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sábado, fevereiro 08, 2014

MENSALEIROS: A TÁTICA DO DEBOCHE E DO CINISMO COMO ESTRATÉGIA POLÍTICA.

LADRO: Condenado a doze anos e sete meses de prisão, Henrique Pizzolato começou a planejar a fuga cinco anos antes do julgamento, fraudando documentos e usando a identidade de seu irmão, Celso, morto há mais de trinta anos. Preso na Itália, ele aposta que conseguirá escapar da Justiça brasileira por ter dupla cidadania — e seguir livre, leve e solto
Vale a pena ler esta reportagem de Mário Sabino e Rodrigo Rangel e equipe da revista Veja. Dá uma ideia precisa como age o PT. Chega a ser surrealista o fato de que o Brasil é governado por essa gente. Leiam: 
O bancário Henrique Pizzolato sempre foi um militante exemplar para os padrões do PT. Quando o partido era oposição, ele fazia parte de um grupo cuja especialidade era cavar na surdina denúncias de malfeitos contra o governo, trabalho que exercia com competência. No poder, Pizzolato foi indicado para a diretoria de marketing do Banco do Brasil, posto estratégico para executar uma missão muito mais delicada: alimentar com dinheiro público o esquema montado pelo PT para subornar congressistas e comprar apoio político. Apesar da aparente contradição, Piz­zolato também cumpriu a tarefa com sucesso, desviando 77 milhões de reais do banco para as contas do partido e, como qualquer ladrão, reservando uma parte do dinheiro para melhorar o próprio padrão de vida — comprando apartamentos luxuo­sos, casas, carros, lotes...
Em 2005, o crime foi descoberto. Assim como seus colegas de partido, ele foi condenado à prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, mas fugiu do Brasil assim que o veredito foi confirmado. Pizzolato foi preso na semana passada na cidade de Maranello, no interior da Itália. Na linha imaginária que divide o Brasil em dois — o civilizado e o que ainda se arrasta pelos séculos passados —, pode-se dizer que o mensalão, o maior escândalo de corrupção da história do país, tem um pé em cada lado.
MENTINDO NO PARAÍSO
Antes de partir para Maranello, Pizzolato morou em Porto Venere, uma das enseadas mais belas — e caras — da Riviera italiana. Chegou com a mulher em meados de novembro do ano passado e instalou-se num residence chamado I Gabbiani. Às pessoas com quem conversava, contava que estava ali, naquele “pedaço de paraíso”, para gozar a aposentadoria depois de uma vida dedicada ao trabalho.
Ao cabo de algumas semanas, perguntou ao proprietário do hotel, o senhor Giovanni, se não poderia morar no apartamento em que se hospedara. O proprietário lhe respondeu que não gostaria de ter moradores no residence, porque isso não seria tão lucrativo para ele e sairia muito caro ao “senhor Celso”. Mas que alugaria com gosto uma casa sua, localizada na mesma rua, Via Olivo, só que mais acima, igualmente com vista para o mar.
Pizzolato e a sua mulher adoraram a pequena “villa” (como são denominadas na Itália as casas maiores, cercadas por jardim), em que o tom de rosa das paredes externas faz um belo contraste com as oliveiras ao redor e o azul do Mediterrâneo, ao fundo. Fecharam o negócio por 2 000 euros por mês, fora as despesas de manutenção.
O FALSÁRIO
Antes de fugir do Brasil, Pizzolato assumiu a identidade de seu irmão, Celso, que morreu há 35 anos. Tirou documentos novos, votou nas eleições de 2008 e escondeu o patrimônio milionário. Em Porto Venere, ele e a mulher levavam uma vida, se não luxuosa, bastante agradável graças ao dinheiro roubado do contribuinte brasileiro: jantares em restaurantes locais, aperitivos ao cair da tarde em Le Grazie, um recanto de Porto Venere, e idas à vizinha Cinque Terre. O casal ganhou a atenção dos policiais de La Spezia, capital da província da qual Porto Venere faz parte, em janeiro, depois que a seção italiana da Interpol, baseada em Roma, lhes comunicou que havia um “Celso Pizzolato” domiciliado por lá. “Esse foi o seu maior erro: registrar-se na prefeitura de Porto Venere, a fim de obter uma carteira de identidade”, afirma o capitão Armando Ago, que comanda a seção de investigação da polícia de La Spezia.
