O lançamento do livro Esquerda Caviar, na noite desta terça-feira na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping foi um sucesso. Casa lotada com gente de todas as idades, mas um fato gratificante foi ver a presença marcante de jovens! Sim, moços e moças universitários, alguns já formados, que vivem intensamente a juventude mas que não resumem a existência juvenil ao exercício puro e simples de futilidades e modismos apenas.
Isto se revelou depois que o autor de Esquerda Caviar, o economista, escritor e colunista do site da revista Veja e do jornal O Globo, concluiu a palestra de abertura do evento.
Um turbilhão de perguntas formuladas por uma platéia atenta que superlotou a livraria. Os jovens mostravam-se ansiosos por debater. Tanto é que Rodrigo Constantino não pôde mais arredar da mesa em que palestrou, debateu e posteriormente recebeu uma fila imensa de leitores em busca do autógrafo. O ato se iniciou às 19 horas encerrando-se quando já passava das 23 horas. O shopping já havia fechado. Mas a galera já tinha organizado um jantar na Macarronada Italiana que lotou o setor reservado do restaurante. Profusão de fotos, mais debates, mais perguntas. A maioria era formada pelos jovens. Cada um pagou a sua conta livrando, evidentemente, o homenageado. Foi muito bacana mesmo.
Constantino faz jus ao sucesso que vem obtendo com Esquerda Caviar. São 432 páginas de prosa excelente, objetiva, de fácil leitura e sem o ranço acadêmico, sem aquela pretensão exibida por certos intelectuais, embora isso não se traduza na ausência do rigor na fundamentação das análises e reflexões que apresenta ao leitor. Pelo contrário. Embora jovem, não emplacou ainda os 40, Constantino revela um conhecimento vasto não apenas em economia, sua formação acadêmica, mas aborda com rara competência uma variada gama de assuntos alcançando a política, a sociologia, a filosofia e as artes.
Esquerda Caviar pode ser entendida de forma ligeira como o sucedâneo da “esquerda festiva” de antanho. Aquela gente que tentava “derrubar” governos saboreando scotch de alto padrão, ainda que a turvação do intelecto pelos eflúvios do álcool fosse a mesma proporcionada pela deletéria cachaça. A “esquerda festiva” de fato sempre gostou de caviar e iguarias análogas; sempre adorou a liberdade, apanágio da democracia, particularmente para mentir e assacar aleivosias contra o capitalismo. Isso ocorre sempre quando esquerdistas se entregam às tertúlias falsamente intelectuais, normalmente em bons ambientes, com boa comida e boa bebida e usando todas as comodidades proporcionadas pelos aparatos técnicos e tecnológicos gerados pelo capitalismo. A começar pela energia elétrica, a geladeira, o telefone, o ar condicionado, o automóvel, o avião, o metrô, as novas tecnologias, enfim, aquilo tudo de bom inventado, fabricado e oferecido ao consumo pelo "amaldiçoado" capitalismo.
Leve e solta, a obra de Constantino não descura, entretanto, da metodologia. Tanto é que inicia pelas origens, discorrendo sobre o que é e como surgiu a “esquerda caviar”. Grosso modo, constrói o que Max Weber conceituou como “tipo ideal” em sua densa e defintiva “sociologia compreensiva”. Ao final oferece ao leitor pelo menos umas 150 referências bibliográficas, evidentemente parte da vertente de ideias que contribuíram para a formação da “weltanschauung” do escritor.
Com meticulosa objetividade e clareza Constantino dispara: "O esquerdista é aquele que jamais leva em conta o custo de oportunidade das medidas que prega. Ele não precisa de evidências empíricas de que suas receitas funcionam, tampouco deseja confrontar suas propostas com alternativas. Sem uma boa noção de economia, acaba defendendo políticas que parecem bonitas no apelo emocional, mas que nunca ajudam de fato os mais carentes”.
E adverte: “cai-se na esquerda caviar ou por oportunismo imoral, ou por fé religiosa, ou por autoestima nula, ou por sede patológica de poder, ou por um pouco de cada. Como disse Jonathan Switft: ‘é inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão’. Mas o último caso tem salvação. E representa parcela significativa da esquerda festiva."
- Este livro - avisa o autor - foi escrito para essas pessoas. São os inocentes últeis dos oportunistas de plantão. São aqueles que levam a sério Michael Moore e companhia, que saem dos filmes de Hollywood achando que aprenderam história, que acreditam na capacidade do governo de curar males com lei milagrosas. Ao expor toda a hipocrisia e contradição dos principais ícones da esquerda caviar, espero despertá-los da sonolência. Nunca é tarde para se endireitar e deixar a fase sinistra para trás”.
Eis aí em rápidas pinceladas, sem a intenção de resenhar o livro, algo aliás que já foi feito por muita gente do métier, uma ideia muito geral do conteúdo de Esquerda Caviar. E cometo isso com indisfarçável entusiasmo, já que o livro faz um completo inventário destes tempos em que valores morais e éticos e, por que não, as boas tradições, que deram vida a civilização ocidental, são estraçalhados em nome de uma liberdade - ou vulgar libertinagem? - que no final das contas dilui a própria liberdade sob o pretexto de um certo coletivismo que nada mais é senão que o fascismo redivivo!
