazendo as contas, jogam o jogo, diria bolivariano. 

Desta feita, artigo do Fernando Rodrigues na Folha deste domingo reúne uma série de lembretes importantes. Fazendo as contas, sobra pouco o quase nada para a raquítica oposição, se é que dá para considerar oposição o PSDB e o DEM, dada a ausência dos líderes dessas agremiações nos debates políticos da atualidade. A rigor, parece que esses partidos nem existem mais.

Mas ao final da leitura do artigo em pauta que transcrevo logo abaixo, resolvi fazer uma pergunta que os leitores também podem analisar. Ei-la:

Caso saiam candidatos o Aécio Neves, a sonhática, o Eduardo Campos e a Dilma e a eleição tenha segundo turno com Eduardo Campos e Dilma.
Quem Aécio Neves apoiaria?

Leiam o artigo do Fernando Rodrigues que permite refrescar a memória de quem acompanha a política brasileira da última década e tirem as suas próprias conclusões. O título original do artigo é: "Frágil nos Estados, tucano experimenta agora um pouco do seu próprio veneno". Leiam:

Com dificuldades para montar palanques fortes nos Estados, o senador Aécio neves (PSDB-MG) está prestes a experimentar um pouco do veneno que ele próprio administrou em colegas em disputas presidenciais passadas.

Em 2006, era comum ouvir que em Minas Gerais muitos eleitores eram estimulados a adotar o voto "Lulécio": em Lula para presidente e em Aécio para governador. Em 2010, foi a vez do "Dilmasia" ""em Dilma Rousseff para presidente e em Antonio Anastasia (do PSDB e apoiado por Aécio) para governador.

Nessas duas eleições, os tucanos candidatos a presidente, Geraldo Alckmin e José Serra, respectivamente, sofreram nas mãos de Aécio e dos eleitores mineiros.

Esse tipo de mistura heterodoxa de partidos e ideologias não é nova nem necessariamente uma traição produzida apenas por maldade. É também uma questão de sobrevivência política. Aos candidatos a governos estaduais interessa primeiro o sucesso local. Depois, se possível, vão ajudar os postulantes federais de suas legendas.

O quadro se agrava num cenário em que há uma fragmentação partidária ""e uma administração federal sem pudor na hora de aumentar o número de ministérios para ampliar o condomínio governista. Dilma Rousseff tem no momento 39 pastas, um recorde na história do Brasil.

Há um componente extra. O PT já perdeu toda a cerimônia quando se trata de apoiar adversários do passado. De Paulo Maluf a José Sarney, todos são vistos como potenciais aliados do projeto reeleitoral de Dilma.

Com o PT aberto a alianças antes consideradas impensáveis pelos petistas de raiz, fica muito reduzida a margem de manobra para a oposição.

Basta comparar com as eleições de 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se elegeu presidente. Partidos como o PTB, o PMDB ou o PP estavam 100% fora do radar para se tornarem aliados do PT. Hoje, a história é bem diferente.

O que sobra para tucanos e outros opositores são siglas menores e desidratadas. 

O DEM, por exemplo, pode até apoiar Aécio, mas cobrará caro nos Estados e entregará de volta uma mercadoria bem menos atraente do que antes.

Em 1998, ao sustentar a reeleição de FHC, o DEM (ainda PFL) fez uma bancada de 105 deputados. Hoje tem só 28 cadeiras na Câmara e pode ser a maior sigla (fora o PSDB) a apoiar Aécio. Se é assim no plano federal, não é surpresa que o tucano esteja sofrendo para construir uma teia de aliados robustos e fiéis nos Estados. Da Folha de S. Paulo deste domingo

2 comentários:

Anônimo disse...

então, qual a necessidade de um abraço desse tamanho em um encontro oficial?

mesmo que ambos fossem autoridades do mesmo time politico...

eh a latinidade bananeira falando mais alto, aquele jeito invasivo do brasileiro de querer encostar nas pessoas a todo tempo, mesmo sem haver intimidade suficiente para tal...


Anônimo disse...

Caro Aluízio
Acho o Aecim fraquim, fraquim, sem a mínima chance de vitória. Foi nisto que deu a sua "oposicinha propositivinha". O elemento tem medo de fazer oposição, tal qual o Serra. Não vai dar para ganhar. Acho até que assim que der de cara com a realidade o Aecim desistirá de ser candidato. Não tem estatura para isto.
Se a Dilma e o Eduardo forem para o 2º turno acho que o Aecim apoiará a Dilma. Ele é petralha enrustido.
Esther