Quando o sobrenome “Pizzolato” foi registrado na prefeitura de Porto Venere, o alarme soou na Interpol — e as autoridades de La Spezia foram acionadas. Ao longo de janeiro, uma dezena de policiais monitorou o cotidiano de “Celso”. Queriam, a princípio, saber se ele estava dando guarida ao fugitivo brasileiro, mas o fato é que não havia outro homem morando na casa de Via Olivo. A certeza de que “Celso” era Henrique Pizzolato veio depois que a Polícia Federal, em Brasília, descobriu que, para obter o passaporte em nome do irmão morto, o mensaleiro havia falsificado os papéis brasileiros necessários para a obtenção do documento. “Ao ser interpelado, ele fingiu não saber italiano, falava apenas em português”, ri o capitão Ago.
O destino do mensaleiro está, agora, nas mãos da Corte de Apelo de Bolonha, onde se travará a batalha judicial em torno da sua extradição e dos crimes que cometeu como italiano. O primeiro deles é “substituição de pessoa”, uma modalidade de falsidade ideológica mais branda que pode render até um ano de prisão (o passaporte, ao contrário do que vem publicando a imprensa, não é falso em si, pois foi efetivamente emitido por representantes consulares). O segundo, mais grave, é o fornecimento de documentos falsos para a confecção do passaporte — e contabilize-se aí uma pena de mais dois anos, pelo menos. O terceiro, pesadíssimo, é reciclagem de dinheiro e fraude fiscal. Como pagava todas as suas despesas em espécie, Pizzolato precisa justificar a origem dos milhares de euros ao Ministério da Fazenda da Itália. No Brasil, sabe-se qual é. O fato: apesar de tudo isso, por ter dupla nacionalidade, ele tem grandes chances de escapar da Justiça brasileira — e ficar livre, leve e solto.
DEBOCHE E CINISMO
A prisão de Pizzolato aconteceu dias depois de os mensaleiros desencadearem uma série de ações para fustigar a Justiça. O deputado João Paulo Cunha, na iminência de ter a prisão decretada, o que acabou ocorrendo na terça-feira, participou de um protesto em defesa dos criminosos promovido por petistas em frente ao Supremo Tribunal Federal. Depois, já na cadeia, anunciou que não pretendia renunciar ao mandato. Mais: queria autorização da Justiça para continuar exercendo a atividade parlamentar durante o dia — um insulto. Pressionado, ele renunciou na noite de sexta-feira. Na solenidade de abertura do Congresso, foi a vez de o vice-presidente da Câmara, o petista André Vargas, dar sua contribuição à República. Descortês, para dizer o mínimo, ele provocou o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, repetindo na frente dele o gesto feito pelos mensaleiros ao serem presos no ano passado. Grosseiro, também foi flagrado escrevendo uma mensagem em que revela ao interlocutor a vontade de dar uma “cutovelada” (sic) no ministro. Os petistas mostraram mais uma vez a elevada estima e o respeito que muitos deles reservam às instituições.
ARRECADAÇÃO MISTERIOSA
Em todo o mundo, há pessoas presas por ter tomado dinheiro alheio. No Brasil, há agora encarcerados que conseguem levantar boladas a partir da cela. Mandados à prisão no fim do julgamento do mensalão, José Genoino e Delúbio Soares também foram condenados a pagar multas como parte da punição. Em um prazo incrivelmente curto, a dupla levantou o dinheiro a partir de campanhas de doação divulgadas pela internet. O PT comemorou o feito, visto como um grito vindo da sua militância. O montante e a velocidade com que se juntou tanto dinheiro chamam atenção. Genoino reuniu 761 962 reais em onze dias (média de 290,82 por doador). Delúbio amealhou 1 013 657 (média de 607,70), mais do que o dobro do necessário, em oito dias. O que sobrou será doado ao ex-ministro José Dirceu. Até o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu uma investigação, já em curso em dois estados, sobre as operações. “Qualquer um pode fazer a doação. O que a gente quer compreender é a origem do dinheiro.” O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, foi mais longe: “Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui?”.
Lideranças do PT tentaram convencer os incautos de que a arrecadação foi uma forma indireta de reprovação do julgamento do mensalão. Se for verdade, os insatisfeitos são pouquíssimos. A despeito da euforia partidária, os números divulgados mostram que o total de participantes das duas vaquinhas foi de modestas 4 288 pessoas. Trata-se ainda de uma hipótese generosa, já que é provável que entre os 2 620 apoiadores de Genoino e os 1 668 de Delúbio haja gente em comum. Portanto, a voz que se ergue contra o julgamento não passa de 0,002% da população, ou 0,003% dos eleitores. Ainda assim, surpreende que tantas pessoas se disponham a pôr a mão no bolso para pagar a multa devida por gente que, após pôr a mão no mesmo lugar, foi condenada pela Justiça. Do site da revista Veja

