O PSDB continua sendo o partido político brasileiro que dispõem de um portfolio que reúne o maior número de políticos preparados para o exercício da presidência da República. Disso não há qualquer dúvida. Nascido de uma dissensão do PMDB, o partido tucano todavia manteve internamente um clima de permanente conflagração justamente pelo fato de ter quadros preparados, digamos assim, em excesso, se formos comparar com as demais agremiações.
Em síntese, este fato que credencia o partido para a gestão pública em todos os níveis acaba causando o seu próprio tormento.
A eleição de 2014 será completamente diferente das anteriores. Um fato que dá clara vantagem para os tucanos é o descalabro do governo petista, o perigoso retorno da inflação, o descontrole nas contas governamentais e questões que se tornaram agudas em decorrência da incompetência petista no que se refere à saúde, segurança pública e à educação.
Se o PSDB fosse fraco não seria o alvo predileto do PT e seus sequazes. Depois do governo de Fernando Henrique é a primeira vez que o PSDB reúne chance concreta na eleição presidencial.
Para faturar isso politicamente o partido terá que harmonizar-se internamente. O segredo está em como lidar com o excesso de postulantes qualificados.
Esta talvez seja razão do silêncio ensurdecedor do partido e sua atuação política tímida. Neste caso deixa de marcar posição no cenário da política e, ao fazê-lo, abre chance para o ataque do PT que, de olho em São Paulo, põe nas ruas os Black Bloc, Ninjas, Capilés e passes livres.
É a disputa interna que enfraquece o partido abrindo flancos para o assédio dos adversários.
Entretanto, o que vai ficando muito evidente é que o candidato à Presidência da República pelo PSDB será mesmo o mineiro Aécio Neves. É a bola da vez por várias razões, enquanto José Serra já teve a primazia por duas ocasiões seguidas. Ainda que sendo um quadro de excelência, um técnico e administrador experiente, Serra terá que ceder espaço depois de duas tentativas frustradas.
Os fatos vão se afunilando na mesma medida em que se estreita o tempo que nos separa do pleito do próximo ano. Ao que parece a prévia partidária para escolher o candidato perde força na mesma intensidade em que cresce de forma natural a candidatura de Aécio Neves. E tudo indica que chegará um momento em que o consenso em torno de seu nome será a melhor decisão a ser tomada pelo partido se quiser lograr a vitória em 2014. Nesta altura do encaminhamento sucessório a divisão interna do PSDB só serve aos interesses de Lula e seus sequazes.
É o próprio PSDB que tem a faca e o queijo nas mãos pois tem a oportunidade de dominar os dois maiores colégios eleitorais: São Paulo e Minas Gerais, o que se constitui numa rampa de largada nada desprezível.
A primeira providência para apaziguar ressentimentos internos é impedir que o noticiário político permaneça alimentando a dissensão interna do PSDB.
Outro ponto fundamental é uma meticulosa análise do quadro político e administrativo real do país que está seriamente avariado pelo governo petista e, a patir daí, montar um elenco de medidas saneadoras capazes de trazer novamente o Brasil para os trilhos do desenvolvimento e, sobretudo, da paz social.
O que não pode é a Nação estar sujeita à permanente intranqüilidade em decorrência de um governo cujo partido no poder, o PT, que por ser de viés comunista e revolucionário conspira de forma permanente contra a democracia e tripudia sobre os valores morais e éticos, ao mesmo tempo em que desvia o foco daquilo que é importante ao colocar como ponto principal do debate os postulados do pensamento politicamente correto. Aliás, já elevou a idiotia politicamente correta como projeto nacional!
Sem tranquilidade e segurança o desenvolvimento nacional fica seriamente comprometido. É isto que tem de ser visto com atenção. Ao contrário do PT, o PSDB pelo menos nunca se colocou como salvador da pátria e se manteve sempre equidistante dos extremos do espectro político. Nunca defendeu a censura à imprensa e nunca planejou implantar o comunismo. Este é um real capital político e eleitoral do PSDB, afora o fato de que foi o Fernando Henrique o artífice da estabilidade econômica que abriu o caminho para o desenvolvimento que agora retrocede pela incúria e incompetência do PT.
Com experiência política e administrativa e idade adequada, Aécio Neves reúne os requisitos para postular a Presidência. É sem dúvida o nome mais forte da oposição neste momento. É a bola da vez. É um fato novo, já que pela primeira vez disputará a Presidência da República.
3 comentários:
Acho bom mesmo que decole alguém diferente, se é que esse aí é diferente!!!
Uso de cocaína aumenta o tamanho do nariz?
Aécio é o candidato preferido pelos empresários.
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é o preferido para assumir a Presidência da República para 47% dos 120 dirigentes de empresas que participaram ontem do 13º Fórum dos Presidentes, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Pesquisa obtida com exclusividade pelo Valor mostra que Aécio é seguido pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), com 22% das preferências. A presidente Dilma Rousseff, do PT, ficou com 7%, a ex-ministra Marina Silva (sem partido) com 5%, o ex-governador José Serra (PSDB) com 4% e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, obteve 1%, enquanto 14% mencionaram outros nomes.
Quando questionados sobre quem será de fato o vencedor das urnas no ano que vem, a resposta dos presidentes foi a mesma: Aécio Neves. O tucano foi mencionado por 41% dos entrevistados. Em segundo lugar, vem Dilma com 34%, Campos com 13%, Lula com 5% e Marina com 3%. Outros nomes representaram 4%.
Além disso, os presidentes das empresas brasileiras disseram que as recentes manifestações são positivas. Para 94%, os protestos são bons para o país e para 64% ajudam a economia. Impacto negativo para a economia é detectado por 29%, e para o país, por 4%. Entre os participantes da pesquisa da ABRH estão os presidentes da Natura, Embraer, Fiat, Alpargatas, CPFL, Dudalina, Cenibra, RBS e Abril. (Valor Econômico)
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