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quarta-feira, setembro 04, 2013

FRAUDE MILIONÁRIA ENVOLVE ONG INVESTIGADA PELA POLÍCIA FEDERAL QUE OPERAVA COM RECURSOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. OITO PESSOAS FORAM PRESAS.

Policial federal apreende documentos no Centro de Atendimento ao Trabalhador, em São Paulo (Divulgação/PF)
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que suspendeu os pagamentos ao Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG investigada pela Polícia Federal por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Os recursos eram repassados pela pasta por meio de convênio. O ministério também afirmou ter exonerado Gleide Santos Costa, lotado na Secretaria de Políticas Públicas de Emprego que foi flagrado nesta terça-feira com propina de 30.000 reais em dinheiro, pagos pela diretoria do Ceat em São Paulo.
O convênio, que agora será auditado pelo Ministério, rendeu ao Ceat cerca de 47,5 milhões de reais desde 2009. Para a PF, parte do dinheiro foi desviada para o bolso dos dirigentes da entidade, que subcontratavam empresas registradas em seus nomes para prestar serviços nos centros de qualificação profissional e de gerenciamento de empregos mantidos pelo Ceat.
A pasta disse também ter aberto um procedimento administrativo disciplinar contra o assessor, que ocupava cargo em comissão. De acordo com delegados da PF, que não revelaram a identidade do funcionário, ele teria cerca de 20 anos de carreira no serviço público. O servidor assinou aditamentos irregulares no convênio do Ceat, diz a investigação.
As medidas do Ministério são uma reação à operação Pronto Emprego, deflagrada pela Polícia Federal em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A sede do MTE foi alvo da investigação. A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas dependências da pasta. Ao todo, oito pessoas foram presas - o servidor público e mais sete diretores do Ceat, entre eles a presidente, Jorgette Maria de Oliveira.
O ministério disse, em nota, que "está cooperando com todas as investigações da Polícia Federal". "Como o processo tramita em segredo de Justiça, o ministério encaminhou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal solicitando informações acerca da investigação", diz a nota. Do site da revista Veja


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