6 comentários:

Anônimo disse...

Prestem muita atenção! Há uma propaganda da Ford em que, no final, aparece o número 13. Justamente em ano de eleição para presidente.
Propaganda subliminar!

Anônimo disse...

Espero que a Justiça italiana investigue a fundo a movimentação do defunto Celso e confisque eventual dinheiro suspeito. Vi que a divorciada de mentirinha foi barrada no presidio.

Augusto disse...

REMOVIDA DELEGADA QUE APURA LIGAÇÃO DE LULA COM MENSALÃO...

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,removida-delegada-que-apura-ligacao-de-lula-com-mensalao,1127934,0.htm

Walmor disse...


Un Cubano Librepublicou em‎Angel Moya
5 de fevereiro
BREVE RELATO DE UN MEDICO (ESCLAVO) CUBANO.

Hace algunos dias conversaba apasionadamente con un gran amigo medico cubano (muy buen medico por cierto) que me conto algunas de sus miles de anecdotas de cuando ejercia su profesion de cirujano en Cuba por alla por los años '80.

"Me gradue en 1981, inmediatamente me mandaron a trabajar a la Sierra Maestra, me negue y me dijeron que tenia que ir o no podia ejercer mas mi profesion. Al llegar a dicho lugar ejerci en una Posta Medica en el medio de ese desolado lugar, hacia de todo, desde partos hasta operaciones de emergencia, no habia casi nunca ambulancia, hacia de clinico, de pediatra, de todo, no podia dormir pues mi consultorio trabajaba 24 horas al dia, no tuve relevo en tres años, por poco me matan, comia lo que los campesinos me traian, no tenia casi medicamentos ni equipos esterilizados, andaba a caballo prestado por un amigo, en fin eso fue horrible, peor que una carcel.
Regrese a La Habana y comence mi residencia en Cirugia, hacia guardias de 24 horas cada 3 o 4 dias, casi sin comer, pues lo que nos daban de "refuerzo de guardia" era un huevo hervido a las 12 de noche, increible.
Entre las largas noches de estudio y guardias creo que mi cuerpo no descansaba, fueron tres años mas de sufrimiento, sacrificio y agonia hasta que al fin me hice especialista en cirugia.

Y cual fue el regalo ?, pues me mandaron de nuevo para El Escambray como cirujano por cinco años mas en un pequeño pueblito cuyo hospital tenia un saloncito de operaciones del tamaño de un baño, sin condiciones, sin equipos, y era responsable de la vida de cientos de pacientes operados por mi, si pasaba algo no era responsable el gobierno, toda la responsabilidad caia sobre mis hombros, no podia ni protestar pues nunca fui del PCC ni de la UJC, en fin, "era gusano"...