Por tudo isso a leitura de Esquerda Caviar é imperiosa, necessária a todos que se preocupam seriamente com a resolução dos variados e complexos problemas deste século que têm em seu vértice a violência física e intelectual que tenta destruir por todos os meios a liberdade individual. Costumo afirmar que a sede da liberdade é o ser humano, unidade indivisível. Por isso mesmo se denomina indivíduo! Atomizar o sujeito, significa matar a liberdade!
As análises e reflexões formuladas Rodrigo Constantino jogam um potente facho de luz capaz de clarear este grande debate que tem de ser feito. Ao mesmo tempo revelam as potencialidades de um grande pensador que revitaliza o necessário confronto com estupidez reinante.
Fico muito feliz em poder escrever este texto. Parabéns, Rodrigo Constantino; parabéns aos jovens que animaram com sua presença expressiva o evento, um fato alentador, concedendo aos mais velhos o direito a proclamar mais uma vez a velha e surrada frase: "nem tudo está perdido!"
Isto se revelou depois que o autor de Esquerda Caviar, o economista, escritor e colunista do site da revista Veja e do jornal O Globo, concluiu a palestra de abertura do evento.
Um turbilhão de perguntas formuladas por uma platéia atenta que superlotou a livraria. Os jovens mostravam-se ansiosos por debater. Tanto é que Rodrigo Constantino não pôde mais arredar da mesa em que palestrou, debateu e posteriormente recebeu uma fila imensa de leitores em busca do autógrafo. O ato se iniciou às 19 horas encerrando-se quando já passava das 23 horas. O shopping já havia fechado. Mas a galera já tinha organizado um jantar na Macarronada Italiana que lotou o setor reservado do restaurante. Profusão de fotos, mais debates, mais perguntas. A maioria era formada pelos jovens. Cada um pagou a sua conta livrando, evidentemente, o homenageado. Foi muito bacana mesmo.
Constantino faz jus ao sucesso que vem obtendo com Esquerda Caviar. São 432 páginas de prosa excelente, objetiva, de fácil leitura e sem o ranço acadêmico, sem aquela pretensão exibida por certos intelectuais, embora isso não se traduza na ausência do rigor na fundamentação das análises e reflexões que apresenta ao leitor. Pelo contrário. Embora jovem, não emplacou ainda os 40, Constantino revela um conhecimento vasto não apenas em economia, sua formação acadêmica, mas aborda com rara competência uma variada gama de assuntos alcançando a política, a sociologia, a filosofia e as artes.
Esquerda Caviar pode ser entendida de forma ligeira como o sucedâneo da “esquerda festiva” de antanho. Aquela gente que tentava “derrubar” governos saboreando scotch de alto padrão, ainda que a turvação do intelecto pelos eflúvios do álcool fosse a mesma proporcionada pela deletéria cachaça. A “esquerda festiva” de fato sempre gostou de caviar e iguarias análogas; sempre adorou a liberdade, apanágio da democracia, particularmente para mentir e assacar aleivosias contra o capitalismo. Isso ocorre sempre quando esquerdistas se entregam às tertúlias falsamente intelectuais, normalmente em bons ambientes, com boa comida e boa bebida e usando todas as comodidades proporcionadas pelos aparatos técnicos e tecnológicos gerados pelo capitalismo. A começar pela energia elétrica, a geladeira, o telefone, o ar condicionado, o automóvel, o avião, o metrô, as novas tecnologias, enfim, aquilo tudo de bom inventado, fabricado e oferecido ao consumo pelo "amaldiçoado" capitalismo.
Leve e solta, a obra de Constantino não descura, entretanto, da metodologia. Tanto é que inicia pelas origens, discorrendo sobre o que é e como surgiu a “esquerda caviar”. Grosso modo, constrói o que Max Weber conceituou como “tipo ideal” em sua densa e defintiva “sociologia compreensiva”. Ao final oferece ao leitor pelo menos umas 150 referências bibliográficas, evidentemente parte da vertente de ideias que contribuíram para a formação da “weltanschauung” do escritor.
Com meticulosa objetividade e clareza Constantino dispara: "O esquerdista é aquele que jamais leva em conta o custo de oportunidade das medidas que prega. Ele não precisa de evidências empíricas de que suas receitas funcionam, tampouco deseja confrontar suas propostas com alternativas. Sem uma boa noção de economia, acaba defendendo políticas que parecem bonitas no apelo emocional, mas que nunca ajudam de fato os mais carentes”.
E adverte: “cai-se na esquerda caviar ou por oportunismo imoral, ou por fé religiosa, ou por autoestima nula, ou por sede patológica de poder, ou por um pouco de cada. Como disse Jonathan Switft: ‘é inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão’. Mas o último caso tem salvação. E representa parcela significativa da esquerda festiva."
