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segunda-feira, abril 21, 2014

SEMANA DECISIVA: MANIFESTAÇÃO DO STF SOBRE CPI DA PETROBRAS MOSTRARÁ O GRAU DE APARELHAMENTO DA MAIS ALTA CORTE DE JUSTIÇA PELO PT.

Vista parcial da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos comprada pela Petorbras por US$ 1,2 bilhão de dólares
Em uma semana considerada decisiva para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, a oposição acredita que a entrevista do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli ao Estado reforça seus argumentos a favor de uma investigação no Congresso que apure negócios da empresa.
Na entrevista, publicada ontem, Gabrielli afirma que a presidente Dilma Rousseff não pode fugir de sua responsabilidade pela decisão da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos - operação iniciada em 2006 e concluída em 2012, após a Petrobrás perder uma batalha judicial com a empresa belga Astra Oil. A aquisição da refinaria localizada no Texas, ao custo final de US$ 1,2 bilhão, é a principal polêmica que envolve a estatal. Dilma, então ministra da Casa Civil, era a presidente do Conselho de Administração da empresa na época do negócio.
"O objetivo dela (a CPI) é exatamente determinar, sem qualquer pré-julgamento, qual é a responsabilidade de cada um nesse caso da refinaria de Pasadena e em outros episódios envolvendo a Petrobrás. A CPI não é uma demanda das oposições, como querem fazer crer alguns governistas, mas sim da sociedade brasileira", afirmou ontem ao Estado o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.
No Palácio do Planalto, a entrevista de Gabrielli foi tratada com discrição. Auxiliares da presidente procuraram minimizar o impacto da fala do ex-presidente da Petrobrás. A avaliação é que se trata de uma linha de defesa adotada por Gabrielli, já que a operação de compra da refinaria de Pasadena está sob investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU) e ele poderá ser chamado a depor.
A expectativa é que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, decida amanhã se o Congresso pode instalar uma CPI restrita à estatal, como querem os oposicionistas, ou ampliada - para investigar também o cartel dos trens em São Paulo e no Distrito Federal e obras no Porto de Suape, em Pernambuco -, como desejam os governistas.
Líder do PSB na Câmara, o deputado Beto Albuquerque (RS) afirmou que, além de mostrar a necessidade de se fazer a CPI para investigar a operação de compra de Pasadena, ficou claro que Gabrielli "deu um puxão de orelhas" em Dilma.
"Quando o Gabrielli assume a responsabilidade pela compra de Pasadena, por ser o presidente da companhia, na época, ele está sendo honesto. Não tem como negar que é mesmo o responsável. E não há como negar que Dilma, então presidente do Conselho de Administração, tem responsabilidade igual", disse. "O Gabrielli botou a bola na marca do pênalti."
Já para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), Gabrielli foi muito claro na entrevista. "Ele disse, sem rodeios: 'somos todos responsáveis'. Não adianta achar que uns vão tirar a sardinha do fogo com a mão do gato. Está muito claro que a então ministra Dilma Rousseff era responsável pela decisão da compra da refinaria. Ela era presidente do Conselho de Administração, que aprovou a compra." Leia MAIS

3 comentários:

Anônimo disse...

Eles querem desviar o foco das investigações da Petrobras ao inserir investigações fora do contexto.
O Aécio está certo quando diz: "A CPI não é uma demanda das oposições, como querem fazer crer alguns governistas, mas sim da sociedade brasileira"
O povo está indignado com todos os desmandos do PT e não apenas com a roubalheira, o afundamento da Petrobras.

Anônimo disse...

Caro Aluízio
Os gênios compraram uma sucata. Vamos ver mesmo se o Supremo já eswtá totalmente vermelho. A RWeber está empurrando a decisão com a barriga. Provavelmente sua decisão será a favor da quadrilha. Aguardemos, pois.
Esther

Anônimo disse...

Pasadena é só a pontinha do iceberg. Temos que investigar a venda na argentina a refinaria do Japão Recife e os "investimentos" na Bolivia do cocaleiro