Estaba casado y tenia un hijo y vivia en un albergue contiguo al hospitalito, estaba "localizable" permanentemente, no podia salir del pueblo pues era el unico cirujano en toda esa comarca. Nunca me dieron la posibilidad de tener una casa, un hogar, ni una bicicleta, en fin NADA. Sin embargo "los dirigentes comunistas", muchos de ellos sin cultura, sin estudios superiores, vividores y oportunistas disfrutaban de bellas casas, con automoviles, prebendas, viajes, comidas, fiestas, viviendo como parasitos y miserables chulos...

En fin, para acortar este relato termino diciendome:
Mi hermano, mi vida ha sido un calvario, mi felicidad se la debo a Dios que siempre estuvo a mi lado, a mas nadie, el sistema de salud de Cuba es el mas abusivo de los sistemas de salud en el mundo, los medicos y enfermeras son esclavos. Lamento haber abandonado mi patria ya tan viejo y enfermo, todo lo perdi, mi juventud, mi profesion, mi experiencia, mi salud, mi familia, en fin acabaron conmigo como pago por haberme sacrificado tanto en mi vida y hacer tanto bien a la humanidad. Solo me regocija que si existe un Dios el se ocupara de mi alma. Que dios perdone a esos miserables traidores de pueblo que han lucrado y vivido como reyes a expensa del sacrificio de todo un pueblo. La venganza de Dios tarda PERO LLEGA".

Quede pensativo, triste, se me aguaron los ojos.

Un Cubano Libre.
Caro Aluízio, não querendo tornar-me inoportuno, encontrei este relato em um contato do Facebook. E gostaria de dividi-lo, pois a vida em Cuba, para quem não faz parte da cúpula dos comunistas tem uma vida miserável. Como esse médico. Abraço

Anônimo disse...

Salvo esteja fazendo um julgamento equivocado, acho que a Itália, vem tratando o brasil com muito tato, desde o triste episodio da concessão de asilado politico para o assassino italiano Cesare Batisti. Uma grande parcela da população brasileira é composta de milhares de oriundos da nação italiana e como estamos a um passo de um regime de opressão no brasil, existe o risco de represálias para esse enorme contingente de ítalo-brasileiros. Assim este episodio do Pizzolato, que se encontra preso na Itália, por falsidade ideológica e que tem dupla cidadania, impedindo sua extradição para o brasil, poderá ter desdobramentos, absolutamente imprevisíveis.

samuel disse...

A ligação entre o ex-deputado e o foragido foi fundamental para a polícia italiana localizar Pizzolato. Mas o ato fatal para pegá-lo – segundo versão vazada da investigação – foi uma doação de 50 mil euros feita na Europa para a conta, no Brasil, do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. O dinheiro veio em nome de italianos e marroquinos usados como “laranjas”. Agora, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal, com a ajuda do Coaf, investigam se houve doações semelhantes para José Genoíno. Dá para perceber agora também, porque o ministro Gilmar Mendes,levantou a lebre de lavagem de dinheiro por parte da lavanderia PT. O negócio petralha de roubar o Brasil é bom e lucrativo…O Barba não brincou nos anos que passou a tomar conta da chave do cofre…
http://www.alertatotal.net/
Parece que o João Paulo Cunha agora deverá explicar que dinheiro é esse que o Pizzolato deve depositar na conta de uma prima sua. O Pizzolato parece ter acesso à contas européias bem polpudas.
Tudo indica que sim, e pior, começa a configurar que a petralha ajudou o deliquente Pizzolato a fugir do País, para lá de fora, das “zoropa”, administrar” o produto do roubo condicionado num “caixa 3” e ajudar as “zélites petralhas”, e pior, os vagabundos mensaleiros, o X9dedos e também, talvez até essa anta que adora mandar dinheiro pra porto em Cuba y otras cositas más...