- Este livro - avisa o autor - foi escrito para essas pessoas. São os inocentes últeis dos oportunistas de plantão. São aqueles que levam a sério Michael Moore e companhia, que saem dos filmes de Hollywood achando que aprenderam história, que acreditam na capacidade do governo de curar males com lei milagrosas. Ao expor toda a hipocrisia e contradição dos principais ícones da esquerda caviar, espero despertá-los da sonolência. Nunca é tarde para se endireitar e deixar a fase sinistra para trás”.
Eis aí em rápidas pinceladas, sem a intenção de resenhar o livro, algo aliás que já foi feito por muita gente do métier, uma ideia muito geral do conteúdo de Esquerda Caviar. E cometo isso com indisfarçável entusiasmo, já que o livro faz um completo inventário destes tempos em que valores morais e éticos e, por que não, as boas tradições, que deram vida a civilização ocidental, são estraçalhados em nome de uma liberdade - ou vulgar libertinagem? - que no final das contas dilui a própria liberdade sob o pretexto de um certo coletivismo que nada mais é senão que o fascismo redivivo!
Por tudo isso a leitura de Esquerda Caviar é imperiosa, necessária a todos que se preocupam seriamente com a resolução dos variados e complexos problemas deste século que têm em seu vértice a violência física e intelectual que tenta destruir por todos os meios a liberdade individual. Costumo afirmar que a sede da liberdade é o ser humano, unidade indivisível. Por isso mesmo se denomina indivíduo! Atomizar o sujeito, significa matar a liberdade!
As análises e reflexões formuladas Rodrigo Constantino jogam um potente facho de luz capaz de clarear este grande debate que tem de ser feito. Ao mesmo tempo revelam as potencialidades de um grande pensador que revitaliza o necessário confronto com estupidez reinante.
Fico muito feliz em poder escrever este texto. Parabéns, Rodrigo Constantino; parabéns aos jovens que animaram com sua presença expressiva o evento, um fato alentador, concedendo aos mais velhos o direito a proclamar mais uma vez a velha e surrada frase: "nem tudo está perdido!"
10 comentários:
ALTÍSSIMA CONSCIENCIA SOCIAL - LINDA TEORIA!
ZERO DE EFICIENTE PRÁTICA HUMANITARIA - PRAXIS ZERO!
A falida, fracassada e obsoleta doutrina comunista ainda está em voga é no meio ao atraso da A Latina.
Veja na Russia do Putin:
Proibidas por 100 anos as paradas gays.
Volta do ensino religioso às escolas infantis e outras.
Agora a mais recente: proibição de propaganda do aborto.
Porquê? A Russia está passando por seríssima crise étic0-moral-comportamental total e são frutos do ex comunismo; apenas as próximas gerações é que poderão salvar-se, estando perdidas as atuais; daí, do seu berço, a mais dura repressão.
Mas não será fácil resolver o problema por a religião ortodoxa compartilhar do relativismo, semelhante ao protestantismo; talvez estaria enxugando gelo, embora pior que está não fique.
Mesmo no Brasil, a situação depois de tantas legislaturas comunistas não esteja muito diferente; o povo deixando colocar a canga no pescoço, acreditando em Papai Noel.
Parabéns para todos que participaram desse lançamento. Gostaria mais de participar desses eventos mas infelizmente neste não pude ir, é claro, por causa da distancia. É bom ver também que os jovens estão preocupados com coisas mais sérias e estão mais antenados.
Fico feliz por todos.
Um forte abraço.
Collor está próximo de se livrar da última ação no STF
http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2013/11/collor-esta-proximo-de-se-livrar-da.html
Parabéns ao Rodrigo e ao editor do blog( que mais parece o Marcelo Tas) !
O lançamento foi um sucesso. Parabéns ao Constantino.
Abraço
Victor
Vida longa e saúde ao Rodrigo Constantino, Aluízio Amorim, Reinaldo Azevedo, Grupo Pensar + do Gilberto Simões, Augusto Nunes, CoronelLeaks, e todos os outros blogs e comentaristas que com vigor, sobretudo coragem, desmascaram esse embuste que é o socialismo e o marxismo. Além, obviamente, de contribuírem para trazer luzes a quem ainda tem
dúvida e falta de conhecimento.
Já imaginaram um hangout do Marcelo Tas com o Aluízio?
Salve Anônimo!
Um hangout com Marcelo Tas seria complicado...hehe... A solução seria que um dos dois usasse, sei lá, um boné...huahuahua...
Valeu! Abraço.
caramba, sempre me encanto com essas fotos onde aparece a "direita reacionária"...
eh sempre uma gente positiva, pra frente, que exala energia positiva, enfim, um sopro de esperança de uma sociedade decente, trabalhadora e produtiva...
já as fotos dos encontros das imundices da esquerdalha trazem sempre aquela gente com cara recheada de revanche, frustração, inveja, recalque, feiura e com a vida quase sempre virada na merda...
parabéns pelo evento...
que venham outros...
Por que não lançar do livro em Belém do Pará?
cai-se na direita pão com ovo ou por oportunismo imoral, ou por fé religiosa, ou por autoestima nula, ou por sede patológica de poder, ou por um pouco de cada. Como disse Jonathan Switft: ‘é inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão’. Mas o último caso tem salvação. E representa parcela significativa da direita pão com ovo."
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