Ministro do STF, Dias Toffoli |
O ministro José Antonio Dias Toffoli não detalhou nesta quinta-feira, 29, seus ganhos extra-salário do Supremo Tribunal Federal que seriam usados, segundo ele, para pagar prestações de dois empréstimos com o Banco Mercantil do Brasil que, juntos, somam R$ 1,4 milhão.
Em resposta a uma nova consulta feita peloEstado, a assessoria de Toffoli disse, em nota oficial, que "os rendimentos, recursos e o patrimônio do ministro são aqueles anualmente declarados à Receita Federal, em seu Imposto de Renda".
As parcelas mensais dos empréstimos, de R$ 16,7 mil, comprometem cerca de 92% dos ganhos líquidos de Toffoli no STF, de R$ 18,2 mil em julho.
Segundo o gabinete do ministro, seus rendimentos "não se resumem aos vencimentos no STF". O gabinete não diz quais são os outras fontes de renda.
Toffoli é relator no Supremo de processos do Mercantil, que lhe concedeu os dois empréstimos em 2011. O primeiro, de R$ 931 mil, previa inicialmente pagamento em 180 parcelas de R$ 13,8 mil mensais; já o segundo, de R$ 463,1 mil, em 204 prestações de R$ 6,6 mil.
Na época em que as operações foram contratadas, a soma das parcelas superava o salário líquido de Toffoli (cerca de R$ 17,5 mil). Em abril deste ano, após decisões do ministro nos processos, o banco reduziu os juros dos empréstimos de 1,35% ao mês 1% ao mês, o que reduziu as prestações para R$ 16,7 mil mensais.
O corte das taxas, considerado atípico até por um dos representantes do Mercantil, assegurou uma economia de R$ 636 mil no total a ser pago. A soma das prestações alcança R$ 3,21 milhões.
Segundo o Código do Processo Civil e o Regimento do Supremo, cabe arguir a suspeição do magistrado, por parcialidade, quando alguma das partes do processo seja sua credora.
O ministro relata casos do banco desde 2009, mas, mesmo com os empréstimos, não viu motivos para se afastar. Nesta quinta-feira, ele deixou o Supremo sem dar entrevistas.
Sem maldade. "Não sei se é conflito de interesse na prática. Se existe isso, não existe maldade", afirmou nesta quinta-feira o diretor executivo do Mercantil, Paulo Henrique Brant de Araújo.
Segundo ele, os empréstimos "não têm nada a ver" com os interesses do banco no Supremo, tampouco a redução das taxas. "Não é a primeira pessoa para a qual o banco poderia emprestar e que tem um cargo público. Não existe esse tipo de restrição. Se houvesse, o próprio ministro deveria se manifestar."
O diretor não quis analisar o caso específico de Toffoli, devido ao sigilo bancário da operação, mas observou que um "bom pagador", com garantia segura, merece "condições boas, não atípicas". "Não necessariamente, o banco tem a obrigação de cobrar 4% ao mês."
O Estado consultou dois gerentes da agência do Mercantil em Brasília, que ofereceram, para cliente VIP do banco, nas mesmas condições financeiras do ministro, empréstimos de no máximo quatro anos e taxas entre 3% e 4% ao mês. Do site do Estadão
3 comentários:
Aluízio, o Ministro Dias Toffoli, do STF, há muito tempo faz jus ao TROFÉU CARA DE PAU acompanhado de um tonel de óleo de peroba ...
Quando é que nossa imprensa vai clamar contra essa "injustiça" ??? Ele é tão esforçado ... já foi advogado do Lula, do Zé Dirceu, na Casa Civil ... e, jamais se declarou IMPEDIDO para julgar causas de interesse dos ditos cujos e agora também de um banco onde foi beneficiado com um empréstimo de l.400.000 reais.
Os empréstimos para Toffoli parecem os empréstimos feitos para o PT na época do mensalão. Ninguém precisa pagar, o banco também não executa a dívida e depois de algum tempo é lançada como prejuizo e fica tudo por isso mesmo. A propina é devidamente legalizada para os dois lados, ou seja, se Toffoli um dia precisasse justificar a fonte de seu patrimonio incompatível com seus ganhos declarados poderia comprovar que foi por empréstimos, e o banco pagou a propina com dinheiro legalizado, afinal foi uma simples operação de empréstimo, e depois apenas lança o prejuizo na contabilidade como caso de inadimplência, só que não executa o inadimplente e continua todo mundo feliz, inclusive os idiotas que continuam votando e apoiando direta ou indiretamente os "corruPTomunistas".
Titônio - Mga
Toffoli comprou no ano passado uma casa de mais de 4 milhões de reais na QL 8 conjunto 4 do Lago Norte em Brasília - mesma quadra onde mora a mãe de sua namorada. Como é que consegue pagar a casa mais os empréstimos? De onde vem tanto dinheiro?
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