A compra de uma refinaria no Japão pela Petrobras, em 2008, foi aprovada pelo conselho de administração da empresa sem que ele fosse informado dos riscos do investimento, como ocorrera antes com outra aquisição controversa, a da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006.
Documentos internos da Petrobras, aos quais a Folha teve acesso, mostram que o resumo enviado pela diretoria da estatal ao conselho, pedindo aprovação da compra da refinaria Nansei, em Okinawa, omitiu vários riscos identificados por áreas técnicas.
Na avaliação dos funcionários, a refinaria, que dava prejuízo aos japoneses, só se tornaria rentável se fosse adaptada para refinar o petróleo brasileiro, mais pesado, e dobrasse sua capacidade de produção para 100 mil barris por dia, mas essa informação não foi transmitida ao conselho.
Como informou na semana passada o jornal "Valor Econômico", restrições ambientais impediram a ampliação. O investimento previsto no momento da aquisição foi cancelado em 2011, e a refinaria continuou produzindo apenas 45 mil barris por dia.
Quando o negócio foi submetido ao conselho, em novembro de 2007, a Petrobras era presidida por José Sérgio Gabrielli e tinha a atual presidente, Graça Foster, como diretora da área de gás.
Nestor Cerveró, que dirigia a área internacional, preparou o resumo avaliado pelo conselho, então presidido por Dilma Rousseff. Em março, a presidente atribuiu a Cerveró a culpa por ter aprovado a compra de Pasadena, ao receber dele um relatório considerado "falho" por ela.
A aquisição de 87,5% de Nansei foi fechada em 2008, por US$ 331 milhões, incluindo estoques, pagos à antiga dona da participação, a Tonen General, subsidiária da Exxon. A japonesa Sumitomo detinha outros 12,5%.
A justificativa para comprar Nansei era "expandir os negócios em mercados rentáveis no exterior", dado o "expressivo crescimento do mercado asiático".
Segundo os documentos internos, as áreas financeira e de estratégia consideravam que a refinaria Nansei não era rentável porque o indicador usado para medir a expectativa de retorno na compra de uma empresa era negativo em US$ 215 milhões.
Esse indicador, sustentavam os técnicos, só tinha chance de ficar positivo, em US$ 252 milhões, se houvesse o investimento bilionário em ampliação e adaptação.
O documento enviado ao conselho, porém, trazia outra avaliação, feita pela área internacional, de Cerveró, para quem o negócio era rentável mesmo sem a ampliação.
O documento também não dizia que a legislação ambiental impedia a Nansei de produzir 100 mil barris. Consultada, a Petrobras não disse se a informação sobre a restrição, revelada ao jornal "Valor Econômico", era conhecida na época.
A área de estratégia também via dificuldade para integrar a operação da refinaria com o restante dos negócios da Petrobras, concentrados no oceano Atlântico, e alertou sobre o risco de "ter que carregar por algum tempo um ativo com baixa rentabilidade". Isso não consta do resumo enviado ao conselho.
A Petrobras investiu na unidade, até hoje, US$ 111 milhões, e tentou vendê-la no início de 2013, mas não conseguiu. Hoje, a refinaria é tida como "ativo não estratégico", e a empresa diz procurar alternativas ao negócio.
OUTRO LADO
A Petrobras reafirmou que a aquisição da refinaria "estava alinhada ao planejamento estratégico da época". A empresa não comentou as omissões no resumo enviado ao conselho. Gabrielli não quis comentar o caso. Cerveró não retornou à Folha. Do site da Folha de S. Paulo
2 comentários:
Fico imaginando o que deve esconder as LOTERIAS DA CAIXA...
Caro Aluízio.
Estou estranhando a postura do Reinaldo Azevedo, pois passei a ele, assim como outros também, os dados abaixo sobre a denúncia do MPF do caso Petrobras-narcotráfico, e ele estã mudo, mudo, mudo.
O que será que está acontecendo Aluízio?
veja o meu comentário no blog dele:
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Meu caro Reinaldo.
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O que está havendo com você Reinaldo?
Estou estranhando sua postura Reinaldo.
Uma denúncia do Ministério Público Federal é vigarice?
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Por favor Reinaldo, forneça aos seus leitores, ao menos por elegância, um pronunciamento sobre isso, pois eu sei, muito bem, que elegância é uma de suas características pessoais.
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Veja artigo bomba no blog Vide Versus do Vitor Vieira.
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http://poncheverde.blogspot.com.br/2014/05/oficialmente-comprovado-dinheiro.html
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OFICIALMENTE COMPROVADO – DINHEIRO DESVIADO DA PETROBRAS E DE OUTRAS OBRAS DO GOVERNO PETISTA SERVIA PARA FINANCIAR O TRÁFICO DE COCAÍNA, POR MEIO DOS DOLEIROS ALBERTO YOUSSEF E MARIA DE FÁTIMA STOCKER (ELA FOI PRESA NA ESPANHA E ESTÁ RECOLHIDA NO PRESÍDIO MADRID V – SOTTO MAYOR), PARA A MÁFIA ITALIANA NDRANGHETA.
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Vai abaixo o lnk do pdf da denuncia ao Ministério Público Federal.
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https://drive.google.com/file/d/0B8_RBOFhHrDUdUlVZXF5cl9PaVE/edit?usp=sharing
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Por favor, veja a importante matéria a seguir, publicada no site: http://midiasemmascara.org
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http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/15171-2014-05-05-22-33-12.html
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Forte abraço paulistano a você Aluízio.
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