Policial federal apreende documentos no Centro de Atendimento ao Trabalhador, em São Paulo (Divulgação/PF)
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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que suspendeu os pagamentos ao Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG investigada pela Polícia Federal por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Os recursos eram repassados pela pasta por meio de convênio. O ministério também afirmou ter exonerado Gleide Santos Costa, lotado na Secretaria de Políticas Públicas de Emprego que foi flagrado nesta terça-feira com propina de 30.000 reais em dinheiro, pagos pela diretoria do Ceat em São Paulo.
O convênio, que agora será auditado pelo Ministério, rendeu ao Ceat cerca de 47,5 milhões de reais desde 2009. Para a PF, parte do dinheiro foi desviada para o bolso dos dirigentes da entidade, que subcontratavam empresas registradas em seus nomes para prestar serviços nos centros de qualificação profissional e de gerenciamento de empregos mantidos pelo Ceat.
A pasta disse também ter aberto um procedimento administrativo disciplinar contra o assessor, que ocupava cargo em comissão. De acordo com delegados da PF, que não revelaram a identidade do funcionário, ele teria cerca de 20 anos de carreira no serviço público. O servidor assinou aditamentos irregulares no convênio do Ceat, diz a investigação.
As medidas do Ministério são uma reação à operação Pronto Emprego, deflagrada pela Polícia Federal em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A sede do MTE foi alvo da investigação. A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas dependências da pasta. Ao todo, oito pessoas foram presas - o servidor público e mais sete diretores do Ceat, entre eles a presidente, Jorgette Maria de Oliveira.
O ministério disse, em nota, que "está cooperando com todas as investigações da Polícia Federal". "Como o processo tramita em segredo de Justiça, o ministério encaminhou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal solicitando informações acerca da investigação", diz a nota. Do site da revista Veja
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