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quinta-feira, janeiro 02, 2014

ARTIGO: Onde está Rosemary?

Por Nilson Borges Filho (*)
A segunda-dama da República, madame Rosemary Noronha, tomou um chá de sumiço. Depois do escândalo que derrubou a toda poderosa chefe de gabinete da presidência, com sede em São Paulo, pouco ou quase nada se sabe sobre o seu paradeiro. Diz-se que ainda reside na capital paulista, na mesma rua e no mesmo apartamento que ocupava antes do imbróglio.
Certeza mesmo é de que Rosemary conta com um batalhão de advogados, formado por pesos pesados das lides jurídicas nacionais. Os ilustres causídicos estão distribuídos por áreas de interesses, conforme os possíveis ilícitos cometidos pela madame. Fala-se em 40 advogados à disposição de Rosemary. Não é pouca coisa, mesmo para alguém que costumava dividir a cabine do avião presidencial com Lula e hospedar-se no mesmo andar onde ficava o apartamento destinado ao presidente.
Nunca foi surpresa para os jornalistas que cobriam à presidência da República a intimidade de Rosemary com o principal mandatário da Nação. Por ser um caso privado, os jornalistas entendiam que era o tipo de coisa que só interessaria ao casal de pombinhos e a mais ninguém. Porém, resta um pequeno detalhe: a partir do momento em que a aeronave presidencial e as hospedagens eram pagas com o dinheiro do contribuinte, o assunto saltava da esfera privada para o interesse público.
O ex-presidente Lula tinha todo o direito de dividir os lençóis com quem desejasse, desde que limitasse os custos de seus desejos carnais ao próprio soldo e não aos cofres públicos. O dito popular aqui se comprova: o povo brasileiro tem memória curta. Não se fala mais no assunto e o principal interessado em provar que toda essa história não passa de intriga da oposição e da mídia conservadora, se fecha em um silêncio de convento de freiras  carmelitas.
O falastrão, o palanqueiro que a tudo se achava com autoridade para dar seus palpites, agora não dá um pio sobre o que fazia a madame Rosemary Noronha nas aeronaves oficiais e em viagens pelo mundo afora acompanhando a comitiva presidencial, às custas do dinheiro público.
Para o Brasil que presta, o caso Rosemary encontra-se na rubrica da ética e da moralidade pública como restos a pagar. Fôssemos um país com mínimo de dignidade e com resquícios de amor próprio, Lula já teria vindo a público para se explicar – e muito bem explicado -  sobre o papel que representava Rosemary Noronha nas coisas da República.
O pior ainda esteve para acontecer, quando um candidato ao STF frequentou o escritório da madame pedindo apoio para que fosse nomeado para uma das vagas de ministro da Suprema Corte. Ainda bem que Lula desconsiderou, nessa nomeação, a análise abalizada da companheira sobre o currículo do candidato que pleiteava o cargo. Mas, afinal, aproveitando a virada do ano,  por onde anda Rosemary Noronha?
(*) Nilson Borge Filho é doutor em Direito e articulista colaborador deste blog.

9 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, cadê a Rose? Talvez ela esteja escrevendo um livro de memórias.

jânio disse...

Discordo: Lula não tinha todo o direito de partir para a esbórnia, mesmo que pagasse do seu bolso. Ele representava o Estado brasileiro e em países um pouquinho mais sérios isso já cansou da causar aposentadoras políticas precoces.

Anônimo disse...

Não é só a Rose que anda sumida. Também pergundo: e onde anda Valdomiro Diniz ???? Abs

Anônimo disse...

O que eu me pergunto é: nesse affair corrupterótico, qual foi, tem sido ou é o papel de D. Marisa Calada? Foi nacionalmente humilhada pelo Apedeuta, mas por que não requereu o divórcio?!



Anônimo disse...

Por que não pediu o divórcio?
Ora, Money talks.

Beto oenning disse...

Este país é mesmo sem memória ....uma vergonha.

Anônimo disse...

Em Portugal.
Alguém aí lembra do estranho episódio de carros fortes em Lisboa, de madrugada,....é só investigar.

Anônimo disse...

Será que já não está morta ? Isso tem histórico no PT.

Anônimo disse...

Deus me livre... Ainda essa "coisa"? Sabe-se que o Lobista nunca dirá o óbvio. Sempre foi um mulherengo desde a época de sindicalista, porque mudaria quando velho, ainda mais com o Viagra por aí? Ele tem tanta coisa para explicar que daria uns 5 volumes...